quarta-feira, 10 de outubro de 2018

REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO ENVOLVENTE À IGREJA MATRIZ DE ARGOSELO




O cemitério da Igreja Matriz de Argozelo encerra uma História que encontra paralelo com as grandes metrópoles.

As sepulturas em igrejas foram práticas comum até o século XIX, como forma de aproximar os católicos dos santos.

Os enterros deixaram de ser feitos no interior dos edifícios de culto quando começaram a surgir as primeiras noções de higiene.

O Adro dos Enforcados e o Campo das Malvas (malvados) eram sítios onde se enterravam os enjeitados, criminosos e outras almas perdidas.

Por não se considerarem dignos de solo sagrado localizavam-se longe do interior das igrejas, muitas vezes fora das zonas muralhadas, desprovidas do abrigo espiritual, com a conivência, tantas vezes implacável, da sociedade clerical.

Num dos cantos mais recônditos do Cemitério Velho de Argozelo é possível encontrar “Os Anjos Escondidos”. Anjos que, excomungados em vida, persistem na memória que nos torna humanos, sem necessidade de lápides faustosas

 Escrito por

 Luiz Rodrigues



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