Hoje resolvi
falar um pouco de mim, à minha maneira... Nem sei ao certo se sou bem assim,
admito que acho difícil fazer uma definição de mim mesmo... Não gosto de falar
sobre qualidades e defeitos... prefiro que as pessoas me conheçam e tirem suas
próprias conclusões... Não aceito qualquer julgamento, até porque não julgo
ninguém, não me permito fazer isso porque sou tão ser humano como qualquer
outra pessoa. Procuro plantar e semear bons frutos sempre por onde vou, pois
acredito fielmente na lei do regresso.
Para começar:
sou um ser humano normal, tenho defeitos, qualidades, desejos, sonhos, medos,
vontades... Não sei para quantas pessoas eu sou realmente especial, e nem sei
da intensidade desses sentimentos, e de verdade, eu prefiro não saber, para mim
a vida tem mais graça assim. Só eu posso falar por mim, só eu sei de mim, é à
minha consciência que eu devo ou não alguma coisa. Às vezes posso parecer um
espalha brasas, mas eu penso que não! Sei que é impossível agradar á todos, mas
faço a minha parte, e tento sempre ser uma pessoa agradável. Posso ser tímido
no começo, mas se o assunto se der para falar, falo com toda a gente.
Acredito na lei
dos direitos e deveres, e dentro dos meus princípios eu vivo e respeito essa
lei. Não preciso prejudicar ninguém, não desejo o mal á ninguém, e por mais que
tenham feito algo que me atinja, eu prefiro passar por cima, deixar que o tempo
traga as respostas. Sou contra qualquer tipo de violência, injustiça e
vingança. O ser humano não precisa disso, é isso o que eu mais repudio. Todos
nós temos direito á vida e somos livres para escolher como vivê-la. Não se pode
fazer o mal assim, como se fosse algo normal da natureza humana. Se não posso
fazer o bem, ou ajudar, com certeza não irei atrapalhar e muito menos fazer o
mal.
Às vezes as
minhas escolhas podem não agradar as pessoas que eu amo, mas eu preciso viver
por e para mim, uma necessidade que todos nós temos, mas é preciso coragem para
enfrentá-la. Os meus amigos chamam-me falas muito, mas fazes pouco... Eu não
acho, mas se me chamam, é porque sou mesmo. Prefiro rir, falar baboseiras,
brincar, imitar, fazer graça, do que ficar a falar da vida alheia. O melhor
ingrediente para tornar a vida com mais fundamento, é o bom humor, isso é
fundamental. Queixar-me? Enervar-me? Para que? Isso não leva ninguém a lugar
nenhum.... Sou Argoselense, do nordeste transmontano, mas não gosto de me armar
em Estorilista. Gosto de ser provinciano, o que tocar eu danço.
Não gosto
de dançar, mas não tenho nada contra quem gosta. Amo a minha mulher, ela é a
minha razão de estar aqui, vivo! Sem ela eu não sou nada, sou loucamente
apaixonado por ela, é o meu ar, o meu sol. É tudo! Vivo e tento viver, é uma
boa norma para ser feliz. Não sou uma pessoa vazia, nem solitária, e também
tenho medo da solidão. Odeio que me venham com declarações do tipo: metade da
maçã, alma gêmea e coisas assim! Não sou metade, sou inteiro. Até porque
estamos carecas de saber que absolutamente nada é para sempre. Por isso insisto
que a vida é feita de momentos, alguns arrependimentos, mas nada que mate ou
que impeça de continuar vivendo. Tudo que passamos durante a vida, contribui
para nos tornarmos pessoas melhores, ter a certeza de que vale muito a pena
viver, vale a pena de amar, vale a pena permitir-nos, sem repressões. Quando a
gente se ama e se respeita, acaba-se entendendo que não se deve fazer aos
outros o que não queremos que façam connosco. E isso é tão simples. Que mania
teimosa que o ser humano tem de complicar e dificultar tudo, sem contar a
malícia e a maldade que colocam em tudo. Mais genuinidade, mais espontaneidade,
isso não significa ser ingênuo ou idiota. Dizem que eu sou cabeça dura, coração
de pedra, mas não é isso, eu só não sou para ser romântico. Posso até falar,
escrever, ler e assistir coisas românticas, mas não curto coisas doces o tempo
todo, é muita falsidade para mim, não se diz “eu te amo” por tudo e por nada”
Na minha
essência, os meus pais ensinaram-me a zelar do meu nome, da minha moral, a ser
honesto, é assim que eu quero ser, com o meu pai eu percebi que a vida é muito
mais que sentimento, que é preciso fazer as coisas sem esperar nada em troca, é
fazer graça, aprendi a ser eu mesmo, conquistar as pessoas assim. Com os meus
irmãos, sempre percebi que depois de tantos anos, entre nós existe o perdão, a
desculpa, que a aprendemos a praticar cada qual a seguir a sua vida, e saber
perdoar é uma virtude. Os meus amigos, fundamentais, são básicos no meu viver,
tornam a minha vida mais feliz, provam-me o quanto eu preciso deles, o quanto é
bom ser útil.
A vida é um
passeio, uma volta, onde cada um é responsável pelos seus atos, assim como é
responsável pelo que prende. Passamos uns pelas vidas dos outros, sempre
levando algo de alguém e deixando algo de nós. A nossa fé, é o nosso tempo é a
vida. É preciso acreditar em sensações, numa energia transcendente, que
transborda o amor da criação, que está nos mínimos detalhes, nas coisas mais
simples. É preciso acreditar e cuidar, porque a fé é o melhor caminho. Adoro
crianças, bebês, queria ser pai um dia, sem preferências de raparigas ou
rapazes. Quero envelhecer e conversar com os jovens, assim como converso com
velhinhos com respeito e admiração.
Não
queria estender-me tanto, mas para mim é mais fácil escrever, embora ainda
falte tanta coisa para descrever, mas vou ficar por aqui…pelo que vêm, gosto de
conversar, adoro cavaqueiras longas e construtivas, não vão pensar que sou um
chato que fala demais, nem que sou certinho ou algum santinho, é verdade que
não tenho dom de palavra. Só tentei descrever o que não consigo dizer
linguisticamente. Mas isto não é nada, quem me conhece de verdade, sabe bem que
não me limitei nesta “breve” definição, escrever tudo o que teria para narrar…
Ilídio Bartolomeu