domingo, 21 de fevereiro de 2021

VAMOS TER QUE APRENDER A COMVIVER COM O CORONAVIRUS

Não tenhamos dúvidas, vamos ter que aprender a conviver com o coronavírus. Mesmo com a esperada chegada da vacina contra a covid-19, a doença vai continuar existindo e atingindo algumas pessoas, como ocorre com a febre das gripes ocasionais. A partir de agora  casos de covid-19 irão acontecendo, mas não como uma grande epidemia. Haverá vacina, não sei se para todos.

Acredito também que, como todo vírus respiratório, coronavírus irá adquirir uma sazonalidade. Como tal ocorre com o vírus da gripe, a gente vai conviver com ele como uma doença com potencial de gravidade.  

Em relação às medidas de segurança exigidas durante a pandemia o uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento social, também haverá um relaxamento. É claro que ninguém vai ficar a usar máscara a vida inteira. Quando o risco de contrair o vírus diminui, essas medidas com certeza vão folgando, porque ninguém aguenta.

Numa segunda onda pode acontecer, quando as pessoas mais suscetíveis retomarem o convívio social, mas, em geral, esse novo contágio tem menor gravidade, de acordo com os especialistas. Ás vezes até uma terceira onda pode acontecer. Algumas variáveis podem interferir nesse curso, como uma mutação do vírus, o que é pouco provável, ou então todo mundo tem que ser vacinado.

Durante toda a vida buscamos segurança: emprego com um bom salário, moradia tranquila e tudo aquilo que for necessário para que levemos a vida da forma mais controlada. No entanto muitas vezes somos atravessados por situações que tiram o tapete e viram tudo de cabeça para baixo.

É aí que recorremos aos amigos, pedimos ajuda para buscar ferramentas que nos ajudem a lidar com estas situações. Mas o que fazer quando o mundo de todos se inverte ao mesmo tempo?

Onde buscar ajuda quando estamos de quarentena e bombardeados pelas mais diversas informações que, muitas vezes, nos assustam e nos deixam ainda mais com a sensação de desamparo?

Em tempos de crise, como lidar com tudo isto? Estamos diante de uma situação de muita incerteza, medos, angústias que muitas vezes levam ao receio e ao desespero. Fica difícil entender como será o futuro, ficar tentando projetar planos aumenta ainda mais o desconforto.

Sofrer na vida é inevitável, ficar imune a isso impossível,
acreditar que dias melhores virão é essencial…

Ilídio Bartolomeu

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

PÃO X VINHA X OLIVEIRA- ARGOSELO

Já se referiu a influência do Castro de Avelãs na decisão das culturas agrícolas a trabalhar por estas paragens e como a mudança de paradigma, trazida pela chegada dos judeus, criou a tensão necessária à mudança.

Cereais, vinha e oliveira foram elementos dominantes na paisagem rural cultivada no país, desde as origens e aqui não foi exceção.

Falarei mais tarde na importância dos cereais como moeda de troca referindo, por agora, que o cultivo de trigo e centeio, por estas paragens, não se remeteu à alimentação pelo fabrico do pão, mas a formas de transação de bens e pagamento de impostos, tendo em conta que as moedas tinham um valor elevado para o quotidiano rural.

A importância dessas sementes era tal que, até ao séc. passado, a maior parte do terreno cultivado reservou-se a esta cultura. Na generalidade os campos eram abertos, isto é, sem qualquer tipo de muros e campos praticamente limpos de árvores, cultivados em regime de afolhamento bienal, com duas folhas, uma ocupada pelo cereal (maioritariamente o centeio, mas também algum trigo) e a outra deixada de pousio para pastos. Muito associado a práticas comunitárias e a direitos coletivos, este sistema era complementado por uma estrutura individualista de prédios fechados de regadio, implantados junto dos povoados, com hortas, árvores de fruto, vinha e lameiros.

Esta dependência económica, quase exclusiva dos cereais, trouxe miséria em anos escassos e sucumbiu à desvalorização em anos de fartura.

