sexta-feira, 16 de junho de 2017

MINAS DE ARGOSELO - DO EMPREGO ÀS MEMÓRIAS!

Apesar das Minas terem sido o verdadeiro polo da empregabilidade em Argoselo, também foram, na verdade o causador da dramática falta de água nas fontes da aldeia e campos agrícolas, prejudicando severamente as pessoas e os seus terrenos.

Como diz o velho ditado, "o Povo é sempre o último a saber"...
Aqui não estiveram em causa as Minas, mas a instituição Junta de Freguesia de Argoselo nessa altura que nunca era ouvida nem achada em matérias como esta.

 Lamento a cada dia que passa a prepotência que foi aplicada nesta decisão de abrir uma galeria atravessando a povoação até leitarães.

 As instituições ou as localidades não são propriedade de ninguém, são do povo, povo esse, que felizmente não dormia. Esteve atento à decisão tomada pela Junta de Freguesia e o coloborador autoritário bem conhecido das pessoas mais velhas, que só visou atingir Argoselo e a sua população.

 O povo não queria esta galeria que tanto prejudicou Argoselo, deixando-o sem água nas fontes, nos campos, e um rasto de doença, incapacidade e mesmo a morte.

Infelizmente nessa altura o povo era suprimido pelos seus próprios representantes. Alguém quis enganar os Argoselenses com promessas vãs, em interesse próprio, em detrimento do bem comum da aldeia.

Isto foi um facto que ficou caro a Argoselo! Mas vai ficar certamente para a memória das novas gerações no Centro interpretativo de Argoselo.

Desde o seculo 19 que a história das minas se confunde com a historia do território.

Argoselo é terra de mineiros, entre 1913 e 1986, centenas de famílias trabalharam para a extração comercial de volfrâmio e estanho.

As minas de Argoselo deixaram de funcionar na segunda metade da década de 80. Mas felizmente Argoselo conseguiu construir um Centro Interpretativo para expor as memorias desses tempos.

Hoje os Argoselenses revêm-se porque têm muito ali da memória do que é esta terra ligada às minas de volfrâmio, o que fez parte da história da identidade de Argoselo em particular e de todo o concelho de Vimioso em geral.

O sofrimento passado não apaga o orgulho que estes homens e mulheres sentem na memória, ao olharem para o Novo Centro Interpretativo, onde estão lá os objetos que fizeram parte das várias gerações, e que naturalmente, terão interesse para as gerações vindouras.

Este centro interpretativo, tem uma sala com várias peças e fotografias do que foram as minas de Argoselo, mas obviamente este espaço pode receber outro tipo de exposição que tenham interesse para o concelho.

  Atendendo que a dinâmica da gente de Argoselo e a sua apetência pela cultura, obviamente queremos trazer mais exposições a este espaço, no sentido de trazer gente para ver o espólio aqui ligado às minas, e outro tipo de exposições.

O espaço pode ter fins diversos e conta com um auditório.

O Centro Interpretativo das minas de Argoselo custou 260 mil euros, foi financiado com fundos comunitários, e pode ser visitado gratuitamente todo o ano.

Esta era já uma aspiração muito antiga por parte de todos os habitantes da localidade, que agora a vêem concretizada num edifício que foi implantado na cortinha do Calvário, um espaço situado à entrada da povoação de quem vem de Vimioso.

Fica assim desta maneira uma ação em conjunto muito significativa de artefactos industriais utilizados na exploração deste minério e uma história que ainda está na memória das pessoas mais idosas da Vila de Argoselo

Os argoselenses, dirão agora: a mina e a galeria, prejudicaram ou beneficiaram o povo de Argoselo? Cada um tire as suas ilações!

 

Ilídio Bartolomeu

sexta-feira, 2 de junho de 2017

ATENÇÃO! É SÓ UM ALERTA AOS “VIRA CASACAS”

Embora esteja consagrada no vocabulário desportivo, “vira casacas” é uma expressão antiga, anterior à existência do futebol. É no campo da política que está a sua origem, como comentário corrosivo sobre aquela versatilidade oportunista que leva algumas pessoas a mudar de convicção ao sabor das conveniências.
E aí estão: alguns bem conhecidos dos Argoselenses. Não sei como há pessoas sem os mínimos de complacência, que não têm sentido de respeito pelos outros, respeito pelo património e uns ditadores civilizacionais.  São uns verdadeiros artistas de malabarismos vira-casacas: são uns políticos que se pautam apenas por conveniências e nunca por convicções.

Afinal, quando algum desses anunciam o seu descontentamento não está a pensar no interesse superior de Argoselo, não está a exteriorizar divergências profundas sobre a condução política e a estratégia do executivo atual: está, apenas e só, a tentar reforçar a sua posição política no seio dos outros. Já aqui escrevi por várias vezes que a mudança é perfeitamente justificável e compreensível, caso seja essa realmente a sua intenção: estas pessoas em Argoselo praticamente já nada dizem politicamente, sempre do mesmo.

