sábado, 29 de junho de 2019

DIGNIDADE EM TODAS AS SITUAÇÕES…


A Dignidade de um homem, depende dos princípios e ideais que ele adota, que ele inclui e assimila.

As leis de um país são de acordo com o povo. E esse povo, seguindo os caminhos disponibilizados por Deus, a inteligência suprema, de forma positiva, harmônica, justa, vai construindo a sua identidade, se a sua dignidade for positiva. O modo como é sentida a dignidade varia de pessoa para pessoa, mas, as bases fundamentais são as mesmas em todas as criaturas.

Podemos manter a nossa dignidade enquanto cidadão, pagando corretamente os nossos impostos, mas os gestores públicos podem perder a dignidade quando usam esse dinheiro de forma criminosa, aplicando atos de corrupção. O funcionário que recolhe os impostos por força da lei e da obrigação, pode manter a sua dignidade valorizada no respeito àqueles que entregam as suas contribuições, reconhecendo como sendo o suor do rosto deles. Isso é uma forma de caridade, para aquele que é subjugado para servir de escravo aos gestores corruptos. A caridade é uma forma de amor, é importante para construir um caráter puro.

Podemos ter ideais, que ultrapassem as fronteiras do homem comum. Isso é bom, mas cuidado! As ideias faraônicas, deixam estampar nas estruturas vitais a feição de grandeza. Por isso é preciso ter maiores cuidados, pois as criações mentais podem-nos perseguir, tomando a maior parte do nosso tempo de trabalho e de repouso. Todos os esforços têm uma sequência, que o tempo domina, nada foge dessa lei. Vejamos; Não queiramos coisas grandes demais, sem começar pelas pequenas, que formam o alicerce, pois assim é tudo o que existe.

Tudo no universo, inclusive a Terra, é bafejada pela luz de Deus, agora com mais intensidade em função do grande número de consciências que começam a despertar as origens climáticas. Somente as gerações do futuro se certificarão, pela fé e pela ciência, da verdade que acabaremos por perceber.  A decência, no meio em que ora vivemos, é obrigada a despir-se das roupas da imposição interesseira. Ela não pode aceitar as escumalhas da mentira autoritária para satisfazer a arrogância e a brutalidade.

Honra, dignidade e honestidade diante dos nossos compromissos, à luz do amor, haveremos de encontrar muitas e muitas oportunidades de testar o coração na dignidade pura, porque aquele que se aproxima da verdade sofre primeiro as consequências da mentira e do engano.

Trabalhar com dignidade é condição essencial, não somente pela manutenção financeira, mas pela dignificação da vida de outrem. Trabalhar constitui-se numa parte importante da vida e vai além do ganha-pão. Tem a ver com realização pessoal, com o sentir-se útil e encontrar sentido em todos dias. A importância do trabalho na vida do ser humano vai muito além do facto de que, através dele, satisfazemos as nossas necessidades básicas.

 O trabalho por si só, é revelador da nossa humanidade, uma vez que possibilita ação transformadora sobre a natureza e de si mesmo. Além disso, a nossa capacidade inventiva e criadora é exteriorizada através do ofício que realizamos.

Tão importante quando desempenhar o seu ofício é gostar do que faz. Quem realiza o seu trabalho sem estar contente com o que executa, certamente não terá empenho e a sua produção será menor, além da tendência ao desenvolvimento da sua capacidade. Trabalhar sem sentir prazer é sinônimo de sofrimento de quem não percebe nada do que está a idealizar, um trabalho que não seja considerado gerador de bem-estar trará mais prejuízos do que benefícios.

 Não é possível que um trabalho, ao causar dores de cabeça, cumpra a sua função de dignificar o homem. A gênese do sofrimento pelo trabalho está por exemplo, relacionada a fatores como conflitos constantes entre líderes e liderados, ausência de espaço para discussão, expressão e resolução de problemas.

Todos os que se interessam pela verdade, foram chamados e escolhidos por uma força maior para que, por esse meio possamos sentir e entender, aperfeiçoando as nossas virtudes e procurando outras pela luz que acendemos para todos. Compreendamos a importância de termos a intenção da sinceridade, a vontade de sermos grandes para ajudar os menores. No entanto, é muito justo que olhemos os meios que procuramos. É muito nobre que todas as vias sejam lícitas, para que não venhamos a cair, antes de andar. A honra faz parte das belezas espirituais da alma, quando ela não exige a destruição nem procura humilhar quem nos ofendem.

“Ninguém montará em cima de nós se não nos curvarmos.”