A introdução da vinha, exemplo bem conhecido do vale do Douro, fez-se em terrenos incultos, assim como a oliveira que em Argozelo surgiu nas encostas íngremes e não na denominada “faceira” para manter a área de sequeiro.

No séc. XVII as exportações de vinho fizeram crescer o seu valor económico e o azeite foi utilizado, em Trás-os-Montes, na produção de sabão.

Cabe aqui uma referência a outras culturas que constituíram parte, embora em menor expressão, da paisagem agrícola como a figueira, macieira, pereira e o cultivo de hortas. Estas, apesar de ocuparem uma área limitada da superfície agrária, desempenharam um papel extremamente importante na satisfação da subsistência alimentar quotidiana.

Na segunda metade do séc. XVIII deu-se a introdução da batata, pela alta de preços dos cereais e pelas crises de subsistência da época. No início do séc. XIX a sua utilização na alimentação foi generalizada.

Indica-se outro alimento que, apesar de introduzido no séc. XVI, foi neste período que encontrou rápida divulgação – o milho maís (não o painço). A sua elevada rentabilidade levou à “revolução do milho” com aplicação de técnicas de regadio que trouxeram à agricultura intensiva, de expressão ténue por estas bandas considerando as vicissitudes climáticas.

A paisagem agrícola, como se viu, não é estática ao longo do tempo – molda-se aos sabores da economia e do clima. Hoje encontra-se paulatinamente abandonada, até quando!?

Faltou referir o castanheiro e a amendoeira, um casamento que está a viver uma história um pouco atribulada. Veremos se não resulta em divórcio

 Luiz Rodrigues

 

ROTURAS NO FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Já diz o ditado “longe da vista, longe do coração”!

Muitas vezes é exatamente isso que acontece com o sistema de canalização na freguesia de Argoselo. Escondido de baixo das ruas não pensamos em como é importante a sua manutenção até que recebemos a conta da água.

Por norma a substituição da canalização das águas deve ser feita a cada 25 a 30 anos de forma a garantir as perfeitas condições de utilização. Ora em Argoselo as tubagens já têm talvez mais de 50 anos. Assim sendo, era preciso por parte da Câmara uma mudança de paradigma politica para quando essa bazuca que tanto se fala, possa trazer alguns benefícios. Para isso há que ser mais interventivo por parte dos munícipes.

Na canalização de água, as tubagens antigas podem sofrer ruturas e infiltrações ou, sendo as tubagens em amianto ou  ferro já oxidado onde a água que chega às torneiras com partículas, cor ou sabor estranhos, sendo muito prejudiciais à saúde.

As canalização de esgotos também têm um tempo de vida útil e se ignorarmos a sua manutenção podemos começar a ter problemas como infiltrações e maus cheiros. É por isto que a maior dificuldade que as Câmaras Municipais têm em substituir as canalizações é levantar o pavimento, e obviamente, que para a população também trás muitos constrangimentos, mas quando se vê uma rotura aqui outro ali mais outro acolá, vale apena passar por algum mal estar.

A canalização dos cursos de água urbanos é uma intervenção necessária para aumentar a capacidade de vazão de regueiros em áreas que sofrem com enchentes, solapamento das margens e erosão. A realização desse tipo de obra exige um projeto que considere as características hídricas do local. Também requer a superação de uma série de desafios técnicos, da necessidade de reduzir interferências urbanas a imprevistos geotécnicos. Os esforços são sempre no sentido de garantir uma intervenção eficaz e com o mínimo impacto na comunidade.

Não confies em flores que desabrocham durante estes meses que ai vêm, nem em pessoas que não têm vergonha…

Ilídio Bartolomeu

 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Nº19- CANTAR AS ALMAS MEMÓRIAS DE SEMPRE








           

A tradição de "encomendar as almas" é praticada em Argoselo, há muitos longos anos.

A tradição de "encomendar as almas", é um rito do período de Quaresma que leva as pessoas à rua à noite a fazerem orações pelos que morreram.

