sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

SEJA DIFERENTE: NÃO DERRUBE, AJUDE A LEVANTAR…

Consolar alguém que está triste pode fazer com que se sinta impotente. Na maioria das vezes, se não consegue fazer nada para ajudar outra pessoa, todavia, o simples fato de estar disponível e disposto a ouvi-la é o passo mais importante a ser dado.

Certamente já passou por algum momento difícil na vida, e nesse momento foi muito importante o apoio emocional da família, amigos e colegas de trabalho, para lhe dar ânimo e conforto para superar a situação, não é verdade? Já em algum momento da sua vida viu um familiar, uma pessoa querida, ou um conhecido a passar por uma situação difícil e quis apoiá-lo de alguma forma?

Quase todas as pessoas tendem a sentir compaixão e empatia pelos outros, por isso nós temos o impulso e o desejo de ajudar a aliviar a dor de quem está a passar por um momento menos bom. A existência desses impulsos e desejos de ajudar as pessoas pode ser notados em indivíduos de idades e culturas diferentes, e nesse sentido torna-se algo inerente á condição humana.

No entanto o que varia de pessoa para pessoa é como esse desejo de ajudar se expressa. Há pessoas que tem elevada motivação altruísta e há pessoas que são levadas por autointeresse. Nestes casos a sociologia reconhece a existência de um antagonismo sobre o altruísmo. Existem diversos motivos que nos impulsionam a querer ajudar as pessoas.

Existem pessoas que ajudam os outros por motivação egoísta e para obter alguma recompensa, como o reconhecimento social por exemplo. Ou por sentir satisfação em fazer o bem, para não se sentir culpado ou simplesmente pela ativação empática diante do sofrimento alheio.

Embora todos nós saibamos que independente do motivo para ajudar, o nosso desejo é confortar e aliviar a dor do outro, então temos que ser coerentes com aquilo que sentimos e falamos. Ou seja, é preciso ter congruência entre aquilo que expressamos verbalmente e aquilo que mostramos através das atitudes.

É claro, não existe uma receita definida para apoiar e confortar uma pessoa, não é verdade? Sabemos que existem muitas maneiras de se fazer isso, mas algumas pessoas ficam completamente perdidas e sem saber o que fazer e como lidar quando se deparam com uma situação em que seria importante, apoiar e consolar uma pessoa.

Quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós...

Um abraço sincero e afetuoso pode transmitir o nosso desejo de ajudar e aliviar a dor alheia, tornando-nos mais próximos da pessoa. Não falo do abraço social que damos no dia-a-dia quando cumprimentamos um amigo, mas um abraço, apertado, que faz a pessoa sentir-se confortável, acolhida e protegida.  Vale lembrar que o abraço não substitui o afeto passado pelas palavras, um abraço sincero e afetuoso é sempre positivo!

Há uma crescente tendência do egoísmo em detrimento da ajuda ao próximo, conhecido ou desconhecido, uma tendência que é preciso contrariar. É preciso lutar contra o egoísmo, a inveja e a ganância. Como? Dar mais de nós aos outros. Porquê? Ao estender a mão a outro ser humano vai sentir-se melhor consigo próprio; vai melhorar algum aspeto da vida dessa pessoa, nem que seja apenas naquele momento. A compaixão é contagiosa, e o mundo torna-se muito melhor.

A solidariedade é contagiosa. Contagie e deixe-se contagiar…

 

Ilídio Bartolomeu

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