sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

AOS MORDOMOS DA FESTA DOS PELIQUEIROS…

Pintura de Domingos Ferreira

Pode até ser estranho para muitas pessoas, mas desde a altura que fui convidado à “Festa da Amizade” pelos mordomos, merecem toda a minha admiração e estima, em particular, o Domingos Ferreira. Desde daí pude perceber que ele é uma pessoa diferente e cheia de qualidades. Há gente dentro de uma minoria que procura sabedoria, felicidade e humor autêntico para encher as pessoas de risos e alegria. Tu Domingos Ferreira, és uma dessas pessoas empolgantes!!! Fique a saber toda a gente, que nunca digo este tipo de coisas para qualquer um, só o digo, porque realmente este é o meu pensamento, sobre este mordomo, sem querer menosprezar todos os outros.

Aproveito em primeiro lugar esta mensagem, para dar os meus parabéns a todos os membros da organização da Festa da Amizade, que tão orgulhosamente a têm consolidado durante estes anos em memória dos nossos antepassados, através desta Festividade. O talento que vos caracteriza, o modo e a forma como efetivamente os descrevem, citando-os de pessoas que tinham: aspirações, sonhos, esperança, sucessos, e com certeza dificuldades. Achamos por bem dedicar-lhes um dia de festa anualmente designada Festa da Amizade. É uma forma de lhes prestar uma homenagem, e divulgar a cultura à comunidade “PELIQUEIRA” e a todos os habitantes, as suas origens, descendentes de judeus, mesmo que ainda hoje em Argoselo, sejam poucos os que se manifestam.

Argoselo, mais propriamente os habitantes de Bairro de Baixo, como sabem estão ligados ao Judaísmo. Nas povoações mais próximas, ainda se conversa sobre os judeus, quando encontram os argoseleiros que outrora andavam no negocio das peles. Este negocio era uma das atividades eleitas destas pessoas, daí serem apelidados de "peliqueiros ou Perros de Argoselo”. O Testemunho desses anos de Judaísmo é uma cruz, existente, no Largo do Sagrado, tal como uns Poços designados de “Pelames” inseridos desde o Bairro de Baixo até ao Prado, onde aqui manualmente eram curtidas as peles dos animais.

Efetivamente, se algo existe de que uma população se possa e deva orgulhar é aquilo que de relevante lhe foi deixado pelos seus antepassados. Argoselo, como qualquer outra freguesia, orgulha-se da sua cultura, das suas tradições, dos seus costumes, da sua gastronomia... enfim de tudo o que ao longo dos anos, das décadas e dos séculos, os seus pais, avós, bisavós e todos os nossos antecedentes, gravaram nas pedras da vida e que hoje deveria formar o seu património. Sim, era deveras riquíssimo esse legado; se tivéssemos pensado no património deixado. A verdade é que as histórias e lengalengas omitidas por alguns responsáveis da nossa geração, não nos podem deixar regozijados. Mesmo assim, podemos ter orgulho de aqui termos nascido nesta terra de poucas palavras, mas de muitos sentimentos.

Lembrar os entes queridos, é dar-lhes o respeito e o reconhecimento que merecem. Isto permite viver neste mundo, sob a forma de memórias, histórias e lições que a vida nos pode ensinar. Todo o mundo quer ser lembrado, e não há razão para acreditar que os nossos antecedentes seriam diferentes. Há muitas maneiras de recorda-los. Esta (Festa da Amizade Convívio) com um cartaz repleto de atividades é muito animada em várias ações: teatro, jogos, exposições e outras representações que os autores têm proporcionado bons momentos de rizadas a toda assistência. Eu sei, como poucos, o quanto vocês são dedicados e competentes, o que me faz encher de alegria.

