Para começar:
sou um ser humano normal, tenho defeitos, qualidades, desejos, sonhos, medos,
vontades... Não sei para quantas pessoas sou realmente especial, nem sei da intensidade
desses sentimentos de verdade, prefiro não saber, para mim a vida tem mais
graça assim. Só posso falar por mim, só sei de mim, é à minha consciência que
devo ou não alguma coisa. Às vezes posso parecer um espalha brasas, mas penso
que não! Sei que é impossível agradar a todos, mas faço a minha parte, tento
sempre ser uma pessoa agradável. Posso ser tímido no começo, mas se o assunto
se der para falar, falo com toda a gente.
Acredito na lei
dos direitos e deveres, e dentro dos meus princípios vivo e respeito essa lei.
Não preciso prejudicar ninguém, não desejo o mal a ninguém, e por mais que
tenham feito algo que me atinja, prefiro passar por cima, deixar que o tempo
traga as respostas. Sou contra qualquer tipo de violência, injustiça e
vingança. O ser humano não precisa disso, é isso o que mais repudio. Todos nós
temos direito á vida e somos livres para escolher como vivê-la. Não se pode
fazer o mal assim, como se fosse algo normal da natureza humana. Se não posso
fazer o bem, ou ajudar, com certeza não irei atrapalhar e muito menos fazer o
mal. Às vezes as minhas escolhas podem não agradar às pessoas que amo, mas,
preciso viver, porque é para mim, uma necessidade que todos nós temos, mas é
preciso coragem para enfrentá-la. Há quem diga: falas muito, mas fazes pouco...
não acho, mas se chamam, é porque sou mesmo.
O melhor
ingrediente para tornar a vida com mais fundamento, é o bom humor, isso é
fundamental. prefiro rir, falar baboseiras, brincar, imitar, fazer graça, do
que ficar a falar da vida alheia. Queixar-me? Enervar-me? Para que? Isso não
leva ninguém a lugar nenhum.
Sou Argoselense não gosto de me armar em
Estorilista. Gosto de ser provinciano, o que tocar danço. Não gosto de dançar,
mas não tenho nada contra quem gosta. Amo a minha mulher, ela é a minha razão
de estar aqui vivo! Sou loucamente apaixonado por ela, é o meu ar, o meu sol. É
tudo! Vivo e tento viver, é uma boa norma para ser feliz. Não sou uma pessoa
vazia, nem solitária, mas também tenho medo da solidão. Odeio que me venham com
declarações do tipo: metade da maçã, alma gêmea e coisas assim! Não sou metade,
sou inteiro. Até porque estamos carecas de saber que absolutamente nada é para
sempre.
Por isso insisto que a vida é feita de
momentos, alguns arrependimentos, mas nada que mate ou que impeça de continuar
vivendo, tudo que passamos durante a vida, contribui para nos tornarmos pessoas
melhores, ter a certeza de que vale muito a pena viver, vale a pena amar, vale
apena sem nos permitir repressões.
Quando a gente se ama e se respeita, acaba-se
entendendo que não se deve fazer aos outros o que não queremos que façam connosco.
E isso é tão simples. Que mania teimosa que o ser humano tem de complicar e
dificultar tudo, sem contar a malícia e a maldade que colocam em tudo. Mais genuinidade,
mais espontaneidade, isso não significa ser ingênuo ou idiota. Dizem que sou cabeça
dura, coração de pedra, mas não é isso, só não sou para ser romântico. Posso
até falar, escrever, ler e assistir coisas românticas, mas não curto coisas doces
o tempo todo, é muita falsidade para mim, não se diz “eu amo-te” por tudo e por
nada”
Na minha
essência, os meus pais ensinaram-me a zelar do meu nome, da minha moral, a ser honesto,
é assim que quero ser, com o meu pai
percebi que a vida é muito mais que sentimento, que é preciso fazer as coisas
sem esperar nada em troca, é fazer graça, aprendi a conquistar as pessoas
assim. Com os meus irmãos, sempre percebi que depois de tantos anos, entre nós
existe o perdão, a desculpa, que a aprendemos a praticar cada qual a seguir a
sua vida, e saber perdoar é uma virtude. Os meus amigos, fundamentais, são
básicos no meu viver, tornam a minha vida mais feliz, provam-me o quanto
preciso deles, o quanto é bom ser útil.
A vida é um
passeio, uma volta, onde cada um é responsável pelos seus atos. Passamos uns
pelas vidas dos outros, sempre levando algo de alguém e deixando algo de nós. A
nossa fé, é o nosso tempo é a vida. É preciso acreditar em sensações, numa
energia transcendente, que transborda o amor da criação, que está nos mínimos
detalhes, nas coisas mais simples. É preciso acreditar e cuidar, porque a fé é
o melhor caminho. Adoro crianças, bebês, queria ser pai um dia, sem preferências
de raparigas ou rapazes. Quero envelhecer e conversar com os jovens, assim como
converso com velhinhos com respeito e admiração.
Não queria
estender-me tanto, mas para mim é mais fácil escrever, embora ainda falte tanta
coisa para descrever, mas vou ficar por aqui.
Pelo que vêm, gosto de conversar, adoro
cavaqueiras longas e construtivas, não vão pensar que sou um chato que fala
demais, nem que sou certinho ou algum santinho. É verdade que não tenho dom de
palavra. Só tentei descrever o que não consigo dizer linguisticamente. Mas isto não é nada, quem
me conhece de verdade, sabe bem que não me limitei nesta “breve” definição,
escrever tudo o que teria para narrar…
Ilídio Bartolomeu
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