domingo, 28 de março de 2021

Nº21- ENDOENÇAS MEMÓRIAS DE SEMPRE

            
                  
  
              
             Procissão do Senhor dos Passos e Procissão do Encontro

 Endoenças designa a procissão que tem lugar na noite de quinta-feira santa, integrada no ciclo festivo pascal da igreja católica romana, em que se promove o arrependimento e penitência conjunta dos membros da comunidade, e também o pedido de indulgência, como preparação para a celebração da Páscoa.

No lugar e na região envolvente, o termo Endoenças abrange, na linguagem comum, o todo em que o evento se integra, incluindo por isso a sexta-feira santa, em que o percurso da procissão é simétrico ao de quinta, ou mesmo a generalidade das práticas da semana santa.

A organização da procissão esteve a cargo do pároco, no entanto, a preparação destas festividades abrangeu os habitantes naturais de Argoselo, sacerdotes e serviços pastorais, fiéis/figurantes, músicos e penitentes, residentes.

Esta procissão das Endoenças foram precisamente realizadas  há 21 anos 4-4- 1999.

Ilídio Bartolomeu



segunda-feira, 22 de março de 2021

Nº20- BENÇÃO DOS RAMOS MEMÓRIAS DE SEMPRE

          





                   

Bênção e Procissão dos Ramos

 O Domingo de Ramos é o pórtico de entrada na Semana Santa. Neste dia, a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, para consumar o seu mistério pascal. É uma entrada que prefigura e preludia a sua entrada, pela Ressurreição gloriosa, na Jerusalém Celeste. Jesus, porém, quis chegar ao triunfo passando pela Paixão e Morte. Por isso se lê, na Missa de Ramos, o evangelho da Paixão. Os fiéis são convidados a olhar para Jesus, o qual «sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos»

Ilídio Bartolomeu

sábado, 20 de março de 2021

AUTÁRQUICAS JÁ COMEÇAM A MEXER...

 

A cerca de meio ano das eleições Autárquicas, serão realizadas entre meados de setembro ou princípios de outubro, isto se não houver qualquer alteração até lá. No Concelho de Vimioso, já começam as primeiras movimentações políticas, com destaque para a disposição do autarca Jorge Fidalgo, ainda antes de Rui Rio se manifestar volta a concorrer à presidência da Câmara Municipal, lugar que ocupa, desde que foi a substituir José Rodrigues.

Enquanto a nível concelhia, os objetivos estão traçados pelos diferentes partidos políticos, nas freguesias também são mais as certezas que as dúvidas. Há quem convide  e sabe que não aceita o convite numa tentativa de evitar a sua participação noutras listas... Crescem os boatos... Os partidos agitam-se… A eleição de qualquer um deve ser entendida como uma responsabilidade para as populações.

Do lado do PS, partido que se apresenta sempre dividido para as autarquias, apenas se ouvem rumores de que o candidato pode ser este ou aquele mas…começa-se a perceber que não é bem assim, que as dificuldades em arranjar um candidato ganhador estão muito presentes.

A Concelhia PS tem muitas complexidades de “agregar pessoas para um projeto conjunto. Isto nunca pode ser um projeto de uma pessoa, isso não existe. O que existe é um projeto de um conjunto de pessoas que tenham uma motivação positiva para o Concelho e para a região. E, portanto, é isso que têm que começar a disporem-se a trabalhar”.

A concelhia PS, tem agora Hugo Rodrigues no comando para estes novos quatro anos e deve defender, acima de tudo, efetivamente um certo renovar da visão política, dos políticos da região, que têm de trabalhar muito mais em conjunto, e haver um propósito conjunto de relançar a economia da região, e “vem aí uma oportunidade para o país todo com toda esta crise económica, fruto da pandemia e, portanto, é preciso que a região trabalhe em conjunto, que não seja um «Vimioso centrismo» O que é preciso é trabalharem em conjunto para potenciarem a região, penso que o Jorge Fidalgo não o tem conseguido”.

“Por um projeto agregador de vontades, que consiga galvanizar as populações do Concelho com o objetivo de uma candidatura vitoriosa”

Surpresas podem não acontecer nesta luta autárquica que se começa a travar e que esperamos que não enverede pelos ataques pessoais e pelo insulto.

