Este ano, como todos nós sabemos temos
eleições dia 30 de janeiro de 2022. Este assunto é cheio de oscilações para
muita gente, mas como ela afeta as nossas vidas, temos que nos encher de
cavalheirismo e seguir em frente.
Podemos dizer que os temas políticos são
um insumo básico da nossa cidadania. Se não conversarmos sobre eles e se não
tomarmos uma posição, alguém vai fazer isto por nós.
Em Portugal, o voto ainda não é
obrigatório, e mesmo que pensemos não votar, porque não vale apena
ir às urnas, e que o nosso voto é residual, mesmo assim vale sempre apena!
Mas eu motivado pergunto,
será que é só votar e deixar andar, ou temos que fazer algo mais? Nós sabemos,
como a politica está polarizada entre dois extremos. Não existe outra solução e
temos que, no final, fazer as nossas escolhas.
Estamos numa encruzilhada que nos apontam
dois caminhos, mas só um deles vai ser trilhado por todos nós, a partir dos
votos de metade dos eleitores. Ou seja, de qualquer forma teremos mais uma vez
o Portugal dividido e polarizado qualquer que seja o resultado. Esta
escolha difícil que teremos que fazer, provavelmente,
para a maioria não ser a escolha ideal, mas a possível. Acredito que
muita gente vai depositar o seu voto com sentimento de constrangimento e mesmo
de vergonha.
Como nós definimos os nossos votos? De
forma racional e equilibrada ou como se diz popularmente, votando com o
desleixo?
Muitas vezes não escolhemos aquele
candidato que consideremos o melhor, mas o que rejeitamos menos. Nestas
escolhas pesam valores que são pessoais e subjetivos, mas também detalhes
importantes como conhecimento sobre a realidade vai afetar as nossas
vidas.
Muita gente custa a entender que a
realidade não é a que desejamos, mas a que está posta á nossa frente e com a
qual temos de lidar, qualquer que sejam os resultados das urnas.
Pessoalmente eu prefiro votar num
candidato moderado que consiga a façanha de unir o país em torno de um projeto
de crescimento sustentável, justiça social, prosperidade e paz para se viver e
trabalhar.
Acho que hoje, isto é uma utopia. As
opções estão postas em cima da mesa, representadas de um lado por: António
Costa e de outro por Rui Rio. A mesa está posta… Sentem-se senhores e senhoras
e sirvam-se. De qualquer forma, qualquer que seja o lado que se vote, ou mesmo
que se vote em branco, ou ainda que se isente das urnas, o que devemos ver a
seguir pelos próximos quatro anos, é uma democracia envergonhada. Senão em
completa indigestão. Ainda assim uma democracia.
Vamos todos votar…
Ilídio Bartolomeu
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