sábado, 25 de setembro de 2021

ENVELHECER É SABEDORIA! É ARTE!

A sabedoria é o ingrediente principal para a arte de envelhecer.

A vida é mesmo muito desafiadora!

Perdemos muito tempo avaliando, pensando que acabamos por perder tempo e durante este tempo que perdemos, perdemos tempo de felicidade, tempo nosso, tempo de realizar, tempo de afirmar, tempo de concretizar e tempo de lutar. Neste tempo em que acabamos por adiar a nossa vida e os nossos sonhos talvez por falta de coragem ou medo de falhar e quando olhamos, damos conta que por vezes já é tarde, demasiado tarde. Tarde demais para voltar atrás e poder recuperar esse tempo perdido. O tempo não espera, nem perdoa atrasos.

O tempo passa a correr por todos nós. E durante esta rápida passagem, uma atitude importante é permitir-nos às mudanças e não ter medo dos novos desafios nem de novos cenários que a vida nos apresenta para todos nós. Vamos permitindo as alterações. Vamos permitindo os desafios e aceitando as mudanças enquanto vamos envelhecendo.

Envelhecer bem é importante. Muitas pessoas não envelhecem bem e chegam no tempo da velhice muito mal, com muitas angustias e dificuldades. Envelhecemos naturalmente, mas a qualidade do envelhecimento é uma arte. Se seremos bem sucedidos ou não nessa arte, isso depende de como nós vivemos.

Para isso precisamos ter coragem de mergulhar em nós mesmos. Mergulhar para aprender com o tempo as lições da vida. Porque a única coisa que temos certeza mesmo, é a morte! A morte do nosso corpo que começa logo na hora em que nascemos. O melhor é acumular sabedoria, para saber lidar bem com a idade e com a vida.

Assim sendo levamos no rosto não apenas as rugas, mas as impressões daquilo que a vida nos ensinou e nos causou a tentar entender as nossas próprias ações.

Saber envelhecer é uma arte!

Podemos comparar essa arte com a natureza. A primavera é o tempo do desabrochar da vida, da jovialidade e da vivacidade. A plenitude da vida é o tempo de verão. O outono é a colheita e o inverno é o termo do repouso, da quietude e do descanso, para que a nossa vida possa surgir. Esse amadurecimento é arte e arte aprende-se,  aperfeiçoa-se a cada dia.

Não há nada neste mundo que nos ensine mais e que nos prepare mais para o dia seguinte do que as quedas que sofremos na caminhada da vida.

Vivemos tropeçando na vida. Mas se não fossem pelos tropeços que vamos dando, jamais perceberíamos aonde devemos acertar. São através das dificuldades e dos obstáculos que conseguimos vislumbrar onde e como podemos melhorar. As quedas que vamos sofrendo são muito importantes para construir o nosso carácter, personalidade e o nosso caminho para depois podermos olhar para trás e pensarmos: foi difícil, mas aqui estou eu ainda de pé apesar de tudo.

Não importa os problemas que a vida nos coloque na nossa frente, devemos sempre levantar-nos e seguir em frente.
Aprender com o passado e procurar sempre melhorar no futuro!

Existem coisas às quais não podemos fugir, como a tristeza, a dor e o sofrimento. Elas fazem parte deste mundo e desta vida e por isso é importante que saibamos lidar e conviver com elas.

Mas temos sempre escolhas e possibilidades, temos sempre forma de arranjar novas perspetivas, de encarar as situações com força e positivismo, temos sempre a possibilidade de recomeçar, de seguir em frente, de levantar a cabeça e de ter a esperança de momentos melhores.

A impermanência da vida diz-nos que nada dura para sempre, e assim de cabeça erguida podemos encarar os momentos difíceis, seguir em frente e sorrir.

Aprender com o passado e procurar sempre melhorar no futuro!

Nem vencer, nem perder, mas sim evoluir.

Ilídio Bartolomeu

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

PARA QUANDO? TRANSCREVO…


 

Cansado de falar sobre os absurdos que são praticados constantemente em alturas de eleições, envergonhado com os vexames praticados pelas sucessivas Juntas de Freguesia associados com os PSD,S e toda a qualidade de fisiológicos de ontem e de hoje, resolvi dar uma palavrinha nas minhas opiniões e transcrever  um texto: Política e Politicalha…

A política fina o espirito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmo, desenvolve nos indivíduos  a atividade , a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura, eleva o merecimento.

Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há dúvida que rima com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado?  Politiquice? Politiquismo?  Politicaria? Politicalha? Neste último. Sim, o sufixo pejorativo é como um estigma, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa.

Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes negam-se, excluem-se, repulsam-se mutuamente.

 A política é de gerir a Vila, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas e tradições responsáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou conjunto de funções do organismo local. É o exercício normal das forças de uma Freguesia consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico do povo negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inflexíveis. A política é a higiene dos povos  saudáveis. A politicalha,  é a malária dos povos de imoralidade que não faz falta a ninguém. 

