terça-feira, 30 de outubro de 2018

AOS MEUS LEITORES PRÓXIMOS OU DISTANTES!


Olhar para frente e imaginar o desconhecido é algo que provoca diversas e diferentes reações nas pessoas. Umas olham com grandes expectativas, pois os sonhos também são grandes e os projetos de vidas são construídos num curto espaço de tempo entre o presente e o futuro. Outras olham amedrontadas, pois, apesar de também terem projetos de vidas construídos, não sabem ao certo o que o futuro lhes reserva. Dizem que o futuro a Deus pertence, mas temos certeza do que vos espera um dia. Apesar disso são angustiantes as incertezas e as surpresas que Ele vos reserva. Dá até um arrepio na barriga. Mas é esse medo que tanto vos incomoda.

A vida é uma luta. É uma luta pela sobrevivência. Neste nosso mundo descompassado, viver é uma arte e como tal, imprimimos os personagens que farão parte da nossa obra e pode ser que em vários momentos da vida tenhamos que trocar de personagem para uma nova realidade. Viver é um jogo. Um jogo, que o resultado tem e deve ser a vitória, não há outra maneira, pois de contrário não sobreviveremos.

Durante todo o tempo em que vivemos, factos e acontecimentos sucedem no tempo, fazendo com que mudanças na vida ocorram, tanto para melhor, quanto para pior. O medo do futuro é aceitar, que não sabemos o que nos espera. Esse não saber é o terror que assombra e nos perturba. O medo do futuro é aceitar, que a nossa área de conforto está sempre a um passo de ser destruída, já que viver é lutar. Crescer é tornar-se independente e, por assim ser, naturalmente cada qual constrói para si um projeto para o futuro e isso muda completamente a nossa vida. Essa mudança também é medo do futuro.

Não temos como fugir dele, porque um dia ele nos alcançará. O melhor que se tem a fazer é viver o presente, como se fosse o melhor dos futuros, para que lá de longe possamos olhar para traz e ao invés, de reviver o medo, possamos viver uma deliciosa nostalgia de ter bem vivido a vida com, as pessoas que um dia partirão antes de nós. O medo do futuro é não viver o presente.

É vital sempre ter algum objetivo na vida.  É nessa vontade de lutar, de viver, que existe a verdadeira felicidade.  É nessa capacidade de aceitar tudo o que de bom e de ruim a vida nos oferece, que se pode dizer: sou feliz, principalmente, adquirindo a certeza de que as coisas, que nos acontecem obedecem a diretrizes de Alguém Superior, é que se consegue realmente ver o que poderá ser a felicidade em cujo encalço estamos.

No dia 28 de abril de 2000, comecei a publicar os artigos no blogue São Bartolomeu Freixagosa, com títulos sugestivos, procurando aumentar a ambição e, sobretudo uma profunda mudança de paradigma para Argoselo. Uma das coisas que me propus fazer – não a única – foi a de reduzir as distrações dos argoselenses para bem do presente e futuro.

Reduzir as distrações, seria apenas parte do processo. Depois, havia mesmo que entrar em trabalho perspicaz. Isso exigiria muito mais disciplina e compromisso para trabalhos profundos, tendo maior noção do que é mais importante para o que deveria ser privilegiado, mesmo quando pressionados com as “urgências” do dia-a-dia que, tantas vezes, não tão urgentes assim.

Hoje, com 18 anos a escrever artigos no blogue sobre Argoselo, é hora do balanço final. É curioso constatar de que alguns textos provocaram algum impacto, que meço pelo número de pessoas que os leram, e em alguns momentos interagiam comigo e, sobretudo o recebimento que sentia, principalmente nas redes sociais.

Foi divertido e revelador. Creio que, no fundo, algumas pessoas gostariam que continuasse, mas tenho más noticias.  Nunca foi minha intenção desaparecer do espaço social digital, desde logo, porque lhe reconheço uma série de vantagens. Apenas pretendia fazê-lo de uma forma que, não lhe retirando as vantagens, não viesse acompanhado das desvantagens. Em larga medida, acho que o consegui fazer.

Foram temas bem diferentes e não sei exatamente o que pensar, salvo que o público é supremo para definir os seus interesses, e que nem sempre os meus textos tiveram significativo acolhimento por parte de algumas pessoas, nem uma boa critica necessariamente as impressionou e cativou. Tenho textos que me agradaram, mas que não alcançaram muitas leituras. Outros até chamaram bastante atenção. A interação literária, não é fácil. Como não estava à procura de quantidade ou sucesso, fui fazendo o que podia, mas sinto-me feliz com o que consegui, apesar das minhas habilitações literárias não passar da quarta classe, mas seja como for, creio não ter desapontado os leitores, “SALVO ALGUNS ERROS” 

Porém, foram todos vocês que me motivaram a escrever dia após dia. Nunca corri atrás de ser o primeiro para ser colocado numa possível lista daqueles que escrevem sobre Argoselo. Ficava porém feliz, quando apenas os leitores se apresentavam para ler e comentar os meus textos. Na verdade, escrevia para me libertar de mim mesmo.

