quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

S. FRUTUOSO ORAGO DE ARGOSELO



S. Frutuoso é o Orago de Argozelo. A sua festa realizava-se no final de dezembro, mas ultimamente tem-se apontado para o fim de janeiro – depois das festas de Santo Amaro e S. Sebastião.

O que é orago? Patrono, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma localidade, povoado ou templo (capela, igreja, etc.). A palavra descende de oráculo.

Algo que sempre questionei foi o facto de ser S. Frutuoso o Orago de Argozelo e não S. Bartolomeu. Terá havido um referendo? – Não! Uma votação online? – Ganhava S. Bartolomeu com certeza!

Outra explicação difícil de encontrar é porque há apenas 2 Paróquias, em todo o mundo, cujo padroeiro é este! Duas apenas! A outra paróquia é Pombares – uma pequena e quase desaparecida localidade do concelho de Bragança.

A história de S. Frutuoso (Arcebispo de Braga) está associada a Diego Gelmírez, (Clero de Compostela).

Em 1102, os restos mortais do santo foram roubados durante a noite pelo pretendente ao título de primeiro Arcebispo de Compostela, Diego Gelmirez. Ficaram expostas, como relíquia, na cripta da Catedral de Santiago, episódio conhecido por ‘Pio Latrocínio’. Esta foi uma das muitas peripécias que alimentaram a rivalidade entre Braga e Santiago pela primazia dos respetivos Arcebispados.

Foi preciso esperar pelo ano de 1966 para que as relíquias de S. Frutuoso fossem devolvidas a Braga e ao seu lugar de origem.

Este roubo não resulta de mero ato covarde e mesquinho, como consideram muitos bracarenses, mas como elemento dum plano complexo, de múltiplas peças, um perigoso e arriscado jogo de xadrez em que Diego Gelmírez conseguiu tornar-se o primeiro Arcebispo de Compostela, nascendo assim um concorrente de peso na Galiza.

Nesta História de conflitos Argozelo foi apenas uma simples peça utilizada para registar a História doutros protagonistas!

 Texto

Luiz Rodrigues


terça-feira, 28 de janeiro de 2020

CORRUPÇÃO E O NOSSO DINHEIRO…


Num país como Portugal em que tanto se fala de corrupção e em que os jornais enchem páginas com transcrições de escutas telefónicas a suspeitos de corrupção, em que as televisões enchem telejornais com diretos à porta dos tribunais em dias de julgamentos de processos de corrupção, lê-se o dossiê e fica-se com a sensação de que “a montanha pariu um rato”.

Em Portugal os vigaristas são como a erva daninha a rebentar por tudo quanto é sítio. Pena é que a justiça não age de forma a que devolvam o que roubaram, e todos na cadeia.

São inúmeros os escândalos de corrupção que se sucederam nos últimos anos, alguns com enorme repercussão na comunicação social. Os factos revelados, implicando empresas conhecidas e personalidades públicas, estão a contribuir para a criação de um clima de aparente impunidade que beneficia os mais ricos, que também ou sobretudo por causa desses atos de corrupção são ricos.

É claro que indigna o sacrificado cidadão comum, quando vê a sua contribuição ser desviada de escolas, estradas e hospitais para encher os bolsos de maus indivíduos. Igualmente danosa é a forma como a corrupção disfarça a capacidade do governo de ajudar a economia a crescer de modo a beneficiar todos os cidadãos

A minha perplexidade é saber-se quem são os prevaricadores nos principais casos de corrupção, tráfico de influências e outros crimes de colarinho branco. Conhece-se o paradeiro de pelo menos parte dos bens dos responsáveis pelos buracos da banca e por outras fraudes no sistema financeiro, sabe-se quem imaginou e beneficiou com os contratos e parcerias ruinosos para o Estado. Já existe até legislação específica para recuperar os ativos extorquidos pelos corruptos e vigaristas do regime, grande parte dos quais, continuam em ambientes de grandes senhores e a passear-se por aí impunemente.

Então porque não se resgatam os milhões de euros desaparecidos? Porque é que só os Orçamentos prevê pagar milhões e mais milhões de euros para pagar prejuízos na banca e noutras empresas destruídas pela corrupção e pela gestão danosa e nada se faz para ir buscar este dinheiro, não ao bolso dos contribuintes, mas ao património e às contas bancárias de quem o roubou?…

Que a investigação a estes corruptos feche todas as Fundações que recebem dinheiro de Estado. É tempo de atacar a corrupção. Os governos a administração central acham que devem ficar fechados no escritório, e que não tem obrigação de fiscalizar as entidades a quem atribuem milhões.

