Pretende-se que um lar de
idosos seja verdadeiramente isso mesmo, um lar. Deixar a sua casa, o lugar
onde provavelmente vive há dezenas de anos, para passar a residir num lar, pode
ser uma alteração de vida dramática para qualquer idoso. Daí a importância de
um lar de terceira idade com infraestruturas modernas, amplas, confortáveis e
convidativas, mas não só: a higiene e segurança devem ser a prioridade máxima.
A sua primeira impressão vai certamente contar muito, mas estar atento a todos
os pormenores é fundamental para fazer uma escolha ajuizada: estado dos
quartos, estado das casas de banho, cozinha, zona de refeições, zona de estar,
infraestruturas exteriores tudo conta.
Para além da apresentação
das infraestruturas de um lar de idosos, a primeira impressão relativamente ao
espaço também terá a ver com a forma como será recebido por todos os
funcionários que nele trabalham. A observação da equipa que cuida diariamente
dos idosos é crucial, por isso, é preciso estar atento aos detalhes. Como os
profissionais andam fardados e identificados? De que forma falam e interagem
com os idosos? A equipa parece suficiente ou composta por pouca gente quando
comparado com o número de idosos internados? A forma como trabalham resulta num
ambiente tranquilo, agitado, caótico? É importante assegurar que o idoso se
sentirá bem-vindo e que estará em boas mãos.
Conhecer um lar de idosos
também passa por conhecer o seu dia-a-dia e, como a sua visita provavelmente se
resumirá a poucos minutos, não terá uma ideia completa de como é o seu
quotidiano, por isso, pergunte. Faça questões sobre os hábitos e horários
diários, sobre as refeições servidas e se é possível fazer pedidos especiais,
que tipo de atividades fazem com os idosos, quem é que trata da sua higiene pessoal
saúde e com que frequência, no fundo tudo o que lhe vier à mente ou que lhe
suscitar curiosidade. São estas perguntas que os familiares devem colocar ao staff
quando estiver nesta situação.
Chegar à terceira idade
é, hoje, um verdadeiro calvário...
Há histórias de verdadeiramente
de tristeza, o que aqui neste lar de Argoselo e noutros do País se têm passado!
História de quem tanto
deu à sociedade e que, agora, se depara com um resto de vida de quase clausura,
ou seja, fechados e algumas anomalias por parte de alguém desta direção há mais
de 35 anos. Talvez pelo cansaço. ou tempo demasiado à frente dos destinos do
Lar, anda se sinta cada vez melhor como o peixe na água ou que ainda se ache
com mais vontade de servir o voluntariado…
E por mais que se defenda que os idosos são muito bem tratados nos lares, o simples facto de terem sido obrigados a ficar sem a família, ou seja, afastados daqueles de quem eles mais amam e aqueles com que supostamente eles poderiam contar, é por si só, um sofrimento que só eles sabem explicar, e classificar o quanto este ato os magoa.
Depois de tudo o que
fizeram, de todo o amor e ternura que dedicaram pelos seus
filhos, e não só, muitos idosos recebem em troca abandono, uma vida de
solidão, não só como maus-tratos num momento em que se passa por uma
fragilidade física e mental que é a velhice.
Ilídio Bartolomeu
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