A iniciativa parte sempre dos moradores e repete-se todos os dias durante o período da Quaresma.

As organizações dizem que esta tradição centenária tem-se realizado todos os anos, com um ou mais grupos de pessoas da Vila a fazerem orações e entoarem cânticos pela "alma de todos os que já partiram".

Ilídio Bartolomeu


sábado, 6 de fevereiro de 2021

O FIM DO MUNDO VAI ACABAR?

A ideia de que a Terra acabará subitamente é absurda,
Mudanças climáticas são o que mais se aproximam do temido apocalipse.

Guerra nuclear, pandemia viral, mudança climática: a suposta profecia maia do fim do mundo não será cumprida, mas o apocalipse já começou e a agonia será para os que vão partindo deste mundo mais cedo em quantidade nunca vista e que nos deixa a pensar que o mundo está acabar. Efetivamente para estes é o fim do mundo.

"A Terra existe há mais de 4 bilhões de anos, e passarão ainda muitos outros antes de o Sol  tornar este nosso planeta inabitável", versões “ridículas” que preveem o fim do mundo são muitas.

"Até lá, não existe nenhuma ameaça astronómica conhecida que poderá destruir a Terra". É o que os cientistas dizem… Mas também será que a ameaça poderá vir do céu, como demonstram algumas produções de Hollywood que descrevem gigantescos asteroides em choque com a Terra?

Sobreviver a uma pandemia mundial de um vírus mutante, como a gripe aviária H5N1, poderia ser mais complicado, mas "não provocaria o fim da humanidade". Apesar da tese de uma guerra nuclear ter perdido força desde o fim da Guerra Fria, ela também não desapareceu completamente.

Agora, qual pandemia  qual o quê!  O começo para o fim do mundo, talvez já tenha começado já alguns anos, quando a humanidade se esqueceu que os oceanos  não são caixotes para descarregar todo o lixo que o ser humano faz. E por tudo isto, é que pode equivaler a um suicídio coletivo da espécie humana, advertem os cientistas, que intensifiquem os pedidos para conter o devastador aquecimento do planeta. De qualquer maneira, o mundo desde que é mundo tem data para morrer, mesmo que a humanidade evite guerra nuclear, aquecimento global etc.  

Agora se o planeta fossem só pessoas  com a expectativa de vida que levaram ou lhes quiseram dar, isto sim era uma grande pandemia, um vírus letal que anos apôs anos se espalhou fácil como o da gripe aviária ou este covid 19.

Talvez ainda não seja o fim do mundo. Mas estamos num mundo que é o fim.

Ilídio Bartolomeu

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

SOU COMO SOU! NÃO SOU IGUAL A NINGUÉM!


 

Penso, falo e escrevo sem receio de retaliações ou interpretações quaisquer (positivas ou negativas). Eu nunca fui comum nem sequer quis ser igual a ninguém. Sou leal, pontual, transparente, atrevido, polêmico, sincero, real e verdadeiro, mas para muitos sou o que quiserem. Tanto faz. Este pequeno texto é uma análise ou retrato de mim mesmo feito com o meu mais sincero pensamento racional.
Ainda hoje ouço clara e nitidamente as palavras da minha mãe quando dizia, sem articular as palavras, parecendo que a valorosa lição da sua mente brilhante, mas sem conhecimento escolar. Em outras palavras ela dizia sem desviar os olhos azuis dos meus:

“Nunca esqueças que tu és a pessoa mais importante da tua vida e que não há amor maior do que o amor próprio. Ama os outros na medida certa e sem medida ama-te incondicionalmente! Não há nada mais poderoso que a autoestima, pois ela nos mostra o nosso verdadeiro valor!  O amor próprio apresenta-nos o esplendoroso brilho que temos, mas não o vislumbramos simplesmente pela ausência de uma justa e necessária valorização pessoal.”
 
Sou seríssimo, não rio de tudo, mas choro em silêncio com as bizarras histórias de maus tratos contra animais, crianças, mulheres, idosos em geral. Canto sob o chuveiro, leio na cama; penso macacadas e escrevo tolices. Não acredito no “Todos são iguais perante a lei”.