 Para além de que, como eu, os Argoselenses têm um desapego monumental por estas individualidades, porque nunca reconhecem (nunca reconheceram) nenhum talento político a outros, pelo que julgam, que quem deverá estar sempre à frente dos destinos de Argoselo deverão ser sempre eles. Ou seja, não tenhamos qualquer tipo de ilusão: as divergências entre eles são nulas. O entendimento deles hoje, é apenas uma prorrogação da rotura definitiva com o atual executivo, e assim de alguma forma alguém que já exerceu estas funções, está a perfilar-se novamente como salvador, e evitar o fim brutal e estrondoso desastre do executivo atual, visto por toda a população como dos piores de sempre apôs o 25 de abril.

De facto, estas pessoas não gostam nada de perder, e a três meses das eleições, astutos como são; a estratégia é encontrar logo um esquema maquiavélico para destronar o adversário nas eleições. Recorde-se que, estes indivíduos sem perceções, quando se vêm aflitos, vão ser capazes de ultrapassar todos os limites da decência democrática. Um deles quer  candidatar-se a um novo mandato, vai chegar ao ponto desde já começar a declarar-se às pessoas que nas eleições de outubro votem nele, porque desta vez vai candidatar-se pelo PS.
Aí começa a interagir com os próprios candidatos do PS, para que as pessoas achem que é realmente verdade. Esta será a estratégia, dando a entender as suas verdadeiras intenções, mas não é de facto; é sim uma miserável fraudulência espertinha habitual de quem não tem os mínimos escrúpulos de pudor. Isto são factos que aconteceram noutras situações idênticas, em que por dois votos se perdem as eleições. Para os menos atentos a última vez foi há oito anos que foi preciso recontar os votos., lembram-se? É assim que iludem as pessoas pensando que estão realmente a votarem no PS, quando depois no final é clarinho candidato pelo PSD. Estas são as jogadas fatais que tem passado pelos pingos da chuva aos candidatos do PS, que não mais parecem uns moribundos nos atos eleitorais.
Como os factos demonstram, eles fazem desta manobra suja um sucesso! De uma eficácia política tremenda! Enfim...ao contrário dos PSs, os comentadores habituais destes rapazes sabichões, pretendem fazer crer as divergências entre eles, mas não é verdade, vão sim diminuir o ruído do desaire deste mandato atual, e vão querer isso sim, aumentar os mesmos alvos e manobras para recuperarem a credibilidade dos Argoselenses. Porquê?
Por uma razão muito simples: sempre que estes tiverem as mesmas posições sobre uma determinada matéria, o vencedor serão sempre inevitavelmente eles. Isto porque descobrem a forma de obter vitória em todas as matérias, inutilizando um papel de coesão. É como as crianças que fazem birra para os pais comprarem um brinquedo ou então para sair à noite, se os pais cedem uma vez à birra, dificilmente conseguirão não ceder posteriormente.

 Posto isto, esta opção destas pessoas, é certa e lógica? É uma pura verdade? Não: o meu primeiro pensamento sobre esta palhaçada toda é que estaremos, de facto, perante uma atitude incompreensível destes indivíduos. No entanto, se refletirem, um pouco, conseguem compreender o que estará na cabeça deles. E o pensamento será o seguinte: o período para Argoselo para eles já esgotou, os Argoselenses perderam a paciência, e vão com certeza querer uma mudança com outros protagonistas diferentes em outubro deste ano de eleições.

Até porque previsivelmente um executivo do PS, vai melhorar, será menos mau do que o atual executivo: esta vai ser a verdadeira razão pela qual estes vão fazer este teatro todo! sabem que não querem ser descartados e então vão decidir fazer jogo sórdido. Agora, nós Argoselenses, que não queremos saber de jogadinhas politiqueiras, temos que dar oportunidade a outra composição de governança para Argoselo, confiar neles para querer ver se vamos ter uma melhor gestão que sirva os interesses de Argoselo e do Povo. É evidente se eu votasse em Argoselo, jamais votaria nestes bem conhecidos, porque estes já não têm nada para oferecer e dar, promessas infundadas está o povo cheio, porque se bem nos lembrarmos o parque de lazer em leitarães caducou. Agora se os Argoselenses querem palhaçadas politiqueiras com estes protagonistas, já sabem: não podem votar neles. Estes jamais, em nome da sanidade e da decência da democracia Argoseleira!   E esta é a minha opinião! Definitiva…

É tempo de mudar comportamentos negativos, que evidenciam condutas que devem ser reavaliadas e modificadas urgentemente, uma vez que estão prejudicando eventualmente as pessoas que lutam por uma boa causa para Argoselo. Neste contexto, estas ações são aliadas a manobras menos corretas em democracia. Isto tem que acabar sob pena de serrem denunciadas.

É tempo de jogar limpinho, se no futebol vai chegar o vídeo-arbitro, para as eleições em outubro, também pode chegar o vídeo-olheiro a Argoselo, só assim poderá acabar algumas poucas vergonhas que nos deixam muito mal vistos a todos.
Eu já disse aqui algumas vezes que o homem na vida pode mudar de casa, de carro, de emprego, país, até de sexo, por isso nunca, vai lesar a sua credibilidade.
Mudar, é querer acertar na sua melhor decisão e para de alguma maneira contribuir também para melhorar o bem comum.

O termo “Vira-casacas”, designa alguém que de um momento para o outro ou após um período rápido de reflexão, mudou de opinião relativamente a algo ou alguém por conveniência própria.


Ilídio Bartolomeu