A ideia de alguém ter de
fazer algo para mudar, é uma vã esperança de quem se ilude, de quem vai
eternamente adiando aquilo que sabe que nunca virá a realizar. Não magoa, pelo
contrário, alivia momentaneamente. Só que, esse alívio momentâneo quando
repetido uma duas e mais vezes sim, vai magoando. Vai infligindo sofrimento
numa auto- imagem que se tenta iludir, dizendo: “Tenho de fazer algo para mudar a
situação e o bem-estar da vida das pessoas que vivem na minha Terra.” … Até
pode ser mais um bálsamo temporário, mas a intensidade do sofrimento até pode
baixar; mas faz sofrer, deprimir, desmotivar, por vezes silenciosamente e
torna-se numa vã esperança e vai-se ficando refém de nós mesmos.
Mas, a mudança, a
possibilidade de mudar sempre está na nossa mente, à espera de ser abraçada.
Ela foi admirada, prometida, mas cai-se mais uma e outra vez, e novamente
abandonada. Sim, é uma vã esperança. Uma vontade sem intenção admito. Uma
ilusão de fazer.
Descobrir o truque da
ilusão, é, e pode ser o retomar da esperança cheia de possibilidade. É claro
que a possibilidade pode ser materializada na ação. Na ação de fazer algo pela
comunidade. Então vamos e façamos. A ilusão pode ser quebrada sempre que
queiramos, e a esperança pode ser também sempre renovada. Porquê então
persistir querer ser cegos e não agimos? Vá lá sejamos todos amigos… remar
todos no mesmo sentido é o lema...
Ilídio Bartolomeu
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