Ilídio Bartolomeu


sábado, 22 de junho de 2019

É IMPORTANTE TER O HÁBITO DE LER…

O universo literário possui várias e diferentes categorias. Uma delas é a biografia. Na minha opinião, trata-se de um texto extremamente importante, para toda a sociedade. Muitas e grandes personalidades, que fizeram história atuando nos mais diversos e diferentes setores da sociedade, deixaram grandes obras e efeitos memoráveis.

Alguns dos grandes gênios Argoselenses, já não estão entre nós e hoje são totalmente desconhecidos, quando morreram foram sepultados nos túmulos do cemitério e no esquecimento pela maioria da nossa população.

Eu acredito que o principal objetivo de uma biografia, é procurar mostrar a história de vida de uma pessoa, a obra das suas mãos e apresentar esta pessoa como exemplo de vida, e um exemplo a ser seguido.

Uma biografia também pode trazer à luz um facto até então desconhecido pelos Argoselenses. Nos dias atuais, a nossa sociedade Argoselense, está muito carente e necessita de bons exemplos, principalmente as nossas crianças, os nossos adolescentes e toda a juventude.

 Eu considero o trabalho biográfico como sendo muito importante e benéfico, para a educação e a formação do ser humano. Sempre costumo dizer que o exemplo abre caminhos, não sou um escritor não sou biógrafo, mas gosto muito de escrever, e sinto-me plenamente realizado a cada vez que concluo um texto e o levo ao conhecimento dos Argoselenses, através da internet aqui no Blogue São Bartolomeu Freixagosa.

Ao estudar a biografia de um autor, passamos a compreender a sua vida e o que o motivou a seguir aquele determinado caminho ou linha do pensamento. Também este estudo é importante para que possamos entender os acontecimentos daquela época e mais ainda, para que possamos perceber a grande contribuição que este determinado autor deu e ainda dá no que se refere ao desenvolvimento da sociedade, seja social ou intelectualmente, onde os licenciados possam comparar os efeitos provocados por esses autores em tempos anteriores com o tempo atual.

Acredito que tudo é válido e importante quando se trata de servir o bem de toda a sociedade Argoselense.

O interesse de ler as biografias…

Cada vez se perde mais o hábito da leitura. Mas ler traz benefícios muito além do mero desenvolvimento intelectual.

Lembrem-se de que o conhecimento não se cria por si só e não ocupa espaço na cabeça. Tudo que vocês lerem permanece na vossa consciência e vem à luz quando precisam de se expressar. É bom ter informações de todos os tipos, já que vocês estarão preparados para lidar com qualquer situação, mesmo que não percebam, muitas das coisas que conheçam são aplicadas diariamente.

A leitura é uma maneira de conhecer novas palavras e expressões. Isso permitirá à pessoa a melhor maneira de se comunicar através da palavra e da escrita. Além disso, melhora as suas técnicas de escrita e ortografia. Passar umas horas em silêncio, sem pensar na vida pessoal, fará com que o leitor alcance uma tranquilidade que provavelmente nunca experimentou antes.

Aqui estão os principais benefícios de ter o hábito de ler. Dizem que o ser humano é eterno, quando o seu trabalho permanece para sempre.

 Ilídio Bartolomeu



sábado, 15 de junho de 2019

ESCREVER É UMA FORMA DE AJUDAR OS MAIS DESATENTOS...


Muita gente perguntará, mas porque escreve tanto esta pessoa e só sobre Argoselo? Meus amigos, por que a escrita é o que me salva do meu terrível destino de viver mudo. A escrita é o que me traz de volta à superfície, é mão que se estende por muitos quilómetros se necessário para argumentar, não importa o que escrevo, porque a escrita se faz e se desfaz.

Escrevo porque me sinto bem, sinto um recebimento pelas palavras, frases textos e afins. Escrevo porque não sei expressar-me por palavras, os meus dedos entendem-se e escrevem o que sinto, o que me sufoca, às vezes tristezas e outras das vezes felicidades. E depois o que escrevo é como se tudo fosse um turbilhão de sentimentos que me asfixia, ou como se descarregasse tudo o que me vai na alma, nas minhas palavras. Por mais desajeitadas que sejam, são os meus sentimentos, as minhas vontades e a minha vida.

Enfim, escrevo porque me sinto bem, faz bem e sempre fará bem! outros que não escrevem, tenho a certeza que já tentaram, pelo menos uma frase, ainda mais quando sofrem por não saberem escrever. Eu, desafio a que peguem uma caneta e um papel e escrevam tudo o que sentem. Vão ver como se sentirão melhor, livres é claro! Escrever é viver através das palavras… das vossas próprias palavras…

Escrevo por dois motivos, sendo um deles o gosto pela escrita. O outro motivo, é triste dizer; mas nem toda a gente tem jeito para se expressar por palavras, eu estou nessa lista. Portanto escrevo o que não consigo falar, expressar! Na escrita parece que tudo, sai tudo que está dentro de mim.