Agora mais um caso Isabel dos Santos que não sabemos onde irá parar. É a hora de alterar o paradigma. Como os prevaricadores, em cada caso, estão perfeitamente identificados e são, sem exceção, multimilionários, o dinheiro está à mercê das autoridades. Por um lado, porque a legislação sobre recuperação de ativos permite “o congelamento e a perda dos bens do crime”; e por outro, porque existe um Gabinete de Recuperação de Ativos, a funcionar no âmbito da Judiciária, justamente com essa competência.

Agora é hora de fazermos a nossa parte, denunciando todo indício de corrupção e fiscalizando sempre aqueles que mexem com o dinheiro público.

Não existe democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia.

 Ilídio Bartolomeu


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

RAÍZES DAS NOSSAS RAÍZES!!!


Somos o reflexo do que nos rodeia. Dos nossos pais, irmãos, companheiros de vida, amigos, colegas de trabalho. A pouco e pouco, sem nos darmos conta, vamos ficando parecidos com aqueles que mais estão connosco e que mais nos influenciam. 

Esta é uma característica sobejamente importante do ser humano, muitas vezes desvalorizada, mas tão fulcral. É daí que advêm os nossos valores, a nossa raça, se de facto temos ou não apetência para determinada tarefa nossa raça, se de facto temos ou não apetência para determinada tarefa

O tempo passa, as pessoas vão envelhecendo, de repente já estaremos distanciados demais dos nossos antepassados, das nossas raízes familiares e de todo o convívio que nos permitiu chegar até onde estamos agora. Mas jamais se esquece.

Ora, não se pode esquecer as lições de uma boa ou má infância, das traquinices e brincadeiras que a nossa memória sempre pede para serem lembradas. Mesmo que às vezes magoe, que aflija por dentro, pelas recordações, lembranças e nostalgias, ainda assim temos de olhar para trás e descortinar o que há de nós e o que há dos nossos. que ainda porem ser descortinados.

Não nasci agora, não vim ao mundo sozinho. Sou filho de pessoas que foram geradas por outras pessoas, e daí um vínculo consanguíneo e familiar que jamais poderá ser negado em nome do esquecimento ou da ingratidão.

Meu pai Adelino, era filho de dona Leonor Machado e de Manuel Bartolomeu. Minha mãe Maria Granjo, era filha de Bernarda Carvalho e de António granjo. Estes também tinham as suas raízes, os seus berços familiares. Eu, sou neto deles. O pai do pai de meu pai, a mãe da mãe de minha mãe, e mais distante ainda, lá longe, nas lonjuras das nascentes familiares, tudo sendo semeado, vingado, gerado em outros e outros. Fios da vida que se alongaram até o presente, ainda que muitos nem sequer percebem que são tão distantes das suas raízes.

Com isto quero afirmar que a minha presença de agora é um reflexo do ontem, do passado distante, do que foi brotado pelos meus até que em mim florescesse a vida. Por isso não posso vislumbrar do presente sem ver as velhas fotografias molduradas na parede do tempo e do coração. E quanta saudade dá!

Lembro-me, dentre tantas lembranças e nostalgias, dos santos no céu amadeirado do oratório da minha mãe, do seu gosto de rezar e cantar e da sua voz firme dizendo assim e assim. Argoseleira, devota, de rosário de contas e promessas ao Senhor do Bonfim. Vivia para os santos, para as rezas, para as igrejas, para abençoar quem passasse pela sua porta e para ver o mundo, ali sentadinha ao entardecer à porta de sua casa na rua. Em dias de missa, lá ia ela, toda miudinha, levando o rosário de rezas e crucifixos, de xaile escuro sobre a cabeça, possuía uma voz tão bela que os anjos se encantavam quando chegava à igreja. Minha mãe, a fina flor do meu coração. Sem outras palavras para descrevê-la, senão aquelas que dizem sobre a sua beleza, a sua doçura humana, o seu indistinto amor.

Meu pai Adelino, era alfaiate, o (chastre de alcunha) era brincalhão, humorado, humano e familiar. Lembro-me do coração perfumado de meu pai Adelino e da sua habilidade firme, como a não querer revelar o seu sentimentalismo e a sua bondade. Relembro a sua alfaiataria com as suas prateleiras, carregadas de peças de pano, do balcão e da sua máquina singer. Lembro também como era espinhoso o seu trabalho principalmente no Verão.

