Em Portugal, o 1º de Maio começou a ser festejado a partir de Maio de 1974, após a revolução do 25 de Abril.
O Dia do Trabalhador é comemorado em todo o país, com manifestações,
marchas e comícios, de forma a apresentar ao Governo e entidades patronais
quais as necessidades dos trabalhadores.
A data remonta ao dia 1 de Maio de 1886, nos EUA, quando mais de 500 mil
trabalhadores saíram às ruas de Chicago, em manifestação pacífica, exigindo a
redução da jornada para oito horas de trabalho. Em consequência a polícia
tentou dispersar a manifestação, ferindo e matando dezenas de operários.
A 5 de Maio de 1886 os operários regressaram às ruas e registaram-se
novamente feridos, com manifestantes a serem presos. A opinião pública repudiou
a ação da polícia e do Governo, assim como das entidades patronais, e em 1889 o
Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio como
o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Portanto, hoje comemoram-se os 125 anos do 1º Maio como Dia internacional
dos Trabalhadores. 125 Anos de uma incessante, dura e heroica luta dos
trabalhadores de todo o mundo pelos direitos e pela emancipação do trabalho,
por uma sociedade em que o trabalho, finalmente livre da exploração, constituía
a realização plena das capacidades criadoras do ser humano.
125 Anos de fulgurantes avanços, de dolorosos recuos, de tenaz resistência
dos trabalhadores. Enquanto persistir a exploração, nenhuma conquista dos
trabalhadores, é definitiva ou está segura. O 1º de Maio e as suas palavras de
ordem universais fora historicamente construídos sob a mais repressão, ao preço
de incontáveis lutas, sacrifícios, vidas perdidas.
Consolidou-se a cada avanço dos povos na conquista das liberdades. Sofre e
sofre recuos de cada vez que as circunstâncias históricas permitem ao grande
capital passar à ofensiva.
Em 125 anos, o 1º de Maio tornou-se a mais alta bandeira da afirmação
universal dos direitos do trabalho e do internacionalismo de combate contra a
exploração.
Ilídio Bartolomeu
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