Nesses momentos tão especiais, sinto orgulho em saber que alguém tem interesse em não querer deixar cair no esquecimento uma cultura que tristemente foi desprezada deixando destruir todos os vestígios, históricos “Pelames” por todos os responsáveis até hoje. Mas se ainda hoje os atuais responsáveis   tivessem vontade politica, talvez pudessem ser recuperáveis, tinham é que ter competência, conceitos, ideias, aptidão e diálogos de interesse com as entidades competentes, para assim fazerem jus, às gerações vindouras e a todos os Argoselenses. Já que assim não têm ou não querem, graças a Deus, os organizadores da iniciativa dos mordomos do Bairro de Baixo, que os argoselenses tanto que vos admiram e tanto torcem pelo vosso sucesso, tornaram possível com esforço e tenacidade esta lacuna que os mais altos responsáveis de Argoselo deixaram perder.

Assim, nada mais justo do que receber agora as honrarias tão merecidas os mordomos desta proeza. Todos aqueles que se esforçam e conquistam grandes coisas, precisam também de receber elogios e reconhecimento.

Por isso mais uma vez, agradeço a todos os promotores por tudo o que têm feito nestes curtos anos da iniciativa tão especial pela comunidade Peliqueira!!!. Vocês são realmente uns entusiastas pelo que fazem. A vossa sabedoria, a vossa humildade e honestidade, fazem de vocês uns homens únicos e diferentes.

Vocês são a prova decisiva de que Santos da casa também podem fazer milagres. Eu, só vos posso agradecer de todo o meu coração, o meu muito obrigado, pelo excelente contributo que têm dado com esta iniciativa referenciada à Cultura da Nossa Terra Argoselo…

Relembrando aquele ano, em que me convidaram a assistir à vossa festa, e me homenagearam, confesso que fiquei muito orgulhoso da vossa generosidade! Por isso eu sempre vos admirei pelo vosso caráter, pela vossa inteligência e honestidade. São uns homens engraçados e de originalidades interessantes. O que, convenhamos, é raro de encontrar nos dias de hoje.

 Ao longo desses anos, pude ver que vocês tentam ser umas pessoas esforçadas e dedicadas ao divertimento. São um exemplo para todos os Argoselenses; umas pessoas por quem tenho muita admiração; um ótimo referencial para todos nós. Gostava que continuassem trilhando esse caminho de sucesso, sempre com ótimas iniciativas.

Reconheço que tive uma demora em escrever. Mesmo assim é muito gratificante para mim, saber que esta iniciativa vai ser uma longa escada que terão pela frente, para não deixarem esquecer, os nossos ente queridos, porque renegar as origens é renegar-se a si próprio.

Sem antes finalizar, quero dar os meus verdadeiros parabéns. Não pude assistir à vossa festa de 2017 por motivos que alguns de vós bem conhecem, a minha falta de mobilidade, mas sei que a festa foi espetacular. Aproveito também para dizer-vos: se precisarem de algo dos meus serviços que possa contribuir, podem contar comigo…

Domingos Ferreira, sem seres um letrado, tu és uma pessoa de se lhe tirar o chapéu, como poucos que conheço. És um recreativo como poucos se podem orgulhar! Filho de peixe sabe nadar!!!

 Parabéns, novamente a todos, e boa sorte para os anos seguintes!!!

Abraços a todos.

 

Ilídio Bartolomeu


sábado, 17 de fevereiro de 2018

VIVENCIAS ENTRE FAMILIARES PODEM SER TRANSMITIDAS AOS FILHOS…



A forma como as famílias gozam férias, vivem os fins de semana e se comemoram os aniversários ou outras datas festivas, revelam aspetos importantes de espírito e cultura familiares, São vivências que se absorvem enquanto crianças e perduram, por norma, na idade adulta. É da natureza humana reviver o que um dia já o fez sentir-se bem, confortável, seguro, satisfeito e feliz!

A tradição é o ato de transmitir lendas, factos, costumes e hábitos, durante um longo período de tempos. Assim, no contexto familiar, pode-se dizer que a tradução é a cultura de uma família. E esta cultura pode definir-se como um conjunto de padrões e de comportamentos. Independentemente do nível financeiro, todas as famílias têm as suas tradições, a sua herança cultural, transmitida de geração em geração.