Ilídio bartolomeu

quarta-feira, 17 de março de 2021

CADA UM TEM A VIDA QUE MERECE!

Tem consciência a respeito da responsabilidade que tem sobre a vida que leva? Para alguns, isso parece óbvio, mas, para outros, não é tão claro assim. E a verdade é que cada um tem a vida que merece e que busca ter através das suas atitudes. Se for consciente sobre esse papel e assumi-lo é transformador, pois permite que direcione a sua vida pelos caminhos que deseja trilhar…

Numa  escala de 0 a 10, o quanto se sente verdadeiramente satisfeito com a sua realidade atual? A sua carreira, a sua situação financeira, o seu estilo de vida, as suas amizades, acha que está vivendo o melhor que poderia? Refletir a respeito disso é sempre importante, para que evite  acomodar-se com uma situação que está aquém das suas possibilidades. Porque, a sim, é capaz de chegar muito mais longe, mas, para isso, precisa aplicar um esforço compatível com os resultados que deseja obter.

Sabiamente alguém  disse que insanidade é continuar a fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Realmente, se continuar a plantar amendoeiras, serão amêndoas que irá colher. Se deseja ter laranjas, morangos ou outras frutas, precisa mudar as sementes que está a plantar. Na vida, acontece da mesma maneira, se quer ter um salário maior, uma vida melhor um confinamento calmo e uma boa saúde, precisa pensar em quais atitudes precisa adotar para tal.

Será que realmente está a dar o seu melhor no trabalho, que está cultivando o melhor relacionamento com os seus amigos e cuidar de si como merece? Questione e desafie a fazer um pouco mais a cada dia, esforçar-se mais, dedicar-se, honrar cada oportunidade que tem. Então, pouco a pouco, irá perceber que sempre é capaz de ir além daquilo que é capaz de fazer.

Se deseja merecer uma vida extraordinária, precisa começar por parar de dar desculpas. Frases como: “ninguém me valoriza”; “não tenho sorte”; “estar sempre a resmungar”: “a minha realidade é essa e não há nada que eu possa fazer”, não o levarão a parte alguma e portanto, pare de buscar argumentos. Reconheça que merece muito mais e que irá dar o seu melhor de agora em diante.

É bastante fácil encontrar pessoas que irão duvidar da sua capacidade. Porém, o fato de existir muita gente assim, não faz com que a opinião delas seja uma verdade absoluta. O que acontece é que cada indivíduo emite opiniões de acordo com o que carrega dentro de si. Desse modo, quando o seu colega de trabalho diz que não irá conseguir ser promovido, na realidade ele está expressando as suas próprias frustrações. Então, saiba que esse tipo de comentário não vale nada, feche os ouvidos e continue firme nos seus objetivos.

Se cada um tem a vida que merece, imagino que deseje merecer o melhor que o universo lhe puder proporcionar.  Pode começar a fazer isso agora mesmo, colocando em prática toda a sua imaginação.

Cada qual merece viver uma vida extraordinária! Porém, para transformar alcançar essa realidade, precisa sentir-se digno e capaz, porque é isso que irá motivar a ousar e ir além do que é capaz!

Ilídio Bartolomeu

sábado, 13 de março de 2021

DESCONFINAMENTO! E AGORA COMO VAI SER?

Depois de dois meses confinados, situação que a generalidade da população portuguesa aceitou e cumpriu de forma voluntária e responsável, quando se inicia o desconfinamento há muita gente que teme sair de casa. É uma reação normal.

Terminado o período de isolamento social, surge agora um novo desafio: o desconfinamento. Começam a surgir questões sobre como lidar com esta nova situação em que já podemos sair de casa, mas em que o vírus Covid-19 continua a propagar-se e a atacar em todas as frentes.

A nível psicológico, o desconfinamento traz-nos, por um lado, a sensação de liberdade, de que nos estão a restaurar a nossa autonomia e o nosso direito de circular livremente, mas sempre de forma consciente e segura. Assim, os níveis de stress e ansiedade face à obrigatoriedade do confinamento passam a estar reestabelecidos devido à transmissão da mensagem de segurança e confiança que são passados à população.

