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O Presépio |
“ O Natal é quando o homem quiser”. Na verdade assim é. Fazer bem sem
olhar a quem, qualquer altura é boa, bem vista, bem aceite e digna de realce. A
humanidade aceita e agradece. O Natal, visto como época, efeméride, festa,
aniversário ou algo mais que desconheço, é fruto de uma velha tradição
católica, de há dois mil anos para cá. A sua forma e notoriedade têm sofrido
algumas metamorfoses ao longo do tempo. Antes era visto, puramente, como época
de índole religiosa; hoje de índole religiosa e comercial. Parece absurdo e
blasfémico misturar as duas índoles.
O ambiente envolvente criado pelo marketing é fascinante. Milhões de
lâmpadas a piscar ou constantes em iluminações públicas ou privadas, com
configuração de estrelas, árvores, presépios, renas, colunas ou arcos, é espetacular.
A música nas ruas, avenidas, lojas e centros comerciais, alusiva á época, entra
nos ouvidos com uma doçura, tão grande, que quebra qualquer coração, por mais duro
que seja. Este marketing, consegue criar um ambiente de amor, de ternura e
tolerância. Com amor e ternura, as pessoas aproximam-se. A troca de prendas é a
prova disso.
As mensagens de Natal, por qualquer
via de comunicação, têm um sabor diferente do que se fossem recebidas fora
desta época. As palavras ou frases podiam ser as mesmas, mas não entoariam da
mesma forma. Não há dúvida, cada coisa na sua época. Ao contrário do que muita
gente pensa, o marketing desenvolvido, á volta do Natal, não prejudica em nada
o seu significado religioso.
Antes, reforça-o. Há mais
solidariedade com os pobres e sem abrigo, oferecendo-lhe uma refeição, decente,
na noite de Natal. Os lares de idosos, hospitais, prisões e outras instituições
de caridade, ou não, fazem a sua festa de Natal. Ninguém fica de fora. Ninguém
é esquecido.
Se o Natal fosse só quando o homem quisesse, pode ser que fosse sempre,
pouca vez, nunca ou se limitasse á consoada em família. Assim, há a garantia de
que pelo menos uma vez por ano, há Natal para todos. Neste caso as índoles
comercial e religiosa combinadas, resultam bem. O resultado desta combinação é
o que de mais sublime se pode encontrar: Amor e solidariedade entre as pessoas.
E, isto é NATAL
BOAS FESTAS
Ilídio Bartolomeu
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