terça-feira, 22 de outubro de 2024

OS POBRES CADA VEZ ESTÃO MAIS POBRES!

A pobreza é um flagelo mundial, a que nenhuma sociedade tem conseguido escapar e em que a Europa não se apresenta como exceção. Neste ano de 2024, em que ao fenómeno estrutural da pobreza se somam as guerras em curso, as alterações climáticas e as migrações enquanto fatores globais de risco.

A pobreza é multidimensional nas suas causas e efeitos. Em todas as sociedades, as populações mais pobres têm maiores dificuldades em garantir o acesso a uma alimentação adequada e nutritiva ou a serviços básicos como a eletricidade ou o saneamento básico, condições de habitação mais frágeis, trabalhos com maior precariedade e menor proteção social, geralmente têm níveis educacionais mais baixos e pior desempenho escolar, bem como piores condições de saúde. Estes fatores interligam-se entre si e alimentam círculos viciosos difíceis de romper, que geram exclusão social e perpetuam desigualdades. É no grupo de crianças e jovens que a taxa de risco de pobreza que mais se tem piorado.

A pobreza pode ser definida de várias maneiras, dependendo do contexto e dos critérios utilizados. De forma geral, a pobreza é a condição em que uma pessoa ou grupo de pessoas não tem acesso suficiente a recursos básicos para garantir uma vida digna, como à falta de recursos necessários para satisfazer as necessidades básicas, como: alimentação, vestuário, habitação, empréstimos, férias fora de casa, uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias, despesas inesperadas, telefone, televisão, uma máquina de lavar, um carro e manter a casa adequadamente aquecida.

A pobreza agravou-se e temos aqui um nível que já existia, mais uma vez mas que agora, é muito evidente: pessoas que trabalham a tempo inteiro, que têm um full-time, mas que mesmo assim não conseguem sair da pobreza. Isto é dramático e exige uma reflexão muito grande.

A insegurança alimentar aumentou nos últimos anos, exacerbada pela pandemia de COVID-19. Os motivos foram: a desigualdade, o desemprego e aumento dos preços dos alimentos são alguns dos fatores que agravou a fome. Por este motivo, é fundamental compreender o que podemos fazer a nível individual para colocar um fim a este flagelo. Atuar com empatia e compreensão, preparar-se para ajudar sem pretensão de receber algo em troca. Estar disponível para ajudar as pessoas mais vulneráveis e dar resposta a desafios sociais. Ofereça os excedentes e/ou sobras de refeições a quem precisa. Produtos em fim de validade, refeições prontas que já não vai consumir ou sobras de celebrações são bons exemplos de desperdício alimentar quando vão para o lixo. Estes alimentos, se em bom estado para consumo, podem servir para tirar a fome a alguém da sua comunidade. A pobreza em Portugal é um dos problemas sociais mais urgentes e complexos que o país enfrenta. Com raízes históricas profundas e uma ampla gama de causas, a pobreza afeta milhares de portugueses, criando um ciclo vicioso de desigualdade e exclusão social. Este artigo busca explorar as múltiplas facetas da pobreza em Portugal, analisando suas causas, consequências e possíveis soluções para mitigar os seus impactos.


Blog Freixagosa

 

2 comentários:

  1. Pois é!
    A pobreza é, talvez depois da guerra, o maior obstáculo ao desenvolvimento. A sociedade portuguesa, que foi capaz de tomar em mãos os instrumentos conquistados com a democracia e sacudir o Portugal salazarento, pobre e profundamente atrasado, galgando patamares de progresso em múltiplos campos, vem-se agora arrastando ao longo de algumas décadas, incapaz de erradicar da pobreza uns persistentes 17 % a 20 % da população

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    1. Não se combate a pobreza com caridadezinha e com prestações pobres para os pobres

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