sábado, 30 de maio de 2020

O QUE NOS PODE TRAZER A CRISE ECONÓMICA E O DESCONFINAMENTO?

 Que a crise econômica o desemprego e a fome estão a deixar os portugueses deprimidos, ninguém dúvida. E o facto do aumento muito significativo no número de pacientes com sintomas de depressão entre empresários, executivos e funcionários, levam por vezes às depressões e até ao suicídio, também ninguém tem dúvidas.  

A depressão dos portugueses por motivos da troica em 2011 e hoje do coronavírus, têm sido um fator de desanimo quanto ao futuro. Pois, ao perderem os seus empregos, meios da subsistência familiar, torna-os mais vulneráveis causando-lhes diagnóstico de transtornos mentais e comportamentais como a depressão, o estresse, a ansiedade e outros o consumo de drogas e álcool. Tudo isto é atribuído à crise económica e por não conseguirem atender à crescente pressão no trabalho ou por estarem desempregados.

Desemprego gera insónias, insegurança, desamparo e sensação de incompetência. A ameaça a integridade financeira leva o indivíduo à tristeza, e que pode potencializar o surgimento de várias doenças. Pior do que os males mentais desencadeados são os casos de pessoas que, desesperadas com as perdas econômicas, chegam ao extremo e pensam em tirar a própria vida.

A queda da produtividade e doenças vinculadas ao coronavírus têm tido um alto custo ao Governo da República. Milhares de portugueses estão desempregados, um drama que atinge cada vez mais pessoas. Mas quais são as consequências para a saúde de quem sofre uma reviravolta na vida?

O trabalho exerce um efeito protetor sobre a saúde, tanto a mental quanto a física. O risco de depressão é muito maior em pessoas inativas e as taxas de suicídio aumentam nos períodos de crise económica.  

Terminado o período de isolamento social, surge agora um novo desafio: o desconfinamento. Começam a surgir questões sobre como lidar com esta nova situação em que já podemos sair de casa, mas em que o vírus Covid-19 continua a propagar-se e a atacar em todas as frentes. 

Mais do que voltar à normalidade, temos de adaptar a normalidade aos tempos em que vivemos. Não é urgente voltar às atividades que concretizávamos antes do aparecimento do vírus, mas sim adquirir novas energias diárias que nos levam à sensação de alívio, tranquilidade e segurança. É dotarmos capital humano de táticas, estratégias e dinâmicas que tragam sossego aos nossos dias, em que o vírus é o inimigo sim, mas não precisamos de viver em guerra permanente.

Não podemos baixar o resguardo, continuar a seguir todas as indicações de segurança: uso da máscara, desinfeção recorrente das mãos, manter o recolhimento ou efetuar apenas saídas ponderadas, evitar o contacto físico com os outros e estar atento ao que nos rodeia.

Desconfinamento, sim! Desligamento, não.

Ilídio Bartolomeu


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