terça-feira, 22 de junho de 2021

A QUE TEMPOS CHEGAMOS…

Já pensei em escrever um diário sobre esta pandemia... descrever todas as mudanças por que passamos... contar tudinho o que sentimos... tudo o que está ficando diferente a cada dia... mas... como tenho muitas ideias para outros textos o “Diário da pandemia” tem ficado para trás.

Estamos diante de um inimigo invisível, que alguém um dia lhe chamou só, “de uma gripezinha”.

Desde o início da pandemia, mudou drasticamente a vida  de muita gente, com as medidas que foram impostas para tentar conter a propagação do coronavírus. Distanciamento social, fecho das escolas e comércios. Com tantas coisas que têm sucedido ao mesmo tempo, problemas psicológicos e físicos  aumentaram muito. Mas o que fazer para tentar conter a tensão neste momento?...

Especialistas afirmam, sair e apanhar ar livre, respeitando o distanciamento social mínimo de dois metros de espaço e usar máscara facial, o contágio pelo coronavírus é quase nulo… pois bem,  eu não posso sair mas, estabeleço metas e tento dividir o tempo que não só, sentado em frente ao computador. Não sabemos o que acontecerá nos próximos meses e com as novas variantes genéticas são motivo de incerteza, mas um ano depois a mensagem é a mesma: os avanços da ciência estimulam-nos a ser otimistas e a ver o copo meio cheio.

Muitas pessoas ficam stressadas ou até passam mal ao  assistir às notícias. Façam como eu; limito o tempo às informações. Além disso, passo a ser mais crítico em relação ao que ouço , filtrando o que é confiável e o que realmente me interessa. Vivemos bombardeados por novas restrições, uma vai anulando a outra e, quando a gente percebe, está praticamente anestesiado com tantas notícias da pandemia.

Um desconforto total por todos nós. Afinal, nunca tivemos acesso a uma quantidade tão grande de informações como agora. Nas redes sociais, jornais, programas de rádio e de televisão. Pergunto-me:   será que o excesso de informações é um mal dos tempos modernos? Ver e ouvir, é a primeira coisa que se deve fazer mas, é preciso estabelecer limites: pelo menos por um tempo.... Vejam coisas que lhe dão prazer, e que gostariam de fazer.... Um novo interesse pode ajudar a manter longe as preocupações desnecessárias. Pesquisas mostram que os hobbies fazem muito bem para a saúde... É o que eu faço e sinto-me muito bem. Desde que comecei a depositar as minhas preocupações, anseios e angústias na escrita, o meu conforto deu um salto.  Convido a experimentar.

 A escrita, para mim, tem muito poder. É no hábito de transformar o pensamento em palavras que a minha cabeça consegue descansar. No entanto, neste momento a situação começa a ser relativamente controlada graças aos esforços de vacinação. Tenho uma grande confiança na natureza humana. É claro, que tem os seus defeitos óbvios, mas com inteligência, com paciência e com respeito pelos outros, é sempre possível arranjar solução que não seja o destruir o outro. As soluções não podem consentir a destruição. Há por aí alguns vermes que  se alimentam de fake news. 

Uma palavra de conforto e admiração para todos aqueles que não podem “refugiar-se” em casa com os seus e que estão a cuidar de todos nós. Neste “filme” são eles os heróis.

No futuro, vamos ter de nos habituar a conviver com esta e outras doenças. De tempos a tempos vamos ter situações semelhantes à da covid-19 e vamos ter de estar preparados para isso. Nunca facilitar.

A abundância de informações que temos hoje é como uma vitrine repleta de doces apetitosos competindo para chamar a atenção do nosso cérebro.

Estamos realmente a viver num cenário de guerra, com comércios fechados, ruas vazias e notícias tristes que chegam a todo tempo... em excesso pode causar doenças físicas e emocionais.

Se vamos viver muito ou pouco, cabe a nós estruturar o nosso caminho e esforçar-nos por aquilo que aspiramos, porque nós temos o poder de optar por nos tornar nas pessoas que nos inspiramos, no futuro.

Todos vamos morrer. Não podemos escolher como ou quando. Mas podemos decidir como iremos viver apôs pandemia. Então, faça isso. Decida! Inspire. Expire. E decida…

 

Ilídio Bartolomeu

 

2 comentários:

  1. Parabéns Ilídio Bartolomeu por mais uma oportuna, pragmática e construtiva reflexão sobre o tempo pandémico que estamos a viver. Apetece-me aconselhar "Incontornável ler e reflectir". De atalaia, obrigado.

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  2. Manuel Lopes, Isolamento social é essencial! E por isso estamos impedidos de circular, aglomerar, abraçar, beijar, pegar no colo, visitar, encontrar pessoalmente, etc. Somos seres de contato, do convívio pessoal. Nós seres humanos, somos seres grupais.
    Um abraço

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