Através da escrita, acredito que não só eu, mas a maioria das pessoas, encontre ou busque encontrar num pedaço de papel e um lápis uma espécie de válvula de escape, pois através disso, é possível colocar para fora o que muitas vezes eu preciso dizer ou fazer, porque não consigo falar o que fica entalado na garganta, porque não sai. Então aqui tem que entrar a escrita. Para mim, ela é usada no Blogue São Bartolomeu Freixagosa, para desabafar, denunciar e informar o que de bem ou menos bem acontece em Argoselo. 

 Escrevo para comunicar com todos, e com o mundo, escrevo para expressar as minhas emoções, enfim escrevo porque há dentro de mim um bichinho que me exige isso, é verdade que muita gente dirá que não faço isto muito bem, mas quero chegar lá. A vida é assim!... e assim fico aliviado…

Escrever, é uma forma de tornar o dia a dia mais leve. Em busca de alívio e desabafo, a escrita tem função terapêutica para quem resolve derramar emoções, organizar melhor o pensamento, dificuldades e atitudes cotidianas e refletir com mais profundidade sobre factos passados ou simplesmente libertar sensações ruins, são algumas das possibilidades que registo para quem se aventura em busca de mais bem-estar comum.

A escrita faz-me, por exemplo, com que rememore situações antigas e as reconstrua. Também permite reinventar, criar desfechos e refazer as situações passadas de maneira distinta. A distância para a situação ou a vontade de assinalar, exige um processo de compreensão. Escrever de forma livre, dá a quem deseja utilizar a escrita como forma de terapia. É importante estar sempre preparado, com aparatos tecnológicos ou só com caneta e papel no ainda preferido caderno para o ato de escrever. Escrever pode ser uma excelente forma de eu mostrar ao Povo de Argoselo o que não está bem.

 Mas quando eu morrer e não tiver convencido ninguém, é porque a minha vida foi um êxito…

Ilídio Bartolomeu



terça-feira, 11 de junho de 2019

A INDIFERENÇA É IMPIEDOSA…


No mundo, somos iguais e diferentes, porém não temos o direito de ser indiferentes.

A indiferença iguala-se com o egoísmo e com o medo, impedindo o alongar da vida. Desenvolvimento e crescimento implicam envolvimento, o que é um ato de coragem de viver. A indiferença cria um abismo de aparência intransponível para quem poderia redimir-se do erro ou, simplesmente, conquistar oportunidades de construir um caminho individual que dê sentido à vida.

A indiferença é o instrumento dos frágeis e dos que temem perder as minguadas reservas que conseguiram acumular. O pouco que se tem com a angústia de perder, torna-se ainda menos, porque tende a desaparecer pela falta de uso. Nas relações de afeto, o uso não desgasta, ao contrário, amplia, transforma e diversifica.

O envolvimento, atitude antagônica à indiferença, pede-nos aproximação, aconchego e intimidade com as pessoas com quem convivemos. A intimidade requer coragem porque o risco é inevitável. Não é possível saber logo de início, de que forma o relacionamento nos afetará. Crescerá, transformando-se em autorrealização, ou nos destruirá. A única coisa certa é que, se nos entregarmos totalmente para o bem e para o mal, não sairemos ilesos.

A coragem de amar coloca-nos frente a frente com duas formas de temor: o medo da vida e o medo da morte. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o medo mais avassalador das pessoas não tem a ver com a morte, apesar de ser uma experiência de caráter irreversível e aterrador, mas sim o medo da vida, que nos coloca a todo o momento em situações de decisão e envolvimento.

Na vida, a indiferença é o posterior do medo de usufruir as suas surpresas. É o medo de viver que impede as pessoas de viver sem medo. Há pessoas que vivem morrendo, ainda que não morram a todo o instante, são as angústias desnecessárias. Medo de viver uma relação de amor se assemelha ao medo de perder a pessoa amada e viver a dor do vazio e das angústias do abandono. Significa também, o temor de perder a sua identidade e autonomia, como se o amor fosse uma ameaça à destruição da vida. Amor que impede a independência, não é amor, é possessão. Amor que descaracteriza a identidade não é amor, é tirania. Amar é ter a coragem de banir esses fantasmas que tentam transformar-se de monstros aterradores para dificultar o processo de viver com simplicidade e prazer.

Estaremos nós contribuindo para reduzir as desigualdades aterradoras que se vê no mundo?

