segunda-feira, 27 de abril de 2020

IREMOS VIVER UM NOVO NORMAL?




Aprendi com um amigo que normal é um sistema estabilizado. Ele não disse previsível, mas eu compreendi como algo sem anormalidades, dentro de um mesmo padrão. Daí veio o coronavírus e estabeleceu-se o caos. Criou-se a instabilidade generalizada, revirando tudo ao contrário a vida das pessoas e de empresas. Tudo ficou subitamente anormal.
Para mim está bem claro que a crise causada pela pandemia vai provocar uma profunda reestruturação econômica, social e organizacional. Hoje, as empresas estão preocupadas com a sua sobrevivência imediata. É o instinto de sobrevivência que fala mais alto. Vale para todas as espécies vivas, e claro, para as empresas.
Mas as que vencerão na pós-crise serão as que, mesmo pairando dentro de uma nuvem, sem instrumentos, como pensam no mundo que virá depois. Como será este novo mundo e que papel poderei desempenhar nele?
Afinal, a falta de racionalidade é incontestável nos dias de hoje. Vai do terraplanismo ao negocionismo. Tudo isso me leva à mais absoluta incredulidade. Pior: leva-me ao desalento, ao desencanto.
Aparentemente tem lógica incontestável este meu raciocínio (matemático). Entretanto, desde que as pessoas tirem alguma lição disso tudo e sejam capazes de mudar as suas posturas, pensar e agir diferentes e que revejam muitos dos seus valores.
Logo, para prevalecer essa tese, é imprescindível acreditar que o ser humano tenha a capacidade de aprender com os seus próprios erros. De tirar lições da realidade, da vivência e das experiências as quais está sendo submetido. Confesso, nesse especto, todo o meu ceticismo em relação à nossa espécie humana não me excluo.
Como dizem as manchetes dos jornais: o que mais é preciso acontecer? Não é minimamente razoável admitir o atual estado de coisas. Questiona-se a ciência com a naturalidade de quem discute futebol na mesa de um café.
A recuperação econômica é uma incerteza, pois nunca passamos por desligar o planeta como fizemos desta vez. Alguns países e setores poderão ser reativados mais rapidamente que outros. Por outro lado, alguns setores não têm procura reprimida e, portanto, o máximo que poderão chegar em determinado tempo é atingir a sua antiga capacidade de produção.
Como podemos classificar o ambiente de negócios numa era antes e depois da Internet, que gerou muitos negócios e empresas,  que já estão a valer na casa de milhões, impensáveis há duas décadas atrás, devemos imaginar que o Covid-19 vai provocar esta mesma situação: teremos a era antes e depois da pandemia. Acho que pós-pandemia será bem diferente do de antes.
Por mais boa vontade que se possa ter, não vejo no horizonte representação de bom senso. Queria eu ambicionar um novo normal. Bastava ser normal. Só isso!

Ilídio Bartolomeu

sábado, 4 de abril de 2020

SOMENTE REFLETINDO AQUI COM OS MEUS BOTÕES...


Hoje estava como sempre… a refletir e a pensar coisas e analisar outras da vida de algumas pessoas e percebi que como as coisas que não mudam.

Desde muito novo, nunca me incomodei muito com o que as pessoas, diziam ou pensavam a respeito das outras, nunca me importava com o que elas achavam ou deixavam de achar. Hoje, as coisas não são diferentes. Continuam a ser exatamente iguais a si próprias.

Diziam que tinha a mania de querer ser melhor do que os outros e por aí fora. Ficava logo a pensar, mas que mundo é este? queriam-me colocar num quadrado, quando eu gostava do círculo, ficavam indignados se não aceitava.  Falavam tanto de respeito, mas não respeitavam ninguém.

Achavam-se no direito de criticarem tudo, as minhas escolhas, o meu modo de agir ou falar. Esqueciam que o mundo, é feito de seres humanos e não de robôs. Era por isso, que não me importava com o que pensavam ou falavam a meu respeito... se gosto, gosto… se não gosto, nunca fingirei que gosto só por agradar. Se quero, realmente quero, sempre fui assim e assim sempre serei…

Um dos maiores favores que poderemos fazer a nós mesmos, nos casos em que alguém se encarrega de falar mal dos outros com alcovitice e outros tipos de maldade gratuita, sempre será lutarmos contra a nossa vontade de explodir, para que não nos desequilibremos por conta de quem não merece nada de nós.

Com menor ou maior frequência, sempre haverá aqueles dias em que desejaríamos jamais ter saído de casa, em que nada parecerá dar certo, em que nada do que dissermos será entendido como queríamos, em que nada nos fará sorrir. Muito do que nos acontece é resultado das nossas próprias ações, mas também seremos importunados por todo o tipo de gente que não fará outra coisa a não ser perturbar a paz de qualquer um.

Nunca fui o tipo de ficar quieto, ou ficava escandalizado ou levava para casa, aprendi sim, que existiam muitas coisas, que era preferível ignorar para evitar contestações, porque nem tudo merecia uma resposta.

 Mesmo hoje se não estou de acordo, emitirei a minha opinião, se ela for pedida, exceto, se estiver aberto para quem quiser opinar. A vida dos outros, é dos outros e a minha, é minha… Por isso, prefiro cuidar da minha e deixar cada qual cuide da sua.

Há muitas pessoas, que tem uma fórmula para tudo… querem ensinar, aos outros como devem cuidar da sua casa e da sua vida. O que funciona para uns, pode não funcionar para os outros. As experiências de uns podem não ser a de outros.

Ao longo da minha vida, muitas pessoas já vieram dizer-me, o que eu deveria ou não fazer. Simplesmente escutava, mas sempre deixei claro, que faria apenas o que eu achasse certo, que a decisão era minha. Por que prefiro errar, ou acertar, sabendo que a decisão foi minha, do que de outrem. Assim, não preciso culpar ninguém pelos meus erros e acertos.  Chamo a isso, personalidade.

Infelizmente vivemos num mundo onde os invejosos só invejam quem eles no fundo queriam ser. Ainda por cima, são regidos por uma sociedade que nunca está satisfeita com aquilo que tem, procurando sempre mais, independentemente da necessidade dos outros que vivem ao lado.

Mas a salvação contra a ganância ainda persiste com a solidariedade, temos o privilégio da existência de pessoas que se compadecem com o outro e se sentem muito bem em dividir o que têm com aqueles que não têm nada.

Eu, perdoo-me nessas diversões, de como as pessoas se incomodam tanto em viver a vida alheia e esquecem de viver a própria vida. O número dos que nos invejam confirma as nossas capacidades.

Querem que o mundo mude para melhor?

Mude a si mesmo e seja o melhor de si para o mundo. Afinal, tudo na vida, sempre começa em nós...

Cultive, adube, regue, tire as ervas daninhas do pensamento e deixe o amor florescer em si, ame a si mesmo e ame muito as pessoas que encontrar pelo caminho, afinal amar é doar-se à solidariedade… hoje mais que nunca comecemos a mudar…

Ilídio Bartolomeu