Muito se tem
falado em desertificação do interior do País, mas eu vou falar e concentrar-me
mais no meu Concelho, que é Vimioso.
Desertificação
é um fenômeno em que uma determinada região é transformada em deserto, através
da ação humana e do solo. Na última década vem ocorrendo um significativo
aumento do processo de desertificação no Concelho de Vimioso.
O caso mais
evidente desse processo está nas aldeias, o problema cresce de forma
assustadora, as causas são (ações humanas). No concelho de Vimioso aconteceu e
acontece atualmente o migrar de pessoas para outras áreas em decorrência deste
problema ambiental.
Para impedir o
avanço ou para modificar a situação de um problema tão grave que é a
desertificação, são necessários, sobretudo, recursos financeiros, aplicação de
tecnologias e vontade política, mas há um inconveniente, a Autarquia de Vimioso
sofre alguns problemas financeiros, não consegue sequer dar às suas populações
as suficientes políticas sociais e recreativas.
O constante
crescimento do processo de desertificação, avança e vai contribuir para agravar
ainda mais as mazelas sociais presentes das gentes das aldeias, como aumento do
desemprego numa região que possui um dos (índice de desenvolvimento humano).
Com isso a
economia desta região também é abalada, já que ocorre a diminuição de consumo e
de produção, fatores que influenciam diretamente na arrecadação de impostos,
fragilizando o município e tornando-o um concelho pobre. Em Portugal a pobreza
concentra-se mais em áreas desertificadas ou suscetíveis a isso.
Desta forma, o
processo tem afetado diretamente a população humana, já que com o processo
migratório foi muito forte e deveu-se à falta de emprego, ocasionada,
principalmente, pela baixa produção e diminuição do investimento de empresas no
concelho.
Podemos
destacar também a seca dos solos, intensificação do processo destruidor,
redução da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos, diminuição na
fertilidade e produtividade do solo e redução das terras agricultáveis.
A consequência
na economia local pode ser a falta de pessoas para trabalhar e também pode ser
vista na desvalorização das terras que sofrem esse processo de desertificação,
por se tornarem improdutivas, as pessoas não vêm utilidade nelas. Causando
assim grandes prejuízos, por isso as pessoas não as desmatam para fazer uso
delas.
Ao contrário do
que se possa pensar, a desertificação não é apenas um problema do Concelho de
Vimioso. Os seus efeitos transcendem largamente a outros Concelhos que estão a
provocar uma crescente desertificação nessas zonas.
Reduzir as
assimetrias locais, contrariar a desertificação e o despovoamento do
território, são objetivos que, para serem atingidos, exigem uma política de
desenvolvimento integrada que assente na defesa dos serviços públicos de
proximidade (na saúde, educação e apoio social), na valorização da produção
regional e no apoio aos sectores produtivos, que tenha em conta a valorização
duma rede de transporte assegurado entre aldeias do Concelho capaz de garantir
o direito à mobilidade das populações.
Isto se o
Executivo de Vimioso tiver poder reivindicativo perante o governo central,
doutra maneira reconheço não terem possibilidade de concretizar.
Há cerca de um
ano e meio, a Liga para à Proteção da Natureza lançava o alerta: Portugal, é um
dos países mais suscetíveis à desertificação em resultado das condições
climatéricas e geológicas em consequência dos fogos e do tipo de cobertura
vegetal, mas também em resultado do modelo de ordenamento do território.
No entanto, foi
opinião dos ambientalistas portugueses que esta Acão Nacional de Combate à
Desertificação, que há uns anos disse, e que ainda hoje largamente permanece
inoperacional, quer do ponto de vista da aplicação das medidas, quer da
participação ativa das populações na sua implementação.
Todos nós
munícipes lamentamos o despovoamento e a desertificação do nosso Concelho, mas
o que temos de assumir é que o envelhecimento, o empobrecimento e o
despovoamento das nossas aldeias do concelho de Vimioso têm várias causas. Mas
também dizer: Não há maldição que não pese sobre a nossa região, que não tenha
explicação as políticas contrárias ao desenvolvimento equilibrado e ao
desinteresse das populações por pate dos nossos representantes, que têm
governado a seu belo prazer o nosso Concelho.
Ilídio
Bartolomeu
gostei muito do texto e das conclusões, que subscrevo completamente.
ResponderEliminarcaloroso abraço