sábado, 29 de janeiro de 2022

DECISÃO ENVERGONHADA…

 

Este ano, como todos nós sabemos temos eleições dia 30 de janeiro de 2022. Este assunto é cheio de oscilações para muita gente, mas como ela afeta as nossas vidas, temos que nos encher de cavalheirismo e seguir em frente.

Podemos dizer que os temas políticos são um insumo básico da nossa cidadania. Se não conversarmos sobre eles e se não tomarmos uma posição, alguém vai fazer isto por nós.

Em Portugal, o voto ainda não é obrigatório,  e mesmo que pensemos não votar, porque não vale apena ir às urnas, e que o nosso voto é residual, mesmo assim vale sempre apena!

 Mas eu  motivado pergunto, será que é só votar e deixar andar, ou temos que fazer algo mais? Nós sabemos, como a politica está polarizada entre dois extremos. Não existe outra solução e temos que, no final, fazer as nossas escolhas.

Estamos numa encruzilhada que nos apontam dois caminhos, mas só um deles vai ser trilhado por todos nós, a partir dos votos de metade dos eleitores. Ou seja, de qualquer forma teremos mais uma vez o Portugal dividido e polarizado qualquer que seja o resultado. Esta escolha  difícil  que teremos que fazer, provavelmente, para a maioria não ser a escolha  ideal, mas a possível. Acredito que muita gente vai depositar o seu voto com sentimento de constrangimento e mesmo de vergonha.

Como nós definimos os nossos votos? De forma racional e equilibrada ou como se diz popularmente, votando com o desleixo?

Muitas vezes não escolhemos aquele candidato que consideremos o melhor, mas o que rejeitamos menos. Nestas escolhas pesam valores que são pessoais e subjetivos, mas também detalhes importantes como conhecimento sobre a realidade  vai afetar as nossas vidas.

Muita gente custa a entender que a realidade não é a que desejamos, mas a que está posta á nossa frente e com a qual temos de lidar, qualquer que sejam os resultados das urnas.

Pessoalmente eu prefiro votar num candidato moderado que consiga a façanha de unir o país em torno de um projeto de crescimento sustentável, justiça social, prosperidade e paz para se viver e trabalhar.

Acho que hoje, isto é uma utopia. As opções estão postas em cima da mesa, representadas de um lado por: António Costa e de outro por Rui Rio. A mesa está posta… Sentem-se senhores e senhoras e sirvam-se. De qualquer forma, qualquer que seja o lado que se vote, ou mesmo que se vote em branco, ou ainda que se isente das urnas, o que devemos ver a seguir pelos próximos quatro anos, é uma democracia envergonhada. Senão em completa indigestão. Ainda assim uma democracia.

Vamos todos votar…

Ilídio Bartolomeu

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