A vida está cheia de momentos e circunstâncias nas quais optar pela indiferença nem sempre é a melhor opção. Podemos importar-nos muito ou pouco, mas nunca podemos deixar de sentir. Esse é um recurso que nos permite escolher alguns estímulos para então senti-los, ou simplesmente afastá-los de nós. Portanto, a indiferença absoluta nunca é possível

Sem qualquer sombra de dúvida. Somos os autores do livro da nossa vida. Da maneira como vamos chegar às etapas finais, dependerá da maneira como vivermos as etapas anteriores, eis que a única coisa certa na nossa vida, é que ela teve um princípio e terá um fim, e certamente o que acontecer no intervalo entre essas duas etapas, ficará por nossa conta, por conta do nosso livre arbítrio...

Ilídio Bartolomeu


terça-feira, 4 de junho de 2019

E SE FOSSE NO CENTRO DE VIMIOSO?...


É comum encontrar edifícios abandonados em cidades vilas e aldeias, mas eu vou especialmente falar de Argoselo. Basta um passeio pelo centro da Vila de Argoselo ou por outras ruas, nobres ou não, para identificar inúmeros espaços sem utilização, ou com esqueletos de prédios desocupados, servindo de hospedeiros indesejáveis, para lixo, pragas, marginalidade e egoísticos interesses individuais especulativos dos seus proprietários.

Mas, como solucionar esta questão e promover a sustentabilidade destes bens, principalmente do prédio situado bem no Centro da Vila de Argoselo?

A resposta para este problema encontra-se na Constituição da Republica, num artigo que eu não estou habilitado para fornecer, dedicado à Política Urbana, sob a premissa das funções sociais da Vila e sustentável da propriedade que impõe o uso deste bem em conformidade com o interesse, não só do proprietário, mas de toda a sociedade, conforme diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, a partir de efetividade econômica, social e promoção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Assim, impõe-se ao Executivo Camarário de Vimioso, o dever de imprimir políticas públicas de ordenação deste ou doutros espaços urbanos, condicionando e delimitando o efetivo exercício do direito de usar, gozar e dispor do imóvel pelo próprio poder público e, notadamente, em nome do citado princípio mencionado o artigo constitucional, bem como por força da norma fundamental que eleva a supremacia do interesse coletivo sobre o individual.

Para tanto, a própria Câmara pode autodenominar e colocar à disposição do poder executivo municipal os artigos que conferem esses instrumentos. Referindo assim à obrigação conferida à administração pública de determinar ao proprietário da casa edificada, não utilizada e abandonada, que promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de divisão ou aplicação de multas, em prazos pré-definidos e após projeto aprovado, imposto sobre a propriedade e, se persistir na omissão legal, a expropriação adequada, com pagamento mediante títulos da dívida pública, com prazo de resgate de até dez anos, tudo com base dos conformes procedimentos estabelecidos e garantidos pelos  devidos processos legais, contraditório e ampla defesa, no âmbito administrativo e judicial se for o caso.

Com estes passos, será possível concretizar direitos básicos como moradia, lazer, inerentes às funções sociais da Vila e da propriedade, ultimando o abandono que se encontra num triste espetáculo há mais de 40 anos. Não é compreensível tanto pela Junta de Freguesia como da Câmara de Vimioso, que tenham até hoje nada feito para acabar com esta situação, e que nada dignifica a Vila de Argoselo por quem por aqui passa há 40 ou mais anos.

Os Serviços Camarários, segundo me parece tem dado alguns passos para solucionar este problema, mas também não tem feito tudo que está ao seu alcance, porque se fosse com um munícipe radicado na Vila, e Argoselense, que paga os seus impostos e se descuidasse, tinha tudo já penhorado faz tempo.

Mas também não quero deixar de expressar o meu descontentamento e condenar as várias Juntas de Freguesia das debilidades e desleixes como se não fosse nada com eles e deixarem-se andar ao sabor da Câmara de Vimioso.

A verdade seja dita: estes indivíduos são como os morcegos, só vêem de noite, durante o dia, não vêem nada, nem se passa nada na sua própria Terra. Mas não vai tardar muito, que durante alguns dias, não há-de faltar muito, em que vão começar a distribuir os bacalhaus e palmadas nas costas e dizerem; que são os defensores do bem-estar das pessoas que aqui vivem. Quanto à Câmara de Vimioso, tem-se esquecido muito dos vivos, mas, quando alguém morre lá estão eles a lembrarem a sua presença com uma coroa de flores e paz à sua alma…

Não é admissível como o Povo tem sido representado por indivíduos, que em vez de o defenderem, têm o vendido por uma simples coroa de flores, só para agradarem, porque para o resto estão-se borrifando. Quem gosta da sua Terra, o dever é entregar-se com paixão e lutar pelos direitos do Povo para o qual os têm eleitos. Se não foi para representarem o mais alto cargo da Freguesia…. Então mais valiam continuarem a cavar batatas e tratar das hortas…

Ilídio Bartolomeu