O que temos na vida, são as colheitas do que plantamos, são os resultados
do nosso querer, agir, plantar, procurar, aceitar, viver e respirar. Assim se
gostamos do que temos é porque este resultado foi uma boa colheita da nossa
plantação, se não gostamos, foi porque esta não foi bem planeada e nem sempre
como esperamos.
Um casal tem três filhos, dois bons e um ruim, eles não plantaram um
filho ruim, eles não planearam um filho ruim e não queriam um filho ruim, mas a
vida pode dar estes resultados. O resultado mau, nem sempre é mau no todo, pois
tudo tem uma finalidade, às vezes é para que nós possamos ter referência em
relação aos outros filhos, é também para que outras pessoas tenham essa relação
ao resto da humanidade. Não existe o bom, sem o mau, sempre haverá uma
distinção.
Nós nos regozijamos com as coisas boas e que gostamos. Embora nada é
unânime, às vezes consideramos uma coisa boa, mas outras pessoas podem ter
outro ponto de vista e assim não ver, nem entender da mesma forma, é por isso
que sempre haverá vários ângulos de uma mesma questão.
É como esquerda e direita na política, cada um acha melhor o seu lado. Existem aqueles radicais que fazem um esforço danado para defender a sua posição e tentar bloquear o outro lado, embora o correto seria procurar encontrar um ponto de equilíbrio para a convivência.
Aceitar o resultado do que temos é uma dávida que pode melhorar em muito a
nossa vida e apreciar o que temos, seja de bom ou de mau, do que gostamos
demais e o que gostamos de menos, tudo é importante, pois tudo é o resultado de
nós mesmos, do que fizemos no passado, ou do que encontramos no nosso caminho
para nos modificar, nos melhorar, ou nos piorar.
De tudo isto, não entregar só na mão de Deus ou da fé, pois precisamos
continuar, plantando e não nos acomodar na vida sem nada fazer, só irá com
certeza piorar os nossos dias, quem faz quem luta, pode não alcançar o
resultado esperado na sua plenitude, mas com certeza estará caminhando para um
mundo melhor.
Ilídio Bartolomeu
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