ESTA ERA A VIDA ECONOMICA DE ARGOSELO

As atividades desta freguesia continuam a centrar-se no sector primário, dando-se especial relevo à cultura, do azeite, cereais, batata, castanha, gado ovino e bovino. Assim como o setor mineiro.

Argoselo é hoje uma próspera freguesia, das mais importantes e populosas do concelho de Vimioso. Para o seu desenvolvimento, importância e prosperidade contribui, decisivamente, as Minas de Volfrâmio e Estanho.

As minas é a base da economia desta região. Dá muito trabalho a muita gente de Argoselo e a gente das aldeias em redor. A agricultura ocupa a população local durante todo o ano.

 O sector secundário tem grande relevância, destacam-se, a existência de Serralharias, estâncias de construção e de um lagar de azeite do mais moderno que existe.

Há alguns anos atrás, ainda se mantinha vivo o artesanato, com a manufaturação das peles. Também outros artesãos como: latoeiros, alfaiates, sapateiros tecedeiras e ferreiros confecionavam os seus artigos em regime familiar. Hoje ninguém herdou tais ofícios.

 No âmbito do sector terciário, existem na freguesia alguns estabelecimentos de comércio tradicional que asseguram as necessidades básicas da população ainda que com a abertura dos grandes supermercados e hipermercados, os hábitos se tenham alterado drasticamente nos últimos anos.

 Ainda me lembro muito bem no meu tempo de Jovem, chovesse ou nevasse, diariamente em Argoselo era como se de uma feira se tratasse na Praça, inúmeros vendedores ambulantes das aldeias próximas vinham vender os seus produtos da colheita. Em troca abasteciam-se de outros produtos, dinamizando assim o comercio local. Mas também outros vendedores como: os peixeiros, os de frutos e legumes passando pelos padeiros. Os Argoselense guardam ainda essa tradição de comprar a esses vendedores ambulantes, sobretudo os mais idosos, visto não terem como se deslocar devido a idade já avançada.

 O vento tudo leva, desvanece. O tempo faz tudo ficar no seu lugar, no seu tempo. Tudo se acalma, tudo se acerta, o que não é para ficar não fica, o que tem que permanecer, garante-se. Mas nem o vento e nem o tempo, nos consegue ensinar a lidar com a saudade que alguém nos deixou.

 Há que mudar de vida em Argoselo! senão queremos ir aos velhos tempos da miséria doravante nunca nos preocupamos com nada …  É só abrirmos um pouco mais os olhos.

 

Ilídio Bartolomeu