O cemitério da
Igreja Matriz de Argozelo encerra uma História que encontra paralelo com as grandes
metrópoles.
As sepulturas
em igrejas foram práticas comum até o século XIX, como forma de aproximar os
católicos dos santos.
Os enterros
deixaram de ser feitos no interior dos edifícios de culto quando começaram a
surgir as primeiras noções de higiene.
O Adro dos
Enforcados e o Campo das Malvas (malvados) eram sítios onde se enterravam os
enjeitados, criminosos e outras almas perdidas.
Por não se
considerarem dignos de solo sagrado localizavam-se longe do interior das
igrejas, muitas vezes fora das zonas muralhadas, desprovidas do abrigo
espiritual, com a conivência, tantas vezes implacável, da sociedade clerical.
Num dos cantos
mais recônditos do Cemitério Velho de Argozelo é possível encontrar “Os Anjos
Escondidos”. Anjos que, excomungados em vida, persistem na memória que nos
torna humanos, sem necessidade de lápides faustosas
Escrito por
Luiz Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário