terça-feira, 29 de outubro de 2024

HOMENAGEM AO PERCURSO DE VIDA DE CARLOS OLIVEIRA (SARGENTO)



Sargento Carlos Oliveira




Utilizo hoje este espaço para prestar uma singela homenagem a um homem bom e amigo: Sr. Carlos Oliveira (Sargento)






Mensagem às Novas Gerações 

Foi com enorme tristeza que recebi a notícia do falecimento do Sr. Carlos. Esta é uma grande perda para a sua família e para os seus amigos. Desde logo, porque partiu um homem de bem e um excelente ser humano.

Homem de valores e de princípios. Sério, íntegro e genuíno. Genuíno é mesmo um bom adjetivo para o definir. Não havia disfarces, dualidade e preocupações com a imagem. Simplicidade e humildade era a sua maneira de ser!

A Vila de Argoselo ficou imensamente mais pobre pois, perdeu um dos seus oradores de maior dimensão, com forte intuição e com uma singular capacidade de intervenção. Fazia-o com grande competência, respeito e dignidade...Soube entender e interpretar como poucos, promover o desenvolvimento da sua Terra. Sempre se bateu por isso, mesmo quando já estava mais arredado. A sua forma de ser fez dele um homem decisivo em muitos momentos.

A seu modo afável de atuar, o seu bom senso e a sua capacidade inigualável para estabelecer equilíbrios e consensos foram também colocados ao serviço dos amigos e da sua Terra. Era um homem que nunca fechava portas. Pelo contrário, abria-as. Esteve sempre do lado das soluções, pela forma como lidava com as adversidades e como batalhava para atingir os objetivos.

Nunca damos o devido valor às pessoas enquanto estão vivas, só na hora da sua morte é que nos recordamos do tanto que ficou por dizer.

Dele nos despedimos, na certeza de o carregarmos dentro de nós nalguma medida e, assim, simplesmente não haver despedida possível. Ele segue vivíssimo no exemplo que deu.

Vá em paz, grande homem, o céu está de portas abertas para recebê-lo. A sua vida foi completa e se puder sinta orgulho de todos os ensinamentos valiosos que deixou a tantas pessoas. Grandes homens são os que fazem a diferença na vida de alguém.

Não é apenas a homenagem que traz alegria. É, antes de tudo, o reconhecimento do trabalho prestado, à dedicação ao próximo. O que resta agora é o descanso eterno.

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terça-feira, 22 de outubro de 2024

OS POBRES CADA VEZ ESTÃO MAIS POBRES!

A pobreza é um flagelo mundial, a que nenhuma sociedade tem conseguido escapar e em que a Europa não se apresenta como exceção. Neste ano de 2024, em que ao fenómeno estrutural da pobreza se somam as guerras em curso, as alterações climáticas e as migrações enquanto fatores globais de risco.

A pobreza é multidimensional nas suas causas e efeitos. Em todas as sociedades, as populações mais pobres têm maiores dificuldades em garantir o acesso a uma alimentação adequada e nutritiva ou a serviços básicos como a eletricidade ou o saneamento básico, condições de habitação mais frágeis, trabalhos com maior precariedade e menor proteção social, geralmente têm níveis educacionais mais baixos e pior desempenho escolar, bem como piores condições de saúde. Estes fatores interligam-se entre si e alimentam círculos viciosos difíceis de romper, que geram exclusão social e perpetuam desigualdades. É no grupo de crianças e jovens que a taxa de risco de pobreza que mais se tem piorado.

A pobreza pode ser definida de várias maneiras, dependendo do contexto e dos critérios utilizados. De forma geral, a pobreza é a condição em que uma pessoa ou grupo de pessoas não tem acesso suficiente a recursos básicos para garantir uma vida digna, como à falta de recursos necessários para satisfazer as necessidades básicas, como: alimentação, vestuário, habitação, empréstimos, férias fora de casa, uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias, despesas inesperadas, telefone, televisão, uma máquina de lavar, um carro e manter a casa adequadamente aquecida.

A pobreza agravou-se e temos aqui um nível que já existia, mais uma vez mas que agora, é muito evidente: pessoas que trabalham a tempo inteiro, que têm um full-time, mas que mesmo assim não conseguem sair da pobreza. Isto é dramático e exige uma reflexão muito grande.

