quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

ENTÃO, ESTÃO A VER DE QUEM É O BURRO!!!

Afinal o que o burro tinha mesmo era sede. E pelo que dizem ao animal não serve uma água qualquer. Tem de ser cristalina e calma e mesmo assim é conveniente incitá-lo com uma forma de assobio própria. Daí que quando uma pessoa bebia água, por vezes atrombando em rio ou presa, e se lhe queria eufemisticamente chamar burro se lhe assobiava a dita melodia ao que o visado respondia: Nunca a água me amargou quando o diabo me assobiou. E o outro retorquia-lhe: Não fosses tu marrano da pia que já ninguém to dizia.


Era assim mesmo: Para andar: arre e para parar: xó.. O exemplar que vemos na imagem terá acabado a sua jornada. Cabisbaixo tem um ar cansado. Talvez tenha passado a manhã a tocar a roda, dado trazer a melena. Também pode acontecer que olhe o chão em que se vai espojar. Quem poderá entender a vida profunda de um burro?


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