Ilídio Bartolomeu

domingo, 19 de setembro de 2021

HÁ POLÍTICOS E POLITIQUEIROS…

A falta de compreensão desta diferença é que tem definido a postura da maioria do povo, uma postura confusa e de escolhas equivocadas e maléficas no contexto político Argoselense. Os eleitores tendenciosos e os candidatos interesseiros que são eleitos é que formam a politicagem que presenciamos nesta crise pela qual passa a Vila de Argoselo. Examino a grande diferença entre a política e a politicagem.

A palavra política vem da língua grega e significa “o governo do povo”. Ela tem a ver com “boas maneiras, urbanidade, cavalheirismo, polidez, gentileza, civilidade, benevolência, humildade, acolhimento. É o compromisso com a governabilidade e gestão eficiente, eficaz e zeloso do povo.

O político autêntico, por vocação e não por jeito, é uma pessoa comprometida com a excelência em governar com justiça. O politiqueiro é alguém que está contratado sabe lá bem para quê, só visa perpetuar-se no poder pelo poder. O político autentico é um servo do povo e para o povo. O seu poder emana do povo para servir o povo com equidade, compromisso, empatia, simpatia, respeito e competência. Ele não tem interesses próprios, mas trabalha fielmente para os interesses dos seus eleitores sempre obedecendo a Constituição. Tudo que é possível fazer para facilitar a vida dos cidadãos é do âmbito do político vocacionado para o cargo eletivo ou indicado para um cargo público com base na meritocracia. O político não procura cargos, mas cargas. É uma pessoa comprometida com o trabalho de melhorar a qualidade de vida da população. O político vocacionado é uma pessoa aplicada, disciplinada e determinada nas suas atribuições definidas. Ele veste a camisa do serviço abnegado para beneficiar o cidadão que paga os impostos. Tem consciência da envergadura da missão que recebeu dos eleitores.

A palavra politicagem é uma deformação da política e quer dizer: “corporativismo, rabos de palha; filosofia partidária, mercantilismo, comprometimento, politiquice, venalidade, favoritismo, parcialidade, suspeição, artimanha, desvario, facciosismo, má fé, fanatismo, corrupção, suborno e tráfico de influência”. Estes significados traduzem muito bem a grande maioria que está em cargos eletivos. Poderia dizer-se o contrário, mas não seria real ou verdadeiro. A politicagem anda solta como um vírus. As instituições estão cheias de gente politiqueira. Essa gente está preocupada em levar os cargos sem esforço. O politiqueiro, o que pratica a politicagem, está interessado em favorecer a si, e os seus apadrinhados. Ele não está preocupado com a meritocracia, mas com os seus interesses meramente pessoais. Geralmente o politiqueiro é reacionário. Ele não tem princípios, mas principado. Não tem personalidade, pois o partido é que manda. O politiqueiro não tem coerência. É muito triste sustentar um politiqueiro. Ele custa muito caro aos cidadãos que pagam pesados impostos. Ganha muito para nada fazer. É muito triste e pesado lidar com politiqueiro. Ele só aparece de quatro em quatro anos. Muitos politiqueiros elegem-se pela compra de votos.

Os que praticam a politicagem gostam de fazer mediana. Parecem amigos, mas não são. Os politiqueiros utilizam todos os meios para impressionarem os descuidados. Poucas pessoas são massa crítica. Infelizmente, a maioria não sabe votar, não sabe exercer a cidadania responsável. Os politiqueiros elegem-se por causa dos cidadãos irresponsáveis e imaturos, que não pensam e que não têm discernimento. No ambiente da politicagem muitos se candidatam para elegerem os mais conhecidos e, assim, conseguirem uma palavrinha  com os que foram eleitos. É a politicagem do apadrinhamento da troca. Na verdade, causa asco, nojo. Podemos perceber claramente que na politicagem a pessoa candidata-se a um emprego e não a uma vocação, a uma missão ou a um compromisso inadiável e inalienável com o povo. Os salários e os benefícios são atraentes. Na politicagem, se possível, emprega-se todos agregados e amigos.

Nesse tempo tão tumultuado, quando passamos por uma crise profunda, precisamos dizer não, definitivamente não, à politicagem. Precisamos de políticos de caráter. É necessário dizer sim à política séria, comprometida com a verdade, com a integridade, com a governabilidade e com o bem-estar do povo. A política está ao serviço da justiça social, saúde de qualidade, segurança eficaz e eficiente, educação de excelência e uma consciência profunda de igualdade e fraternidade.

A nossa Vila de Argoselo  não avançará enquanto houver politicagem, isto é, preferência, corrupção e os outros desmandos. Precisamos eliminar no voto os maus políticos, os que praticam a politicagem. Certos partidos são cabides de emprego e não formadores de cidadania e progresso sustentável.

A uma semana das eleições para a autarquia, que Deus nos livre dos politiqueiros e nos dê políticos mas, acima de tudo, pessoas de bem.

Ilídio Bartolomeu


terça-feira, 14 de setembro de 2021

AUTÁRTICAS 2021


 

É, eu sei. Entra ano das autárquicas sai o final das autárquicas, e as pessoas são sempre as mesmas. Nós não alimentamos uma boa relação com os nossos políticos, mas por alguma razão inexplicável ainda queremos entregar parte considerável da nossa vida nas mãos deles.