 Mas eu gostava mesmo era do chastre cosendo na sua máquina de costura. Inesquecível aquele Adelino, às noites após o trabalho, saia para a taberna com a sua pequena bengala coxeando ao encontro dos seus amigos. Logo que pudesse, lá estava ele a fazer das suas partidas que mais adorava, meter as cascas dos amendoins e tremoços nos bolsos dos casacos domingueiros dos amigos que lhe mereciam confiança, sem eles se aperceberem. Depois quando os amigos iam para casa, trocar de roupa metiam as mãos nos bolsos, encontravam as cascas, desconfiavam logo e diziam: foi a agulha do chastre. Era assim que os amigos depois lhe chamavam, por ser brincalhão e amigo dos seus amigos.

E eu, eu sou uma parte de tudo isso, uma prenda viva de laços familiares, ou aquele que tudo faz para jamais se afastar daquele jardim de onde floresci. Por isso, quando olho no espelho vejo-me em muitos. Naqueles outros e aqueles que nem sequer conheci, mas que em mim estão pela força hereditária.

Não sou apenas Ilídio. Tenho um nome, mas sou aquele que vem do sobrenome das mais profundas raízes! Todos vêm das mais profundas raízes!…

Ilídio Bartolomeu


sábado, 18 de janeiro de 2020

TODOS OS CIDADÃOS TÊM DIREITOS E DEVERES


Para se viver bem em qualquer comunidade, cada indivíduo deve cumprir as normas instituídas para o bem-estar de todos. Muitos criticam os legisladores quanto à discrepância na elaboração de leis que administram as nossas vidas, entretanto, boas ou más são responsáveis pela “Ordem e Progresso” da sociedade.

 A maioria das pessoas, principalmente as mais jovens, não se interessam pela política partidária, que é o leme que norteia a embarcação da civilidade rumo ao princípio doutrinário que caracteriza a estrutura Constitucional do Estado.

 Inúmeras pessoas desconhecem que a política é tão antiga quanto ao homem. Desde os primórdios dos tempos, houve a necessidade de se viver politicamente agrupados, haja vista, a descoberta de gravuras rupestres de pessoas desenhadas nas paredes de cavernas rochosas na era pré-histórica.

 Para que o bem maior do homem fosse preservado, ou seja, que a vida se prolongasse por mais tempo, o grupo carecia de comando e, para tal, era eleito um chefe. Era escolhido o mais forte, o mais valente, o mais habilidoso. Com o passar do tempo, devido à natural evolução é que foi escolhido o mais inteligente, o mais culto, o mais capacitado por meio do voto.

Lá pelo ano 347 a.C, Aristóteles, pupilo de Platão, já dizia que o homem é um animal político. Esse ateniense foi quem originou a ideia moderna da democracia, ou seja, regime político baseado nos princípios da soberania popular.
Devido ao desenvolvimento das sociedades humanas, tornou-se imperioso que se criasse regras de conduta para estabelecer essa política com maior propriedade, originando, assim, os preceitos de cidadania, que nada mais é do que o reconhecimento do direito que o indivíduo tem de viver livre dentro da circunscrição territorial a qual pertence.

Além das liberdades individuais e coletivas, o cidadão que conhece bem os seus direitos e os levam a efeito conscientemente, sabe, também, que para merecê-los carece de cumprir com os deveres, pois, esses princípios são invioláveis e recíprocos entre si: dever cumprido/direito adquirido.
Constantemente, deparamos com pessoas mal informadas criticando o Poder Público, no entanto, muitas vezes, essas censuras são infundadas.

Para criticar é preciso conhecer. Para conhecer as falhas é preciso conviver com quem as cometem; é preciso estar lá, junto aos poderes constituídos e, geralmente, quem julga os atos dos constituintes não se interessam pela política partidária; estão ausentes dessa espinhosa incumbência. Criticar é fácil; difícil é fazer e cumprir as normas para uma sociedade mais íntegra e progressista.

 Ilídio Bartolomeu


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

SER EMIGRANTE NÃO FOI, NEM É FÁCIL!


Atribuindo-se à situação crítica que Portugal atravessava nos anos sessenta, muito se falava acerca da emigração para França, Suíça, Alemanha e outros Países como recurso de muitos jovens, e não só, que não encontravam trabalho no seu País, e daí sentirem um alívio para encontrar um novo rumo.

Não se sabia o que iriam encontrar, nem imaginariam o quanto querer voltar. Levavam na bagagem a ilusão de uma vida melhor. Mas nem sempre é isso que podem encontrar. Nesta caminhada pode-se tropeçar em muitas desilusões, deitam-se muitas lágrimas fora. No fundo tornam-se mais fortes e talvez, com muito esforço e com muita coragem, muitos alcançaram o seu objetivo.

