Consolar alguém
que está triste pode fazer com que se sinta impotente. Na maioria das vezes, se
não consegue fazer nada para ajudar outra pessoa, todavia, o simples fato de
estar disponível e disposto a ouvi-la é o passo mais importante a ser dado.
Certamente já
passou por algum momento difícil na vida, e nesse momento foi muito importante
o apoio emocional da família, amigos e colegas de trabalho, para lhe dar ânimo
e conforto para superar a situação, não é verdade? Já em algum momento da sua
vida viu um familiar, uma pessoa querida, ou um conhecido a passar por uma
situação difícil e quis apoiá-lo de alguma forma?
Quase todas as
pessoas tendem a sentir compaixão e empatia pelos outros, por isso nós temos o
impulso e o desejo de ajudar a aliviar a dor de quem está a passar por um
momento menos bom. A existência desses impulsos e desejos de ajudar as
pessoas pode ser notados em indivíduos de idades e culturas diferentes, e nesse
sentido torna-se algo inerente á condição humana.
No entanto o
que varia de pessoa para pessoa é como esse desejo de ajudar se expressa. Há
pessoas que tem elevada motivação altruísta e há pessoas que são levadas por
autointeresse. Nestes casos a sociologia reconhece a existência de um
antagonismo sobre o altruísmo. Existem diversos motivos que nos impulsionam a
querer ajudar as pessoas.
Existem pessoas
que ajudam os outros por motivação egoísta e para obter alguma recompensa, como
o reconhecimento social por exemplo. Ou por sentir satisfação em fazer o bem,
para não se sentir culpado ou simplesmente pela ativação empática diante do sofrimento
alheio.
Embora todos
nós saibamos que independente do motivo para ajudar, o nosso desejo é confortar
e aliviar a dor do outro, então temos que ser coerentes com aquilo que sentimos
e falamos. Ou seja, é preciso ter congruência entre aquilo que expressamos
verbalmente e aquilo que mostramos através das atitudes.
É claro, não
existe uma receita definida para apoiar e confortar uma pessoa, não é verdade?
Sabemos que existem muitas maneiras de se fazer isso, mas algumas pessoas ficam
completamente perdidas e sem saber o que fazer e como lidar quando
se deparam com uma situação em que seria importante, apoiar e consolar uma
pessoa.
Quando somos
bons para os outros, somos ainda melhores para nós...
Um abraço
sincero e afetuoso pode transmitir o nosso desejo de ajudar e aliviar a dor
alheia, tornando-nos mais próximos da pessoa. Não falo do abraço social que
damos no dia-a-dia quando cumprimentamos um amigo, mas um abraço, apertado, que
faz a pessoa sentir-se confortável, acolhida e protegida. Vale lembrar
que o abraço não substitui o afeto passado pelas palavras, um abraço sincero e
afetuoso é sempre positivo!
Há uma
crescente tendência do egoísmo em detrimento da ajuda ao próximo, conhecido ou
desconhecido, uma tendência que é preciso contrariar. É preciso lutar contra o
egoísmo, a inveja e a ganância. Como? Dar mais de nós aos outros. Porquê? Ao
estender a mão a outro ser humano vai sentir-se melhor consigo próprio; vai
melhorar algum aspeto da vida dessa pessoa, nem que seja apenas naquele
momento. A compaixão é contagiosa, e o mundo torna-se muito melhor.
A solidariedade
é contagiosa. Contagie e deixe-se contagiar…
Ilídio
Bartolomeu
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