sábado, 29 de março de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS LARES DE IDOSOS


Pretende-se que um lar de idosos seja verdadeiramente isso mesmo, um lar. Deixar a sua casa, o lugar onde provavelmente vive há dezenas de anos, para passar a residir num lar, pode ser uma alteração de vida dramática para qualquer idoso. Daí a importância de um lar de terceira idade com infraestruturas modernas, amplas, confortáveis e convidativas, mas não só: a higiene e segurança devem ser a prioridade máxima. A sua primeira impressão vai certamente contar muito, mas estar atento a todos os pormenores é fundamental para fazer uma escolha ajuizada: estado dos quartos, estado das casas de banho, cozinha, zona de refeições, zona de estar, infraestruturas exteriores tudo conta.
Para além da apresentação das infraestruturas de um lar de idosos, a primeira impressão relativamente ao espaço também terá a ver com a forma como será recebido por todos os funcionários que nele trabalham. A observação da equipa que cuida diariamente dos idosos é crucial, por isso, é preciso estar atento aos detalhes. Como os profissionais andam fardados e identificados? De que forma falam e interagem com os idosos? A equipa parece suficiente ou composta por pouca gente quando comparado com o número de idosos internados? A forma como trabalham resulta num ambiente tranquilo, agitado, caótico? É importante assegurar que o idoso se sentirá bem-vindo e que estará em boas mãos.
Conhecer um lar de idosos também passa por conhecer o seu dia-a-dia e, como a sua visita provavelmente se resumirá a poucos minutos, não terá uma ideia completa de como é o seu quotidiano, por isso, pergunte. Faça questões sobre os hábitos e horários diários, sobre as refeições servidas e se é possível fazer pedidos especiais, que tipo de atividades fazem com os idosos, quem é que trata da sua higiene pessoal saúde e com que frequência, no fundo tudo o que lhe vier à mente ou que lhe suscitar curiosidade. São estas perguntas que os familiares devem colocar ao staff quando estiver nesta situação.
Chegar à terceira idade é, hoje, um verdadeiro calvário...
Há histórias de verdadeiramente de tristeza, o que aqui neste lar de Argoselo e noutros do País se têm passado!
História de quem tanto deu à sociedade e que, agora, se depara com um resto de vida de quase clausura, ou seja, fechados e algumas anomalias por parte de alguém desta direção há mais de 35 anos. Talvez pelo cansaço. ou tempo demasiado à frente dos destinos do Lar, anda se sinta cada vez melhor como o peixe na água ou que ainda se ache com mais vontade de servir o voluntariado…

E por mais que se defenda que os idosos são muito bem tratados nos lares, o simples facto de terem sido obrigados a ficar sem a família, ou seja, afastados daqueles de quem eles mais amam e aqueles com que supostamente eles poderiam contar, é por si só, um sofrimento que só eles sabem explicar, e classificar o quanto este ato os magoa.
Depois de tudo o que fizeram, de todo o amor e ternura que dedicaram pelos seus filhos, e não só, muitos idosos recebem em troca abandono, uma vida de solidão, não só como  maus-tratos num momento em que se passa por uma fragilidade física e mental que é a velhice.

Ilídio Bartolomeu

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