No tempo "Salazarista", o Governo tentava impedir essa emigração, que embora fosse favorável a quem emigrava, era negativo para o progresso do desenvolvimento e economia do país.

 Evidentemente, emigrar não seria fazer turismo. O prazer de conhecer novas terras e novas gentes, não seria aquilo com que se deparava. Os sacrifícios começavam logo à saída, quando se deixava o meio a que se estava acostumado, os amigos e principalmente a família.

 Nos países de acolhimento, por muito bem recebidos que fossem, apareciam de imediato outras dificuldades, como o idioma, acomodação, alimentação, e obviamente a saudade que só o emigrante sabe do seu verdadeiro significado.

O alojamento, que não é em hotéis de 5 estrelas, é por vezes o que mais se estranha à chegada, comparando com a casa que deixamos, e à qual estávamos acostumados.

A alimentação, se não forem os próprios a prepará-la, diferente daquela a que se está habituado, é um padecimento até que se consiga adaptar a uma nova realidade. Quem não se fizer acompanhar pela família mais próxima, então o mais mortificante ainda, é a saudade.
Emigrar ou ser. Imigrante, é uma experiência que requer uma decisão enorme de coragem e vontade de vencer, quando por motivos tão diversos se é obrigado a procurar aquilo que o seu País ou a sua terra onde nasceu não lhe pode, ou não lhe quer dar.

Aqueles que nunca da sua terra saíram, nunca poderão compreender o que no início é ser imigrante. Mas também para emigrar há que estar preparado para uma vida diferente, não só de muitas privações como dedicação ao trabalho, por vezes tão árduo para aqueles que na sua terra a isso não estavam habituados ou dispostos.  Como se pode verificar, até nos dias de hoje, aqueles que mais úteis poderiam ser ao seu país, sentem-se repelidos por não verem num futuro próximo melhores condições de vida na terra onde nasceram, se criaram e se educaram, depois de os terem enganado com uma faustosa e fictícia forma de viver, isto, nestas últimas décadas anteriores à situação atual.

Muito eu teria a contar, sobre os meus primeiros 5 anos em Paris, sobre o que eu passei. Hoje, graças a Deus, sem arrependimento do passado, sinto-me feliz e realizada.

É da sabedoria popular que se diz: “Há males que vêm por bem”, e muitos estarão agradecidos às circunstâncias da altura a deixarem Portugal, para trabalhar e viver dignamente no estrangeiro ou fora da sua terra, sem que no entanto fossem indiferentes e insensíveis ao estado em que se encontrava o nosso País de origem, por consequência do oportunismo torpe do mau Governo que durante 40 anos se dizia Democrático.

Este mundo está cheio de heróis e heroínas, emigrantes e imigrantes, homens de H grande e mulheres de M grande que lutam pela vida.
A todos esses homens e mulheres de letra grande, para os que ficaram e para aqueles que regressaram, desejo a maior sorte, felicidade e força. Parabéns.

Clotilde Brás


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DEIXEMOS O QUE FOMOS E VAMOS AO QUE SOMOS



As pessoas, especialmente as mais velhas, adoram falar sobre como as coisas eram diferentes antigamente. É comum ouvirmos: Ah, no meu tempo era assim.… temos até a impressão de que antes tudo era melhor, mais fácil, mais agradável. Será que era mesmo? As pessoas costumam ser saudosistas, mas devemos entender que não podemos viver no passado nem querer que tudo seja como era antes. Verdade que devemos admitir que havia coisas melhores nos tempos antigos. Antes, as crianças brincavam nas ruas e hoje vivem presas aos telemóveis e computadores.

Outra coisa negativa dos tempos atuais é que hoje as pessoas parecem estar desaprendendo a arte de conversar. Hoje, fala-se com uma pessoa e ela nem tira os olhos do telemóvel. Dá mais atenção a alguém que talvez nunca tenha visto pessoalmente do que um amigo. Isso faz com que sintamos que não nos dão importância e que alguém de fora é mais importante do que nós. É assim que eu acho.

Porém, temos de entender que, se algumas coisas mudaram para pior, isso não significa que os tempos passados eram assim tão bons. Será que rapazes e raparigas de hoje gostariam de voltar ao tempo em que não se votava, inclusive os pais decidiam com quem casar as filhas? Isso quando elas não eram mandadas para o convento. 

Alguém gostaria de viver no tempo em que um filho era escolhido para ficar solteiro para cuidar dos pais na velhice? Quantas pessoas não devem ter sido infelizes antigamente, tendo tido de abandonar os seus sonhos de felicidade? Pensemos nos Estados Unidos e na luta histórica contra o racismo. Que negro iria querer que voltasse à época em que os negros não podiam frequentar certos lugares e, quando os autocarros lotavam, os negros tinham que se levantar para ceder o lugar aos brancos?

