domingo, 13 de julho de 2014

AS MINAS DE ARGOSELO


Desde o seculo passado as Minas de Argoselo eram exploradas, no entanto só a partir dos anos 50 é que adquiriam aspetos industriais modernos. 250 Trabalhadores eram responsáveis pela exploração de 200 toneladas de Volfrâmio e Estanho. Todo o processo de exploração começava a cerca de 180 metros de profundidade, de seguida na lavaria dava-se à separação dos minérios dos esteres. Terminado todo o trabalho realizado na lavaria com a separação do Volfrâmio e Cassiterite, eram transportados para a fundição, onde dois fornos elétricos com temperaturas médias de 600 graus centigrados, a Cassiterite era transformada em lingotes de estanho. Ficava assim concluído um processo iniciado a 180 metros de profundidade envolvendo a extração anual de 550 toneladas de torna, que no final rendiam 200 toneladas de Volfrâmio e Estanho.

O Estanho era consumido no mercado interno, o País tinha ainda de importar cerca de 300 toneladas anualmente. Até aos anos 70 as minas tinham viabilidade, no entanto no início da década de 80 iniciou-se a sua decadência com o despedimento progressivo dos trabalhadores e atraso de ordenados. Neste período não foram tomadas as medidas de apoio reclamadas pelos patrões e trabalhadores, o que levou ao encerramento das Minas.
 O que também levou muita gente de Argoselo a virar-se para a emigração dando-se a desertificação da Aldeia o que se tem vindo a agravar até aos dias de hoje. Isto levou ao fecho faseado de alguns serviços socias e empresas de alumínios, construção civil entre outras. 

A exploração das minas teve uma grande importância social e económica para Argoselo, fazendo movimentar a economia da Aldeia que nessa altura tinha grande movimento e progresso.
Torna-se assim evidente que a história das minas está intimamente ligada à história da Vila. Tem assim todo o fundamento a abertura de um museu dedicado a esse tempo.


Ilídio Bartolomeu