“Há um artigo; todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos portugueses e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

 Entendo, salvo outro juízo, que essa é a primeira e mais forte hipocrisia constitucional. Se essa difundida igualdade perante a lei fosse verdadeira, não haveria o juízo privilegiado. Não há como negar que o foro privilegiado é uma quebra do princípio de que todos são iguais perante a lei e que, portanto, estão submetidos a ela da mesma forma. Jovial engano!

E por falar em maus tratos, há muita incoerência em quem defende os animais (Bois, cavalos, cães, gatos, baleias, golfinhos e outros) por exemplo: as “touradas” acham que é um "desporto" selvagem.  Da mesma forma que os “rodeios”, nesses eventos os animais são submetidos a dores incalculáveis, sempre em nome da diversão das pessoas ingénuas, grosseiras e deveras selváticas.

Os defensores dessa selvageria apoiam-se em artigos da Constituição que garantem o respeito às manifestações populares, bem como a difusão da cultura popular. Em contrapartida, a Constituição também incube o poder público de defender a fauna e a flora, impedindo práticas que submetam os animais a crueldade.

Não sou ninguém, sou espoliado. Bebo vinho caro ou barato sem me preocupar com status social ou situação financeira. Falo pouco... Muito pouco. Sou concentrado e, às vezes, a minha tristeza é tanta que não são os olhos que choram, mas o coração que sofrido sangra. O meu lado feroz é manso, pacífico e conservador.

Todas as críticas aos meus, às vezes, insólitos, rebuscados e insulsos escritos são bem-vindas, mas quero avisar: Sou um misto de Anjo e Demônio sob a ótica dos que entendem que me podem julgar! Não costumo fazer juízo de valores.
Quase sempre fico mal quando aconselho, por palavras ou escritos, pessoas obstinadas, inconsequentes, ignorantes. Tenho um forte sentimento de antipatia, aversão, implicância com esses energúmenos. Com eles uso o sentimento mágico ou a palavra forte chamada indiferença.

A verdade é uma só: Se não posso combater ou amenizar o mal afasto-me desse mal (danosa convivência). Mas gosto sim de abraços, mimos, cortesias e respeitos sinceros. No entanto, insulto, falo alto ou baixo e até grito a depender de quem queira ou goste.

Falando dos meus pais, eles nunca me disseram como eu deveria ser ou me proibiam de fazer as coisas que eu quis fazer. Mas sempre que podiam eles diziam-me: repetindo um adágio antigo: " O prazer de fazer o bem, é maior do que recebê-lo”

Nem sempre escutei a minha saudosa mãe! Infelizmente de pequeno fui rude para com ela, talvez por ignorância de criancice,  cria resguardá-la  das pessoas que passavam na rua ouvindo-a, começavam logo a dizer: lá está a “Maria Tiro coitada”. Como eu não  gostava, disparatava com ela para que se cala-se. Guardo muita  mágoa.

A infância e adolescência passaram. Esse passado não volta mais porque o tempo é irreversível! Hoje sou um homem que admira, apoiado na esperança, fé e caridade, imoderadamente, a família, a saúde, a cultura e a paz.

No momento sou a antítese do bem, da luz, do prazer e da esperança.  Sou uma luz difusa que se autorregenera pela força no que acredito ser possível alcançar. Creio viver em eterna provação aceitável apenas porque, às vezes, entendo ter e ser essa força divina da natureza em transformação.
Igual a este texto, algumas das minhas escritas são consideradas difusas, talvez por ter só a quarta classe ou por fazer emergir das entrelinhas ensinamentos fugazes e ousar mergulhar na corrente dos pensamentos indecifráveis a representação do ser em deslumbramento.

Por usurpar de mim mesmo ideias complexas, pontos nevrálgicos, metas intransponíveis e a deixar cúmplice o leitor a inquieta ideia de perseguir essa aventura orgástica, impudica, talvez egoísta ou pervertida, revelada de forma simbólica, subliminal, mas satisfatória e lírica, pelo menos para mim, sou diferente e extremamente indiferente.