Por outro lado, surge o aumento de perturbações psicológicas a nível emocional, resultado do afastamento social prolongado e da necessidade do mesmo se manter. Ou seja o desconfinamento traz-nos ainda mais responsabilidade, obrigando-nos a adquirir novos hábitos diários de prevenção que podem vir a ser motivo do aparecimento de obsessões e compulsões, como forma de combater o medo do perigo eminente.

Vamos, então, entrar num momento onde se vivem os extremos, sendo necessário trabalhar para o estabelecimento de um equilíbrio social, psicológico e biológico, onde a prevenção é a palavra-chave. Será, assim, necessário criar uma resposta de intervenção psicológica especializada, com o objetivo de minimizar o impacto das alterações dos hábitos de vida, higiene e segurança, evitando o desconhecimento e o sofrimento psíquico.

Mais do que voltar à normalidade, temos de adaptar a normalidade aos tempos em que vivemos. Não é urgente voltar às atividades que concretizávamos antes do aparecimento do vírus, mas sim adquirir novas atividades diárias que nos levam à sensação de alívio, tranquilidade e segurança. É dotarmos capital humano de táticas, estratégias e dinâmicas que tragam quietude aos nossos dias, em que o vírus é o inimigo sim, mas não precisamos de viver em guerra permanente.

Sabemos bem que vamos todos morrer e que viver tem riscos, mas a vida do dia a dia permite-nos não estar sempre a pensar sobre isso. A questão é que neste momento temos uma ameaça que torna sempre presente a ideia de que a nossa vida e a das pessoas à nossa volta está em risco.

Se nós pensássemos todos os dias, quando saímos de casa, antes de existir covid-19, nos riscos que corremos, também não saíamos.

Ilídio Bartolomeu

domingo, 7 de março de 2021

UM DIA, UMA CRIANÇA DESEJOU DESENHAR O MUNDO!


Era uma vez uma menina que queria desenhar o mundo. Mas como, se o mundo é tão grande? Bem, começando com um traço. E é a partir de um traço que cresce, que se expande,  que viaja e que o mundo se torna desenho. Porque afinal é mesmo verdade que o mundo é grande e só soltando o traço e  a imaginação,  é possível englobar o mundo inteiro. Basta voar... querer... e não desistir.

Se o Dia dos Pais é a data dedicada para preparar grandes surpresas, a pequena menina, de 5 anos, levou a ideia a sério....

A menina que decide desenhar o mundo é a mesma que não conhece a palavra “desistir” e que, apesar do mundo ser grande, muito grande e não caber numa folha de papel, toma a decisão de fazer “um risco tímido, duvidoso” que, num crescimento lento, torna-se denso e assertivo. Para desafiar a timidez do traço, a menina desenha-lhe umas asas para que ele pudesse levantar o tão desejado voo.

Inaugura-se então a grande aventura: atravessa “terras e mares”.  A aventura da menina, começava a fazer diversos desenhos, que vão desde nuvens, arvores, monstros, flores, pessoas que representam a família, "ondinhas" e até carrinhos de corrida.

Só não cresciam se estivesse a olhar para eles, encontra então vários caminhos descobrindo que todos podem ir dar ao mesmo sítio, aprende que naqueles sítios onde dizem que acaba o mundo, começa logo outro  e ainda arranja tempo para atravessar um país onde havia uma palavra mágica para tudo e que tudo fazia acontecer. Em seguida a menina segue mostrando os seus desenhos… e em cada parte de sua “obra de arte" explica o que significa. A menina chamou o pai e a mãe para ver a tão esperada surpresa. A menina que se camava Marina, disse ainda aos pais que era a surpresa que tinha preparado para o Dia dos Pais...

Sem acreditar no que estão vendo os pais questionam a criança. "Por que fizeste estes desenhos, Marina?". A resposta da criança deixa claro: " porque eu penso que vão gostar"....

Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.

Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.

Ilídio Bartolomeu

 

quinta-feira, 4 de março de 2021

O QUE NOS PODE FAZER CHORAR?