As famílias eficientes, evidenciam porque é que é importante preservar as tradições familiares, e o que esta preservação representam. Em primeiro lugar, as tradições ajudam a uma unidade forte, que se adoram mutuamente, que se respeitam e que se honram uns aos outros. Para além disso, as tradições permitem reforçar a ligação da família e, que por sua vez, proporciona mais integração, amparo, compreensão e sentido de pertença. O cultivo das tradições familiares de geração em geração é como que uma renovação da energia emocional, a constituição de um elo positivo com o passado.

 É tão frequente que cada um de nós, se recorde em idade adulta, de coisas que vivemos, as experiencias quando éramos crianças, que nos marcaram de forma determinante. O que é que nos pode acontecer muitas vezes? É tentarmos reproduzir e transmitir essas experiências aos nossos filhos e sobrinhos, na tentativa de que tenham os mesmos sentimentos que outrora tivemos. Só assim poderá gerar a passagem de sentimentos, de experiências, de heranças familiares entre gerações.

Todos estes fatores contribuem para a pluralidade cultural, composta por crenças, festas, tradições, memórias, costumes amizade e convívio, ou simplesmente recuperar um reacender de histórias vividas que integram a cultura de um povo.

Será pertinente perguntar aos Argoselenses se haverá algum deficit na transmissão destes fatores aos seus filhos???...

 

Ilídio Bartolomeu

sábado, 10 de fevereiro de 2018

HOMENAGEM A TODOS BEM MERECIDA...

Humberto do Fundo

É com imensa alegria que dedico em nome do meu Projeto, este meu artigo a dois amigos mais conhecidos em Argoselo. Ao saudoso Sr. Humberto do Fundo, com a carinhosa alcunha “Tio Limpa Chaminés,” possivelmente o último peleiro de Argoselo. Ao Sr. José Fernandes, com afetuosa alcunha “Tio Conde,” que se encontra ainda entre nós, provavelmente um dos melhores atores e organizadores de comedias em Argoselo. Quero expressar os meus sinceros agradecimentos e gratidão pelo trabalho solidário, interativo e por todo apoio que deram a este evento, o filme Tradições, Usos e Costumes de Argoselo. Tenho pela memória do Sr. Humberto do Fundo, um carinho muito especial, na verdade ele partilhou comigo aquilo que tinha de mais precioso, a memória do Seu Povo, as Tradições, e o gosto de ser negociante, além de peles, o ferro velho, nunca esquecendo também a sua terna mas firme religiosidade… um homem sempre pronto quando o chamavam para ajudar a colocar o Senhor do Bonfim no andor para os dias das Festas, nos dias hoje, já não acontece  bem assim, se por vezes não houver alguma contra partida. 
 Vi, comovido, quase as lágrimas de saudade a escorrerem pela sua face quando me falava do seu tempo de mocidade, e do tempo dos velhos marranos, rosto curtido por muitos Invernos, mais parecia um velho pergaminho…Que Deus esteja sempre consigo, Tio Humberto, no lugar onde estiveres, e quando fizeste a tua última viagem finalmente para junto dos teus antepassados, do Povo de Deus, do Teu Povo, sei que foste acompanhado por tantas Luzes como aquelas que tu acendestes na Igreja muitos dias, e à noite as velhas candeias de azeite puro a ELE, com as torcidas rezadas (como o Tio Humberto o bem sabia rezar), como quem desfia um rosário. (Ano 2014 em que prematuramente, faleceu). 

