Já pensei em
escrever um diário sobre esta pandemia... descrever todas as mudanças por que
passamos... contar tudinho o que sentimos... tudo o que está ficando diferente
a cada dia... mas... como tenho muitas ideias para outros textos o “Diário da
pandemia” tem ficado para trás.
Estamos diante
de um inimigo invisível, que alguém um dia lhe chamou só, “de uma gripezinha”.
Desde o início
da pandemia, mudou drasticamente a vida de muita gente, com as medidas que foram
impostas para tentar conter a propagação do coronavírus. Distanciamento social,
fecho das escolas e comércios. Com tantas coisas que têm sucedido ao mesmo
tempo, problemas psicológicos e físicos aumentaram muito. Mas o que fazer para tentar
conter a tensão neste momento?...
Especialistas
afirmam, sair e apanhar ar livre, respeitando o distanciamento social mínimo de
dois metros de espaço e usar máscara facial, o contágio pelo coronavírus é
quase nulo… pois bem, eu não posso sair
mas, estabeleço metas e tento dividir o tempo que não só, sentado em frente ao
computador. Não sabemos o que acontecerá nos próximos meses e com as novas
variantes genéticas são motivo de incerteza, mas um ano depois a mensagem é a
mesma: os avanços da ciência estimulam-nos a ser otimistas e a ver o copo meio
cheio.
Muitas pessoas
ficam stressadas ou até passam mal ao assistir às notícias. Façam como eu; limito o
tempo às informações. Além disso, passo a ser mais crítico em relação ao que ouço
, filtrando o que é confiável e o que realmente me interessa. Vivemos
bombardeados por novas restrições, uma vai anulando a outra e, quando a gente
percebe, está praticamente anestesiado com tantas notícias da pandemia.
Um desconforto total
por todos nós. Afinal, nunca tivemos acesso a uma quantidade tão grande de
informações como agora. Nas redes sociais, jornais, programas de rádio e de
televisão. Pergunto-me: será que o
excesso de informações é um mal dos tempos modernos? Ver e ouvir, é a primeira
coisa que se deve fazer mas, é preciso estabelecer limites: pelo menos por um
tempo.... Vejam coisas que lhe dão prazer, e que gostariam de fazer.... Um novo
interesse pode ajudar a manter longe as preocupações desnecessárias. Pesquisas
mostram que os hobbies fazem muito bem para a saúde... É o que eu faço e
sinto-me muito bem. Desde que comecei a depositar as minhas preocupações,
anseios e angústias na escrita, o meu conforto deu um salto. Convido a experimentar.
A escrita, para mim, tem muito poder. É no
hábito de transformar o pensamento em palavras que a minha cabeça consegue
descansar. No entanto, neste momento a situação começa a ser relativamente
controlada graças aos esforços de vacinação. Tenho uma grande confiança na
natureza humana. É claro, que tem os seus defeitos óbvios, mas com inteligência,
com paciência e com respeito pelos outros, é sempre possível arranjar solução
que não seja o destruir o outro. As soluções não podem consentir a destruição.
Há por aí alguns vermes que se alimentam
de fake news.
Uma palavra de
conforto e admiração para todos aqueles que não podem “refugiar-se” em casa com
os seus e que estão a cuidar de todos nós. Neste “filme” são eles os heróis.
No futuro,
vamos ter de nos habituar a conviver com esta e outras doenças. De tempos a
tempos vamos ter situações semelhantes à da covid-19 e vamos ter de estar
preparados para isso. Nunca facilitar.
A abundância de
informações que temos hoje é como uma vitrine repleta de doces apetitosos
competindo para chamar a atenção do nosso cérebro.
Estamos
realmente a viver num cenário de guerra, com comércios fechados, ruas vazias e
notícias tristes que chegam a todo tempo... em excesso pode causar doenças
físicas e emocionais.
Se vamos viver
muito ou pouco, cabe a nós estruturar o nosso caminho e esforçar-nos por aquilo
que aspiramos, porque nós temos o poder de optar por nos tornar nas pessoas que
nos inspiramos, no futuro.
Todos vamos
morrer. Não podemos escolher como ou quando. Mas podemos decidir como iremos
viver apôs pandemia. Então, faça isso. Decida! Inspire. Expire. E decida…
Ilídio
Bartolomeu
Parabéns Ilídio Bartolomeu por mais uma oportuna, pragmática e construtiva reflexão sobre o tempo pandémico que estamos a viver. Apetece-me aconselhar "Incontornável ler e reflectir". De atalaia, obrigado.
ResponderEliminarManuel Lopes, Isolamento social é essencial! E por isso estamos impedidos de circular, aglomerar, abraçar, beijar, pegar no colo, visitar, encontrar pessoalmente, etc. Somos seres de contato, do convívio pessoal. Nós seres humanos, somos seres grupais.
ResponderEliminarUm abraço