quinta-feira, 23 de setembro de 2021

PARA QUANDO? TRANSCREVO…


 

Cansado de falar sobre os absurdos que são praticados constantemente em alturas de eleições, envergonhado com os vexames praticados pelas sucessivas Juntas de Freguesia associados com os PSD,S e toda a qualidade de fisiológicos de ontem e de hoje, resolvi dar uma palavrinha nas minhas opiniões e transcrever  um texto: Política e Politicalha…

A política fina o espirito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmo, desenvolve nos indivíduos  a atividade , a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura, eleva o merecimento.

Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há dúvida que rima com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado?  Politiquice? Politiquismo?  Politicaria? Politicalha? Neste último. Sim, o sufixo pejorativo é como um estigma, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa.

Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes negam-se, excluem-se, repulsam-se mutuamente.

 A política é de gerir a Vila, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas e tradições responsáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou conjunto de funções do organismo local. É o exercício normal das forças de uma Freguesia consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico do povo negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inflexíveis. A política é a higiene dos povos  saudáveis. A politicalha,  é a malária dos povos de imoralidade que não faz falta a ninguém. 

Ilídio Bartolomeu

1 comentário:

  1. Que os políticos gostam de falar (e realmente precisam falar), e como nós dizemos falam, falam e não dizem nada, todos sabem. O que poucos têm noção é que, na maioria das vezes, as palavras que são ditas nos discursos políticos não são ditas a sorte, mas, ao contrário, exaustivamente pensadas, estudadas e ensaiadas. A essa "arte-técnica" da oratória dá-se o nome de retórica. E, diferentemente do que se imagina, a retórica não é um recurso criado pelo marketing eleitoral

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