Era assim a malha na eira:
Depois de colhido, o cereal
(centeio) era disposto na eira e era malhado por trabalhadores
contratados pelo "patrão". Os trabalhadores, que eram assalariados
conforme o poder económico do patrão ou que acordavam regime de troca,
dispunham-se em torno do cereal estendido e, com as suas varas, batiam no mesmo
num ritmo imposto por um dos trabalhadores. Enquanto isso, cabia às mulheres a
preparação da merenda e o trabalho de varrer a eira de forma a juntar todo o
cereal no seu centro. Terminada a malha, o cereal era separado da palha (que
era posteriormente aproveitada para alimentar e fazer a cama ao gado, como
também se usava para encher os colchões das camas). Seguidamente, o centeio era
ainda deixado caír de um recipiente para uma manta estendida no chão, num local
ventoso, de forma a que, pela acção do vento, as palhas que ainda persistissem
se separassem dos grãos para assim depois ser ensacado e seguir para os
respectivos moinhos ou moagens para ser transformado em farinha.
Ilidio Bartolomeu
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