Não sou igual a ninguém…

Ilídio Bartolomeu

17-10-2020

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

ESTAVA NUMA IDADE BOA PARA GOZAR A REFORMA…

Tinha feito os 55 anos, fui fazer uma operação à coluna em 2002 à L4-L5, nada adiantei, depois foi só remar contra a maré, tomando alguns calmantes e um ou dois comprimidos próprios para as dores, fiquei  incapacitado num sofá. Vivi essa situação por 18 anos. Foi um colapso psiconeurológico anunciado, pois apesar de ter uma vida pessoal ótima, e sucesso como funcionário no Casino-Estoril, na área de hotelaria, uma angústia muito grande me consumia por dentro, já havia dezoito anos, muito tempo.

Nasci em Argoselo, mas muito cedo mudei-me para o Estoril. Aos 17, iniciei a minha carreira como empregado de mesa, caminho que me levou a trabalhar nesta profissão três anos. Em 1971, depois me desiludir no restaurante, procurei melhorar a minha situação, já estava casado, e  já não me sentia bem com certos jogos de lugares, hipocrisias (e às vezes pequenos) delitos pelas subidas, vistos como coisa normal, todos queriam ganhar mais dinheiro. Fui convidado pelo Dr. Manuel Teles para chefiar o Bar das Máquinas, que abriu em 1972. Era o início duma chamada para uma carreira mais ambiciosa  como Chefe de Barman.

 Os anos foram passando, até que aos 55 anos de idade as desilusões com o mundo para mim, se transformaram em frustrações. Não conseguia desenvolver o meu trabalho que o os deveres que se impunha perante os doze funcionários ao meu mando.

Não conseguia engolir mais complicava, isso realmente ia dilapidando a minha força, até que cheguei inclusive a perguntar-me se valia a pena continuar a trabalhar. Eu parecia não encaixar no mundo dos que não queriam fazer nada. A minha rotina só aumentava a minha sensação de estar sozinho e de desconexão em relação ao que me estava acontecer.

Essa mistura de frustração e angústia deu em fúria no meu interior, e apesar da minha esposa perceber que tinha algo de errado, nada podia fazer, a minha postura passou a ser um pouco arrogante, eu era o dono da verdade. Mesmo chafurdado na infelicidade (ou talvez exatamente por isso), eu tornei-me um pouco egoísta. Tentava convencer-me que seria possível adaptar-me a outra realidade em que queria viver.

Nada adiantava nadar contra a correnteza, que tinha que deixar de trabalhar, cansei e passei a tomar parte desta situação, não adiantava dar murros na mesa. Lá no fundo, isto minava-me e eu continuava acreditando que era possível agarrar-me à ciência médica, apesar de no meu dia-a-dia lembrar-me que uma cirurgia a duas vertebras fraturadas e o canal da medula estreita da coluna, era um risco muito  grande, mas claro tinha que habilitar-me, ou ficava bem ou ia desta para melhor. Assim foi sobrevivi, e agora sem dores espero a recuperação e por melhores dias, para colocar duas próteses nas ancas. Mas agora só tenho que fazer  muita fisioterapia para recomeçar novamente a andar.

Já estou um pouco melhor, apôs algumas sessões de fisioterapia, estou a criar  alguma massa muscular nas pernas e já começo a ter alguma força nelas. “Como diz o outro, tudo de ruim que nos acontece, é para melhorar”.

 É salutar manter dentro somente o que nos torna maior; o que é menor por sua natureza deve ser exteriorizado da melhor forma, gerando mais saúde e vida interior.

O renascer promove uma nova visão da vida, fazendo-a ser mais fácil de ser entendida e vivenciada, semeando a cada dia as sementes para as melhoras e felicidade, fazendo voltar tudo á normalidade, além de colorir um novo viver.

Quando abro  a cada manhã a janela do meu quarto, é como se abrisse um novo livro . Numa página nova...

Ilídio Bartolomeu