Desde o seculo 19 que a
história das minas se confunde com a história do território.
Argoselo é terra de
mineiros, entre 1913 e 1986, centenas de famílias trabalharam para a extração
comercial de volfrâmio e estanho.
As minas de Argoselo
deixaram de funcionar na segunda metade da década de 80. Mas felizmente
Argoselo conseguiu construir um Centro Interpretativo para expor as memorias desses
tempos.
Hoje os Argoselenses
revêm-se porque têm muito ali da memória do que é esta terra ligada às minas de
volfrâmio, o que fez parte da história da identidade de Argoselo em particular e
de todo o concelho de Vimioso em geral.
O sofrimento passado não
apaga o orgulho que estes homens e mulheres sentem na memória, ao olharem para
o Novo Centro Interpretativo, onde estão lá os objetos que fizeram parte das
várias gerações, e que naturalmente, terão interesse para as gerações
vindouras.
Este centro
interpretativo, tem uma sala com várias peças e fotografias do que foram as
minas de Argoselo, mas obviamente este espaço pode receber outro tipo de
exposição que tenham interesse para o concelho.
Atendendo que a dinâmica da gente de Argoselo
e a sua apetência pela cultura, obviamente queremos trazer mais exposições a
este espaço, no sentido de trazer gente para ver o espólio aqui ligado às minas,
e outro tipo de exposições.
O espaço pode ter fins
diversos e conta com um auditório.
O Centro Interpretativo
das minas de Argoselo custou 260 mil euros, foi financiado com fundos
comunitários, e pode ser visitado gratuitamente todo o ano.
Esta era já uma aspiração muito antiga por
parte de todos os habitantes da localidade, que agora a vêm concretizada num
edifício que foi implantado na cortinha do Calvário, um espaço situado à
entrada da povoação de quem vem de Vimioso.
Fica assim desta maneira
uma ação em conjunto muito significativa de artefactos industriais utilizados
na exploração deste minério e uma história que ainda está na memória das
pessoas mais idosas da Vila de Argoselo
Ilídio Bartolomeu