sábado, 26 de fevereiro de 2022

OS TEMORES DA GUERRA...


Distante de nós, no tempo e no espaço, lá na Grécia, a respeito da guerra, Péricles dizia: "se tendes de escolher entre a paz e a guerra, certamente escolhereis a paz. Mas, se tendes de escolher entre a guerra e os azares do inimigo, certamente escolhereis a guerra." Ninguém vai à guerra simplesmente por querê-la ou desejá-la. Vai para defender a soberania da sua Pátria.

Afora o que dizia esse sábio pensante, trazemos o tema para o presente, que, pela evolução do ser humano, já em pleno século XXI, tudo para nós é inaceitável, quando ceifa a vida de inocentes, que nada têm a ver com os conflitos entre nações poderosas, de governantes prepotentes.

Onde começa agora essa tensão mundial?

Num país, cujo governante está no poder há 20 anos. Isto não é salutar. Leva à arrogância, à petulância, à prepotência, ao desrespeito à soberania alheia. A alternância de poder é o que conduz a uma saudável Democracia.

Não à toa, a maioria dos países do mundo inteiro repudia a atitude daquele governante, solidarizando-se com o país atacado, a quem poderá oferecer apoio bélico, se necessário. Por enquanto, apenas acenos de paz, na esperança de um armistício.

É isto que a Europa espera.

Ilídio Bartolomeu


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

SAUDADE E RESGATE


 Em momentos como esse é que tu observas o presente. Percebes que tudo não é nem sombra do passado, o futuro somente algo incerto, é natural olhar para o passado e sentir certa nostalgia. Assim estou eu!

Olho para a história e vejo o quanto perdemos a memória. Povo sem história é igual ao povo sem identidade. Sem identidade não há resistência! Por que será?

Conclusão: o sistema tem os seus motivos para tentar negar, apagar das nossas memórias qualquer ideia de raiz. E assim caminha a vida lado a lado como o país: divididos, individualizados e sem esperança. Bem vindos ao nosso presente absolutamente deprimente!

Há  horas que eu gostaria de ter nascido antes, tipo década de 30, só para poder perceber os discursos de Martin Luther King nas suas lutas pelos direitos civis. O tempo é curto para falar de outras figuras.

Todas essas pessoas não tinham telemóveis, internet, tablete, nem outras informações, mas havia neles de sobra o que falta na gente de hoje: união, disposição para a luta, coragem, ideal, convicção, consciência, altruísmo e esperança.

Embora os lugares e épocas possam ser diferentes, todos eles tinham algo em comum: sonhavam com um mundo melhor e diferente, mais justo e solidário e lutaram por esse mundo, onde muitos pagaram com a própria vida, tamanha foi à entrega.

Como não se emocionar? Como não se inspirar? Como não sentir saudades?

Infelizmente, vários deles hoje encontram-se esquecidos, apagados da mente do povo, quando não desconhecidos.

Mas enquanto o escritor aqui viver, por mim serão lembrados e quem sabe não consiga inspirar outros a lutar por um outro mundo melhor

De resto, ficam somente as lembranças