Embora
esteja consagrada no vocabulário desportivo, “vira casacas” é uma expressão
antiga, anterior à existência do futebol. É no campo da política que está a sua
origem, como comentário corrosivo sobre aquela versatilidade oportunista que
leva algumas pessoas a mudar de convicção ao sabor das conveniências.
E
aí estão: alguns bem conhecidos dos Argoselenses. Não sei como há pessoas sem
os mínimos de complacência, que não têm sentido de respeito pelos outros,
respeito pelo património e uns ditadores civilizacionais. São uns verdadeiros artistas de malabarismos vira-casacas:
são uns políticos que se pautam apenas por conveniências e nunca por
convicções.
Afinal,
quando algum desses anunciam o seu descontentamento não está a pensar no
interesse superior de Argoselo, não está a exteriorizar divergências profundas
sobre a condução política e a estratégia do executivo atual: está, apenas e só,
a tentar reforçar a sua posição política no seio dos outros. Já aqui
escrevi por várias vezes que a mudança é perfeitamente justificável e
compreensível, caso seja essa realmente a sua intenção: estas pessoas em Argoselo
praticamente já nada dizem politicamente, sempre do mesmo.
Para
além de que, como eu, os Argoselenses têm um desapego monumental por estas individualidades,
porque nunca reconhecem (nunca reconheceram) nenhum talento político a outros,
pelo que julgam, que quem deverá estar sempre à frente dos destinos de Argoselo
deverão ser sempre eles. Ou seja, não tenhamos qualquer tipo de ilusão: as
divergências entre eles são nulas. O entendimento deles hoje, é apenas uma
prorrogação da rotura definitiva com o atual executivo, e assim de alguma forma
alguém que já exerceu estas funções, está a perfilar-se novamente como salvador,
e evitar o fim brutal e estrondoso desastre do executivo atual, visto por toda
a população como dos piores de sempre apôs o 25 de abril.
De
facto, estas pessoas não gostam nada de perder, e a três meses das eleições, astutos
como são; a estratégia é encontrar logo um esquema maquiavélico para destronar
o adversário nas eleições. Recorde-se que, estes indivíduos sem perceções, quando
se vêm aflitos, vão ser capazes de ultrapassar todos os limites da decência democrática.
Um deles quer candidatar-se a um novo mandato, vai chegar ao ponto desde já começar
a declarar-se às pessoas que nas eleições de outubro votem nele, porque desta vez
vai candidatar-se pelo PS.
Aí
começa a interagir com os próprios candidatos do PS, para que as pessoas achem
que é realmente verdade. Esta será a estratégia, dando a entender as suas
verdadeiras intenções, mas não é de facto; é sim uma miserável fraudulência
espertinha habitual de quem não tem os mínimos escrúpulos de pudor. Isto são
factos que aconteceram noutras situações idênticas, em que por dois votos se
perdem as eleições. Para os menos atentos a última vez foi há oito anos que foi
preciso recontar os votos., lembram-se? É assim que iludem as pessoas pensando
que estão realmente a votarem no PS, quando depois no final é clarinho
candidato pelo PSD. Estas são as jogadas fatais que tem passado pelos pingos da
chuva aos candidatos do PS, que não mais parecem uns moribundos nos atos
eleitorais.
Como
os factos demonstram, eles fazem desta manobra suja um sucesso! De uma
eficácia política tremenda! Enfim...ao contrário dos PSs, os comentadores
habituais destes rapazes sabichões, pretendem fazer crer as divergências
entre eles, mas não é verdade, vão sim diminuir o ruído do desaire deste
mandato atual, e vão querer isso sim, aumentar os mesmos alvos e manobras para
recuperarem a credibilidade dos Argoselenses. Porquê?
Por
uma razão muito simples: sempre que estes tiverem as mesmas posições sobre uma
determinada matéria, o vencedor serão sempre inevitavelmente eles. Isto porque descobrem
a forma de obter vitória em todas as matérias, inutilizando um papel de coesão.
É como as crianças que fazem birra para os pais comprarem um brinquedo ou então
para sair à noite, se os pais cedem uma vez à birra, dificilmente conseguirão
não ceder posteriormente.
Posto
isto, esta opção destas pessoas, é certa e lógica? É uma pura verdade? Não: o
meu primeiro pensamento sobre esta palhaçada toda é que estaremos, de facto,
perante uma atitude incompreensível destes indivíduos. No entanto, se refletirem,
um pouco, conseguem compreender o que estará na cabeça deles. E o pensamento será
o seguinte: o período para Argoselo para eles já esgotou, os Argoselenses perderam
a paciência, e vão com certeza querer uma mudança com outros protagonistas
diferentes em outubro deste ano de eleições.
Até
porque previsivelmente um executivo do PS, vai melhorar, será menos mau do que
o atual executivo: esta vai ser a verdadeira razão pela qual estes vão fazer
este teatro todo! sabem que não querem ser descartados e então vão decidir
fazer jogo sórdido. Agora, nós Argoselenses, que não queremos saber de jogadinhas
politiqueiras, temos que dar oportunidade a outra composição de governança para
Argoselo, confiar neles para querer ver se vamos ter uma melhor gestão que
sirva os interesses de Argoselo e do Povo. É evidente se eu votasse em Argoselo,
jamais votaria nestes bem conhecidos, porque estes já não têm nada para
oferecer e dar, promessas infundadas está o povo cheio, porque se bem nos lembrarmos
o parque de lazer em leitarães caducou. Agora se os Argoselenses querem
palhaçadas politiqueiras com estes protagonistas, já sabem: não podem votar neles.
Estes jamais, em nome da sanidade e da decência da democracia Argoseleira! E esta é a minha opinião! Definitiva…
É tempo
de mudar comportamentos negativos, que evidenciam condutas que devem ser
reavaliadas e modificadas urgentemente, uma vez que estão prejudicando
eventualmente as pessoas que lutam por uma boa causa para Argoselo. Neste
contexto, estas ações são aliadas a manobras menos corretas em democracia. Isto
tem que acabar sob pena de serrem denunciadas.
É
tempo de jogar limpinho, se no futebol vai chegar o vídeo-arbitro, para as
eleições em outubro, também pode chegar o vídeo-olheiro a Argoselo, só assim
poderá acabar algumas poucas vergonhas que nos deixam muito mal vistos a todos.
Eu
já disse aqui algumas vezes que o homem na vida pode mudar de casa, de
carro, de emprego, país, até de sexo, por isso nunca, vai lesar a sua
credibilidade.
Mudar,
é querer acertar na sua melhor decisão e para de alguma maneira contribuir
também para melhorar o bem comum.
O
termo “Vira-casacas”, designa alguém que de um momento para o outro ou após um
período rápido de reflexão, mudou de opinião relativamente a algo ou alguém por
conveniência própria.
Ilídio
Bartolomeu
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