O Sr. José Fernandes “Tio Conde”, é um homem pragmático, é-lhe fácil analisar tempos passados, Tradições e Costumes do Seu Povo, e do modo como narra, tem a ver com a sua personalidade. Certamente é uma figura carismática de Argoselo, com um vasto conhecimento a explicar os Usos e Costumes, é tarefa fácil sintetizar quem é o “Tio Conde “em meia dúzia de palavras, um sonhador. Uma pessoa fora do tempo, imaginário do que pretende esclarecer à sua maneira, mas que se entende perfeitamente. “O Tio Conde “carpinteiro de profissão, também nunca esqueceu a sua afetuosa e frequentemente a religiosidade…

Estas duas personalidades estiveram desde que os conheço, sempre em contato com ritos, costumes e culturas, uma experiência engrandecedora e, ao mesmo tempo, algo desafiador, na medida em que nos colocam frente a frente com outras formas de ver e interpretar o mundo e as próprias relações humanas. Nesse sentido, mergulhar no universo do outro, compreendê-los nos seus contextos, sem julgamentos e expectativas, pode tornar-se tarefa árdua, especialmente num tempo de urgência na busca por respostas e definições. Assim, a linguagem audiovisual torna-se, também, ferramenta de aproximação das diferenças e de estímulo para novas perceções.

É este o convite que regista os rituais de uma aldeia, que estas duas pessoas nos deixam e que levanta questões atuais deste povo, como a preocupação dos mais novos em manter as tradições, e mudanças nos hábitos, revelaram-me um dia, estes dois amigos.
Património cultural: é o conjunto de todos os bens, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse marcante da nossa identidade, neste caso, de uma região. As tradições falam mais alto na Vila de Argoselo, um local em que os hábitos têm passado ao lado de todos os responsáveis, que tinham o dever de estimular a população, para a relevância em preservar os hábitos deixados pelos antepassados.

 Estas duas pessoas, reconhecidos pelo povo como grandes atores, com os seus saberes, experiências, tradições e cultura, davam vida e alma às comédias de rua, fazendo rir e alegrando as pessoas. Também as festas religiosas e populares dão vida a essa memória. A aldeia agora Vila, embelezava-se para festejar os seus Santos Padroeiros especialmente no período de Verão. As feiras, outrora espaços privilegiados de convívio e comércio, hoje, numa mostra de atividade reduzida.
José Fernandes
As manifestações culturais são tradições de cada região, que são recriadas coletivamente pelos próprios habitantes, mas nos dias de hoje, torna-se difícil para recriar uma comédia com tantos figurantes precisos, para que elas se mantivessem de geração em geração, de modo a que não fosse esquecida a cultura deste Povo Argoselo.

Outros Amigos, que com o seu trabalho solidário prestado a este projeto, também me merecem ser lembrados com carinho e ternura. O saudosismo sempre é válido tratando-se de amigos que nos marcam para sempre. Também quero expressar os meus sinceros agradecimentos e gratidão pelo apoio, demonstrado, logo que os abordei, puseram-se imediatamente ao dispor, com o seu tempo de trabalho solidário e à vontade para levar avante as filmagens da Segada, pelos ensinamentos que colhi, na certeza da contribuição árdua destes amigos, quero manifestar aos que já faleceram os meus pêsames, saudades e a minha homenagem. Aos que ainda estão entre nós os meus agradecimentos e a merecida homenagem.

 Passo a cita-los; como é óbvio alguns vou trata-los pelas carinhosas alcunhas: Sra. Maria da Glória, Sra. Balbina, Sr. Alfredo Oliveira, tio Salazar, Sr. António Vermelho, Sr. Fernando Checas, Sr. Júlio Tomé, tio Peixe, Sr. Nataniel Bartolomeu, Sr. Carlos Oliveira, Sr. João Fernandes, Maria do Carmo Oliveira, Justina Oliveira, Sofia Bartolomeu e Maria do Carmo Santos. Todos eles e elas foram simplesmente amavelmente maravilhosos. Por isso, estejam lá onde estiverem, um especial agradecimento a todos que patrocinaram com a sua contribuição,  um bem ajam por ser viabilizado este meu projeto, com valor patrimonial que vai ser de todos os Argoselenses: 

Ao Sr. Humberto do Fundo, deixo a minha mais profunda homenagem. Amizade não é sobre quem vem primeiro ou quem vem por último. É sobre quem vem e nunca vai embora.

