Existe um
despertar saudosista em algumas pessoas de Argaselo que continuam a não
valorizar as suas origens…
Estas pessoas,
às vezes, são menos argoselenses do que aqueles por motivos vários, foram morar
para outras partes do País.
Há uma
cultura de vira lata na personalidade dessas pessoas que se consideram
patriotas e demagogos qualquer expressão de bairrismo. Tanto que, de um modo
estúpido e sem qualquer explicação que me convença, o termo bairrista ganhou ar
depreciativo. O bairrismo defende os interesses do bairro ou da sua terra tanto
por atitudes de defesa exacerbada e das suas alegadas virtudes, ou por
afinidade, da sua terra natal.
Aqui o
bairrismo está vinculado a uma visão estreita do mundo que menospreza tudo
aquilo que vem de fora. Raramente o bairrismo para estas pessoas é encarado
como uma atitude positiva e orgulho pela sua terra. Alguns diriam que não
há do que se orgulhar. O erro está justamente aí!!!
Uma nova
história não se escreve sem a defesa do conceito e orgulho de uma Terra.
Os patriotas,
consiste em saber que os erros ou falta de atitude do passado não deve
comprometer os anseios do futuro. A história reescreve-se diariamente, tornando
estúpido aquele que aponta as exibições de paixão pela sua terra como
babanquice.
Infelizmente
estes demagogos estão próximos das definições de patriotismo em Argoselo. Estas
pessoas, veem um Argoselo em que a paixão pelas cores existe, como uma matriz
de definição de quatro em quatro anos. Atitudes de exibição de amor pela sua
terra, não existem porque esses sujeitos têm vergonha, e elas têm vergonha
porque são acusados de hipócritas.
A vida é um
misto de admiração e, ao mesmo tempo de indignação. A sensação é de que há uma
significativa distância entre a mente e o coração. O pensamento mostra com
nitidez, o coração nem sempre assimila. É algo que faz pensar; a mente e o
coração não estão em sincronia.
O coração do
manipulador, no entanto parece indomável, autônomo, inquieto. Nem sempre o
emocional atende aos sinais e indicativos da racionalidade. É possível imaginar
que o coração necessite de mais tempo, para compreender o que parece ser óbvio.
A verdade é que
a demagogia leva sempre a tentar mais uma vez, fazendo acreditar mais e mais o
povo, dando outra chance. E assim os de mente fraca têm mais facilidade para
aceitar. O coração do demagogo é quase sempre desobediente. O equilíbrio entre
razão e emoção advém da maturidade. Nem mesmo a idade é capaz por si só, de proporcionar
a verdadeira compreensão dos fatos. As ações destes indivíduos são vacilantes,
uma vez que por momentos ficam sem opções e provocam até algumas deceções. Dar
tempo ao coração para que ele assimile o que a mente já deduziu é uma atitude
louvável. A dificuldade, nessa velocidade que envolve a todos, é firmar o passo
no compasso, espantando a necessidade, acalmar o coração.
Estes demagogos
conseguem pronunciar tantas vezes o amor que têm pela sua terra em 5 dias, de
quatro em quatro anos, do que o resto da população em 1455 dias. Ora, como toda
a gente sabe “é de pequenino que se torce o pepino.” Como quem diz: é logo apôs
a uma legislatura que tem de se preparar a seguinte, e o que é que fazem os
convencidos, deixam andar os 1.455 dias, fazendo o quê?!... Nada!!!! de
nada!!!! Enquanto que aos demagogos, 5 dias chegam para convencerem tudo e
todos sem se preocuparem minimamente com o orgulho e amor à sua terra que o
apregoam em tão pouco tempo...
O homem que ama
a sua terra respeita a sua história. Nascemos e nos transformamos naquilo que o
nosso passado escreveu. De qualquer maneira cabe a nós respeitar isso. Caso não
haja identificação, então fazer algo de novo e gerar uma razão para que o
futuro proporcione motivos para não relembrar os anos que se foram.
E isso só
ocorre, queiram eles ou não, amando e respeitando o seu território. Não se
trata de tolerar uma história, mas molda-la de acordo com seu caráter. E, se
necessário, agir para produzir novas linhas, novos fatos e novos heróis.
O homem precisa
de amar e cuidar da sua terra.
Não se pode
esperar um motivo para ter orgulho. Façam por se orgulhar.
Ilídio Bartolomeu
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