A insegurança alimentar aumentou nos últimos anos, exacerbada pela pandemia de COVID-19. Os motivos foram: a desigualdade, o desemprego e aumento dos preços dos alimentos são alguns dos fatores que agravou a fome. Por este motivo, é fundamental compreender o que podemos fazer a nível individual para colocar um fim a este flagelo. Atuar com empatia e compreensão, preparar-se para ajudar sem pretensão de receber algo em troca. Estar disponível para ajudar as pessoas mais vulneráveis e dar resposta a desafios sociais. Ofereça os excedentes e/ou sobras de refeições a quem precisa. Produtos em fim de validade, refeições prontas que já não vai consumir ou sobras de celebrações são bons exemplos de desperdício alimentar quando vão para o lixo. Estes alimentos, se em bom estado para consumo, podem servir para tirar a fome a alguém da sua comunidade. A pobreza em Portugal é um dos problemas sociais mais urgentes e complexos que o país enfrenta. Com raízes históricas profundas e uma ampla gama de causas, a pobreza afeta milhares de portugueses, criando um ciclo vicioso de desigualdade e exclusão social. Este artigo busca explorar as múltiplas facetas da pobreza em Portugal, analisando suas causas, consequências e possíveis soluções para mitigar os seus impactos.


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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

ABANDONO DOS IDOSOS É FACTUAL!


 Tem sido recorrente opiniões em forma de artigos, imensas discussões, eventos e fóruns, passando por greves, recusas de horas extras além das legalmente obrigatórias nos hospitais. A verdade é que, nunca tanto se falou deste tema, da vergonha que todos nós deveríamos ter deixar ao abandono os nossos idosos. Porém é necessário entender que o conceito familiar se vem alterando, na realidade não só o conceito familiar, mas na verdade também o conceito social está totalmente alterado, pois cada vez mais a nossa vivência era numa lógica de sociedade, mas perdeu-se completamente o conceito de comunidade.



Esta mudança no conceito de cuidar dos familiares mais idosos, deve-se também ao facto da mulher ingressar no mundo do trabalho, pois ainda é sobre esta que, recai o ónus de cuidar dos mesmos, ter um emprego a tempo inteiro, aliado também ao facto de ter a sua própria família acumulada e ainda mais toda esta problemática de quem cuida dos seus idosos.

No entanto, nem sempre a família tem rendimento para arcar com esses custos, ou prefere, por outros motivos, não terceirizar esse cuidado. Assim, é bem comum que um filho passe a tomar cuidado de uma mãe, um pai ou ambos.


Se tiveram uma relação saudável ao longo da vida e mantiveram os laços familiares, o idoso vai preferir que o cuidado seja feito pelos próprios filhos. Afinal, são pessoas que ele conhece, confia e sente-se à vontade. No entanto, mesmo com muito amor e vontade de ajudar, cuidar de um idoso é uma atividade desgastante, tanto fisicamente quanto psicologicamente.

A teimosia dos idosos pode ser um sinal de carência, afinal, todos precisam de carinho e atenção. Durante o dia, estimule-o a conversar, lembrar histórias do passado e também falar sobre atualidades. Isso ajuda a manter a mente sempre ativa! Também faça com que ele se sinta considerado, incluído e importante nos programas da família. Lembrem-se sempre de que eles nasceram noutra geração e tiveram outra criação. Por isso, é comum que os idosos não compreendam algumas novidades do mundo contemporâneo ou discordem delas. Tenham sempre paciência e não entrem em discussões que só vão desgastar o vosso relacionamento. 



Algumas vezes, é preciso dar razão a eles, mesmo que não seja o que você pensa de facto. Isso ajuda a manter a mente sempre ativa! Também faça com que ele se sinta considerado, incluído e importante nos programas da família.

Existe muita falta de humanidade, pois os idosos sentem-se abandonados, sentindo a solidão! Considero que existe pouco, ou quase nenhum, respeito por eles, não os sabemos ouvir, não temos paciência para eles, não lhes damos carinho nem atenção. Por isso, quando tratamos de um idoso, devemos pensar que todos caminhamos para idosos e que os devemos tratar da forma como também queremos ser tratados. Concluo, que devemos ser mais pacientes e carinhosos com quem tanto fez para sermos quem somos.



Contudo, devemos ressalvar que numa grande percentagem, esse abandono não é real, mas sim circunstancial, muitas das famílias, não tem condições nem físicas nem monetárias e muitas das vezes familiares que possam cuidar dos seus idosos, é fácil apontar e tecer considerações negativas, por vezes nefastas sobre esta temática, quando não nos calha a nós, é pródigo do ser humano acusar, sem primeiro conhecer as realidades de cada um.

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