Ao Sr. José Fernandes, os meus sinceros agradecimentos. Um dia, perguntaram-me: quanto vale um amigo? Respondi: não sei, os que eu tenho, ganhei… Não estão à venda e não tem preço.

À querida comunidade de Argoselo. Quero desejar a todos muita saúde e prosperidade. Que todos possam realizar todos os vossos sonhos e que possam desfrutar de toda felicidade que houver neste mundo.

Ilídio Bartolomeu 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

SEJA DIFERENTE: NÃO DERRUBE, AJUDE A LEVANTAR…

Consolar alguém que está triste pode fazer com que se sinta impotente. Na maioria das vezes, se não consegue fazer nada para ajudar outra pessoa, todavia, o simples fato de estar disponível e disposto a ouvi-la é o passo mais importante a ser dado.

Certamente já passou por algum momento difícil na vida, e nesse momento foi muito importante o apoio emocional da família, amigos e colegas de trabalho, para lhe dar ânimo e conforto para superar a situação, não é verdade? Já em algum momento da sua vida viu um familiar, uma pessoa querida, ou um conhecido a passar por uma situação difícil e quis apoiá-lo de alguma forma?

Quase todas as pessoas tendem a sentir compaixão e empatia pelos outros, por isso nós temos o impulso e o desejo de ajudar a aliviar a dor de quem está a passar por um momento menos bom. A existência desses impulsos e desejos de ajudar as pessoas pode ser notados em indivíduos de idades e culturas diferentes, e nesse sentido torna-se algo inerente á condição humana.

No entanto o que varia de pessoa para pessoa é como esse desejo de ajudar se expressa. Há pessoas que tem elevada motivação altruísta e há pessoas que são levadas por autointeresse. Nestes casos a sociologia reconhece a existência de um antagonismo sobre o altruísmo. Existem diversos motivos que nos impulsionam a querer ajudar as pessoas.

Existem pessoas que ajudam os outros por motivação egoísta e para obter alguma recompensa, como o reconhecimento social por exemplo. Ou por sentir satisfação em fazer o bem, para não se sentir culpado ou simplesmente pela ativação empática diante do sofrimento alheio.

Embora todos nós saibamos que independente do motivo para ajudar, o nosso desejo é confortar e aliviar a dor do outro, então temos que ser coerentes com aquilo que sentimos e falamos. Ou seja, é preciso ter congruência entre aquilo que expressamos verbalmente e aquilo que mostramos através das atitudes.

É claro, não existe uma receita definida para apoiar e confortar uma pessoa, não é verdade? Sabemos que existem muitas maneiras de se fazer isso, mas algumas pessoas ficam completamente perdidas e sem saber o que fazer e como lidar quando se deparam com uma situação em que seria importante, apoiar e consolar uma pessoa.

Quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós...

Um abraço sincero e afetuoso pode transmitir o nosso desejo de ajudar e aliviar a dor alheia, tornando-nos mais próximos da pessoa. Não falo do abraço social que damos no dia-a-dia quando cumprimentamos um amigo, mas um abraço, apertado, que faz a pessoa sentir-se confortável, acolhida e protegida.  Vale lembrar que o abraço não substitui o afeto passado pelas palavras, um abraço sincero e afetuoso é sempre positivo!

Há uma crescente tendência do egoísmo em detrimento da ajuda ao próximo, conhecido ou desconhecido, uma tendência que é preciso contrariar. É preciso lutar contra o egoísmo, a inveja e a ganância. Como? Dar mais de nós aos outros. Porquê? Ao estender a mão a outro ser humano vai sentir-se melhor consigo próprio; vai melhorar algum aspeto da vida dessa pessoa, nem que seja apenas naquele momento. A compaixão é contagiosa, e o mundo torna-se muito melhor.

A solidariedade é contagiosa. Contagie e deixe-se contagiar…

 

Ilídio Bartolomeu