 

Nem sempre uma dor física nos faz chorar, mas existem outras circunstancias em que segurar as lagrimas é praticamente impossível, pois realmente existem factos que nos podem fazer chorar…

Mas sobre chorar, uma verdade precisa ser dita, pois certamente existem certos factos que nos podem fazer chorar, pois somos humanos e não máquinas, assim sendo, sempre estaremos sujeitos a sentir certas emoções, que podem ser causadas por uma grande alegria, uma grande emoção, uma grande tristeza, uma dor profunda, tudo depende da sensibilidade da alma, até mesmo do momento que estivermos vivendo, pois, se estivermos melancólicos, inclinados às lágrimas, até um por do sol muito lindo poderá fazer-nos chorar. Ou uma música, ou um poema, algo que atinja a nossa sensibilidade.

Podemos chorar por saudade de alguém muito querido que partiu, por exemplo. Mas nesse caso será melhor proteger-nos nas boas lembranças, que poderão, não evitar-se, pelo menos  minimizar a dor pela ausência.  Essa terapia faz muito efeito, pois lembrar momentos felizes que foram vividos juntos, parece que nos faz sentir a presença de quem está ausente. O importante é não nos deixar dominar pela dor, procurando substitui-la pela alegria que um dia existiu, e isso ajuda muito, estejam certos.  Pode não ser muito fácil faze-lo, mas é um excelente exercício espiritual.
Podemos igualmente chorar quando alguém nos faz sofrer.  Por exemplo alguém a quem amamos e que nos rejeita.  Seja um filho, um amigo, enfim, alguém que apreciamos e  que parece não retribuir esse sentimento. Isso pode dar vontade de chorar, mas a verdade é que nesses casos, não vale a pena chorar. O melhor é devolver a mesma frieza, tendo sempre em pensamento que ninguém merece  as nossas lágrimas, pois as únicas pessoas que realmente  merecerem as nossas lágrimas, nunca nos farão chorar. Pelo menos, não voluntariamente, pelo menos não de tristeza.

Um sentimento de amizade, de carinho, geralmente só provoca lágrimas de emoção, de alegria, nunca de tristeza.  Havendo essa reciprocidade, até mesmo eventuais ausências poderão ser superadas.

Quando estamos necessitando de ser ouvidos, apenas os verdadeiros amigos nos ouvirão.  Apenas quem realmente nos aprecia será capaz de nos acudir nos nossos maus momentos, sejam eles quais forem. Apenas os que estiverem dentro do círculo.  Muitas vezes, chegam a ouvir o que pensamos.  Essas são as reais amizades. Não precisamos pedir socorro,  elas nos socorrem antes.  E dessa mesma maneira deveremos agir quando a situação for inversa.
 Não deveremos demonstrar raiva, mesmo que a sintamos.  A raiva é má conselheira.  Antes de nos deixar levar pela sua negatividade, deveremos ponderar bem a situação, procurando ameniza-la o mais possível.  Evitando uma explosão de momento, tudo parecerá menor depois.

Muitas amizades, muitos amores, são perdidos por uma explosão de ira num momento inadequado. Uma amizade assim perdida, dificilmente será recuperada, pois as sequelas provocadas nem sempre encontram atenuante, e são essas as perdas, cuja lembrança poderá provocar as nossas lágrimas depois.  Principalmente ao chegar à conclusão de que aconteceram por um momento de destempero que tivemos, ao cortar bruscamente vínculos afetivos plantados durante muito tempo. Sofremos e fazemos sofrer, somente por uma questão de orgulho ferido que eventualmente pode ter provocado a nossa cólera.  

Enfim são muitos os motivos que podem fazer-nos chorar.  E uma coisa é certa.  Seja qual motivo for, ao sentir aquele nozinho na garganta, não se segure, “deixe as águas cair” pois é muito melhor um desabafo do que segurar uma emoção que está lá dentro, doidinha para sair.

Nunca é demais lembrar  que de norte a sul do país, a cada dia há mortes pela covid 19. Desesperados com o colapso dos hospitais; médicos e especialistas não se cansam de explicar, que, para combater essa pandemia, é necessário que a população use máscara, respeite o isolamento e que as autoridades implementem o confinamento. Ou seja, restringir, ao máximo, a circulação das pessoas em vias públicas para combater a propagação de novas variantes.

Bem, para evitar tudo isso, o melhor mesmo é termos um lindo dia, nunca esquecendo que preservar boas amizades ajuda a viver em paz e melhor, principalmente se conservadas num círculo de amizade, respeito e carinho...

Ilídio Bartolomeu