A razão para esse paradoxo é certamente uma das grandes questões do nosso tempo.

O que é mais enternecedor é o tão almejado foro e privilegiado poder para usarem e abusarem sempre com os mesmos pretextos para não serem retirados, e saírem de cena.

Infelizmente só vejo uma solução para os desalojar, era com o voto obrigatório, só assim aqueles que têm o total interesse em ver o concelho de Vimioso a prosperar em todos os níveis do conhecimento humano, certamente teriam o interesse em ver os mais habilitados serem sufragados nas urnas para administrar os interesses das pessoas e do Povo.

Pergunta-se: “O que leva uma pessoa de bem a votar em gente que não puxa pelos interesses do concelho?”. Talvez, salvo melhor juízo, deva-se à situação da sua ignorância política, por isso deveria ser mais bem informado pelas pessoas que se candidatam e não os enganar com falsas promessas. 

Mas a verdade, é que o pior ignorante é o ignorante político, porque o ignorante político não entende nada de política. Lembro também que numa transação nebulosa, como os nossos políticos que governam o concelho, ainda não possuem cultura doutros políticos, mas nem por isso querem perder a pose ou o poder que têm.

É claro que há esperança. Nunca devemos desistir dos nossos sonhos. E sonhar com um concelho de Vimioso mais justo, administrado por pessoas verdadeiras, é uma forma de continuarmos tendo o desejo de ver uma sociedade fraterna e feliz. Temos de ser cuidadosos na hora de escolher os melhores dos melhores, para ocupar os cargos públicos.

 As eleições vão-se aproximando, mas não vejo, pelas pesquisas apresentadas, grandes mudanças no cenário camarário. Políticos que renunciam em fazer finca pé, para fugirem aos deveres das promessas que fazem sempre que há eleições, estão na mira de se reelegerem.

Infelizmente a memória do eleitor do concelho Vimioso é muito curta, alguns nem se lembram em quem votaram nas eleições passadas!...

Ilídio Bartolomeu 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

A VERGONHA; QUE ENVERGONHA A VILA DE ARGOSELO!


Não é amissível que as sucessivas Juntas de Freguesia da Vila de Argoselo, como conseguem enfrentar com a total indiferença “o cancaro da vergonha que não os envergonham"!

Como é possível?

Quem gosta da sua Terra, o dever é entregar-se com paixão e lutar pelos direitos do Povo para os quais os têm eleitos.



quinta-feira, 2 de setembro de 2021

FAMILIA EM HARMONIA É…


 

Queridos leitores, já estamos no final de agosto, mês carregado de superstições e lendas. Agosto é considerado como o mês azarado e de maus agouros. Há os que se recusam a se casar em agosto com medo de ser infeliz no casamento. Pobre agosto! Pobre de quem assim o denomina! Preocupa-se com a hipótese de encontrar infelicidade e perde a chance de viver em harmonia com o tempo, seja ele qual for, pois o tempo também é obra divina.

Um dos grandes mistérios da humanidade está justamente em saber viver em família. Nela aprende-se a ser aceite ou não, ser amado ou não, a pertencer ou não a um grupo. Ao nascer, uma pessoa recebe de presente uma família, uma cultura, uma pátria. E sente que precisa honrar e seguir tudo que recebeu de sua família. A forma mais comum de honrá-la é seguir todos os passos que foram ensinados pelos pais, avós, tios. Segui-los de forma inconsciente é o mesmo que repetir todos os erros e todos os acertos sem perceber o que está fazendo. Esta forma revela todo o amor que uma pessoa sente pelos seus familiares, mas de uma maneira inconsciente.

Viver em família é um desafio muito profundo. Nela aprende-se que é preciso aceitar para ser aceite. A vida em sociedade começa a ser experimentada na família. Saber respeitar alguém, aprender aceitar o diferente é primeiro e acima de tudo um desafio familiar. Não aceitar um membro com problemas seja ele qual for, gera a dificuldade de aceitar outra pessoa com o mesmo problema fora da família. Não saber respeitar os avós em casa, significa não saber respeitar os idosos na sociedade. Não reconhecer os esforços que os pais prestaram para a sua existência, significa que o seu filho não irá reconhecer os seus esforços prestados para existência dele. Consequentemente a roda da desunião começa a girar. Exigir a atenção da sociedade para os seus problemas, nada mais é do que a sua necessidade inconsciente de ser olhado pelos seus familiares.

Meu caro leitor, olhemos para nós mesmos, para a nossa vida em família. O nosso lar deve ser um ambiente de amor, lugar de boa convivência, de diálogo, de ajuda mútua. Nós, pais e mães, somos responsáveis por fazer florescer na família o bem e a paz. Precisa ser nosso o exemplo da boa convivência para com os nossos filhos. E o exemplo deles, consequentemente, vai refletir no meio em que vivem.

A sabedoria humana só é válida quando olhamos para dentro de nós mesmos em busca de corrigirmos tudo o que está errado em nós. O nosso exemplo de vida é o que fica, é o que prevalece.

Ilídio Bartolomeu