Antes, bullying era considerado uma coisa normal de escola, um “piropo” não era digno de atenção por parte dos pais, professores e autoridades escolares. Hoje, com o conhecimento acerca dos danos que o bullying causa na vida da vítima, discutem-se políticas para combatê-lo. Bater numa mulher já foi uma forma de discipliná-las. Agora, as mulheres têm direitos e podem denunciar os seus agressores.

Cada época tem aspetos negativos e positivos. Nós mudamos porque hoje sabemos o que ninguém sabia no passado e, no futuro, as pessoas saberão coisas que ignoramos. As sociedades e pessoas mudam. Muitas vezes, queremos viver no passado, principalmente se temos boas recordações. Entretanto, não podemos viver presos às lembranças e costumes da juventude. Tudo passa, inclusive nós. As mudanças são parte natural da vida.

Existe um ditado que diz: “O que não tem remédio, remediado está”. Esta frase serve tanto para a gente se conformar com a realidade (que nem sempre é a que desejamos) quanto para entendermos que o tempo não volta, que o que aconteceu não deixará de acontecer, e que o arrependimento ajudam a construir uma existência mais certeira daqui para a frente…

Ilídio Bartolomeu


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

INFORMAÇÕES ÚTEIS SOBRE ATIVIDADES DA NOSSA TERRA.



Olá, somos todos Argoselenses. Este é o meu, é o teu, é o nosso blog.

Nele poderemos encontrar diversos textos, artigos e opiniões; sobre temas variados, produzidos por nós mesmos.

Vamos ter que ser muito unidos. Buscar sempre o apoio uns dos outros com muito diálogo e superar as dificuldades juntos, sejam elas individuais ou coletivas. Vamos tentar também ser criativos, quando movido por um mesmo interesse, sabermos trabalhar em equipe e dedicar-nos como ninguém. Correr atrás dos interesses de Argoselo, pensarmos em soluções, retirar ideias geniais e muito criativas.

Este é um desafio que vos proponho. Escrever textos, artigos e opiniões no Facebook, só nos vamos lembrar deles num curto espaço de tempo, depois nada ficará registado para as novas gerações. É um facto. No NOSSO BLOG, todos os seus textos, artigos e opiniões, circularão por muitos anos.  

Espero que gostem da ideia deste blog, e que os nossos textos, artigos e opiniões, sejam feitos com muita dedicação, cuidado e devidamente assinados pelos próprios.
O texto escrito está em toda a parte, e muitas coisas não poderiam existir no mundo atual sem ele. Ainda assim, são poucas as pessoas que se sentem à vontade diante da tarefa de escrever um texto e dá-lo à leitura.

A escrita faz marcas. No escritor e nos seus leitores. Longe de ser apenas uma codificação das palavras, é certo que a escrita modifica o pensamento e ajuda a construir explicações sobre o mundo e sobre nós mesmos.

Ora, escrever não é verbo intransmissível. Escrevemos algo, para alguém, com um objetivo. Apresentar o texto na sua complexidade e dentro de uma situação comunicativa genuína, é essencial para o recrutamento dos recursos internos necessários para produzir um texto. Por isso, é importante que as pessoas tenham contato com diferentes gêneros textuais ao longo de sua vida, e que os seus textos circulem entre diferentes leitores.

No entanto, se é necessário escrever para aprender a escrever, não é suficiente. Confirmar, além de ser uma prática social, é uma situação privilegiada para a reflexão sobre a língua e para o desenvolvimento da autorregulação da aprendizagem.

O desenvolvimento das ciências da linguagem, da psicologia da educação e da didática tem revelado o quão complexo é o processo da escrita, bem como a sua aprendizagem e o seu ensino. Dentre as inúmeras condições necessárias para a aprendizagem da escrita, eu destacaria algumas, a meu ver, essenciais:

1. Gostar de escrever;

2. Tempo para a escrita;

3. Olhar respeitosamente o outro;

4. Arranjos favoráveis ao reconhecimento dos textos;

5. incentivo à criação, à transgressão e à expressão de si.

Esta é uma tarefa primordial a todos aqueles predispostos a escrever: oferecer aos outros um ambiente favorável para a apropriação da palavra, para a expressão das suas ideias, e para que possam fazê-lo cada vez melhor.

Enviem as vossas opiniões, se acham que é uma boa a ideia…

O nosso desejo de Ano Novo para o marketing, Argoselo

Ilídio Bartolomeu