Meus amigos próximos e distantes, por motivos de força maior, estas minhas crónicas e artigos chegaram ao fim, (não direi jamais) o Blogue continuará aberto.

Nos meus textos, as tradições e hábitos de antigamente falaram mais alto, ao desempenhar e preservar os costumes da terra que me viu nascer.

As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.

Obrigado a todos aqueles que os prestigiaram.

Grande abraço, amigos.

 Ilídio Bartolomeu



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO ENVOLVENTE À IGREJA MATRIZ DE ARGOSELO




O cemitério da Igreja Matriz de Argozelo encerra uma História que encontra paralelo com as grandes metrópoles.

As sepulturas em igrejas foram práticas comum até o século XIX, como forma de aproximar os católicos dos santos.

Os enterros deixaram de ser feitos no interior dos edifícios de culto quando começaram a surgir as primeiras noções de higiene.

O Adro dos Enforcados e o Campo das Malvas (malvados) eram sítios onde se enterravam os enjeitados, criminosos e outras almas perdidas.

Por não se considerarem dignos de solo sagrado localizavam-se longe do interior das igrejas, muitas vezes fora das zonas muralhadas, desprovidas do abrigo espiritual, com a conivência, tantas vezes implacável, da sociedade clerical.

Num dos cantos mais recônditos do Cemitério Velho de Argozelo é possível encontrar “Os Anjos Escondidos”. Anjos que, excomungados em vida, persistem na memória que nos torna humanos, sem necessidade de lápides faustosas

 Escrito por

 Luiz Rodrigues



terça-feira, 2 de outubro de 2018

NÃO HÁ PESSOAS PERFEITAS…

Ninguém é perfeito, mas há pessoas que se aproveitam desse aforismo e tornam-se dificílimas de lidar. São ignorantes ou marretas, que podem tirar qualquer um do sério no âmbito das relações do trabalho, da família, da política, da religião ou em outras situações. Aprender a lidar com elas é um desafio ao nosso equilíbrio emocional.

O conceito de marrento é análogo ao de ignorante, podemos usar para indicar pessoas que gostam de gabar-se das suas habilidades, cheias de argumentações sem vínculos, possuídas, astutas e influentes. Mas os ignorantes, na maioria das vezes, apresentam um temperamento difícil, conhecidos como “cabeças-duras. ”

Existem vários exemplos, que estão em todas as partes, nos mandões irresponsáveis que não respeitam os demais, nos intriguistas e nos ludibria_ dores, que no dia-a-dia assistimos a manifestarem desrespeito pelas ideologias dos outros.

Os indivíduos ignorantes também não desconhecem tudo, mas diante do seu obscurantismo, posicionam-se de modo agressivo em relação aos outros. Eles estão em prontos para desferir palavras insensatas, pois raramente pensam antes de falar, melindrando os que estão à sua volta. Nas redes sociais são raivosos ou brincalhões virtuais.

O modo de lidar com os ignorantes torna-se mais fácil quando toca a indivíduos desconhecidos, porém é difícil quando se trata de lidar com seres humanos conhecidos. No fundo, essas pessoas sentem-se superiores e por isso, elas têm dificuldades de se relacionarem de forma explicativa e educada. Porque existe circunstâncias onde não há argumentos possíveis, uma vez que os ignorantes não fazem questão de esclarecer nada de concreto.

 “Alguém diz num post do facebook, (Argoselo que Futuro); que em Argoselo, há muitos projetos para executar, a “ulos digo eu”? pois bem; se algum projeto há para ARGOSELO, só se for para inovar as COROAS DE FLORES, que a Câmara de Vimioso gentilmente vai depositar nas campas dos defuntos, e que alguém recomenda para mudar de modelo, porque o atual está gasto que até os próprios defuntos estão cheios dele.”

Agora os vivos, ao que parece continuam a gostar muito destes projetos… mas porque será? Será que os argoselenses estão a ver aquilo que eu não vi até com óculos? Ou tantas vezes um qualquer ignorante diz uma mentira que se torna verdade? “Confesso que é de bradar aos céus” Agora com pessoas responsáveis, até que acreditaria!... Não em muitos, mas alguns… sim…

 “Mas se os Argoselenses preferem acalmar as suas indignações e convidá-los a não serem ignorantes inflexíveis e ingratos, em razão de que não têm consciência de que são… então bem podem esperar sentados” …

 

Ilídio Bartolomeu