NÃO DESISTO DE TI!

 Nasci numa terra de lendas e encantamentos, cujas premissas foram alimento para muito se investigar e escrever: no plano científico; e no plano puramente literário.

Sendo a minha terra um portento em Património Cultural e que, por pura ignorância ao longo dos tempos os vários autarcas o arrasaram como há muito venho divulgando, a única vila do concelho de Vimioso e por ela deixada a morrer ao abandono, entristece-me saber que os seus habitantes vivam resignados ao pouco que têm, supondo que não precisam de mais.

Há aqui um caso de estudo, que deixo para os mais sabidos da vila de Argoselo analisarem: Por que razão os habitantes da vila, que cada vez tem menos de tudo, vivem conformados?

Passeios nas ruas da vila, nem vê-los. As pessoas que fazem o trajeto pela estrada principal, têm de caminhar na estrada ou junto à berma, conforme haja ou não carros estacionados. Estão à espera de um atropelamento para agirem?

Os jardins e espaços ajardinados, já viram melhores dias. Há imensas casas a ruir, outras já desmoronaram, inclusive no Centro Histórico da vila. Algumas casas, estão em tão avançado estado de degradação que constituem perigo para quem circula na via pública. Que belo postal se oferece aos visitantes! O Serviço Municipal de Proteção Civil, devia atuar urgentemente, assim como os órgãos autárquicos, notificando os proprietários para que se cumpra a lei. Caso estes não cumpram, a autarquia deve tomar posse administrativa e proceder às obras de desterro, conforme o estipulado na lei.

Os contentores dos resíduos sólidos, sofrem de grave maleita: não há recolha enquadrada com a produção habitual de resíduos. Há manifesta desadequação deste serviço em relação à população, fazendo com que contentores permaneçam às vezes transbordar, sendo um ponto de interesse para os animais vadios que fazem a festa e espalham o lixo.

Quem prejudica gravemente a população e a imagem da terra, são os nossos autarcas. Em vez de fazerem o que lhes compete e para o qual foram eleitos, andam a brincar com o povo.

Nas discussões do orçamento, as verbas para obras da freguesia são poucas ou nenhumas. O Presidente da Junta de Freguesia, nada diz e aceita sem levantar nenhuma questão, como vem sendo hábito em todas as reuniões de câmara. Isto é tão, mas tão grave que nem tenho palavras para adjetivar.

Apetece-me dizer:, Ainda que os ventos sejam contrários, continuarei a amar-te e a lutar por ti, Minha Terra, Muito Amada!

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