Desde o seculo passado as
Minas de Argoselo eram exploradas, no entanto só a partir dos anos 50 é que
adquiriam aspetos industriais modernos. 250 Trabalhadores eram responsáveis
pela exploração de 200 toneladas de Volfrâmio e Estanho. Todo o processo de
exploração começava a cerca de 180 metros de profundidade, de seguida na
lavaria dava-se à separação dos minérios dos esteres. Terminado todo o trabalho
realizado na lavaria com a separação do Volfrâmio e Cassiterite, eram
transportados para a fundição, onde dois fornos elétricos com temperaturas
médias de 600 graus centigrados, a Cassiterite era transformada em lingotes de
estanho. Ficava assim concluído um processo iniciado a 180 metros de
profundidade envolvendo a extração anual de 550 toneladas de torna, que no
final rendiam 200 toneladas de Volfrâmio e Estanho.
O Estanho era consumido
no mercado interno, o País tinha ainda de importar cerca de 300 toneladas
anualmente. Até aos anos 70 as minas tinham viabilidade, no entanto no início
da década de 80 iniciou-se a sua decadência com o despedimento progressivo dos
trabalhadores e atraso de ordenados. Neste período não foram tomadas as medidas
de apoio reclamadas pelos patrões e trabalhadores, o que levou ao encerramento
das Minas.
O que também levou
muita gente de Argoselo a virar-se para a emigração dando-se a desertificação
da Aldeia o que se tem vindo a agravar até aos dias de hoje. Isto levou ao
fecho faseado de alguns serviços socias e empresas de alumínios, construção
civil entre outras.
A exploração das minas teve uma grande importância social e
económica para Argoselo, fazendo movimentar a economia da Aldeia que nessa
altura tinha grande movimento e progresso.
Torna-se assim evidente
que a história das minas está intimamente ligada à história da Vila. Tem assim
todo o fundamento a abertura de um museu dedicado a esse tempo.
Ilídio Bartolomeu