terça-feira, 28 de agosto de 2018

EM DEFESA DO PATRIMÓIO CULTURAL DE ARGOSELO!

Com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a preservação e reconhecimento do património Histórico e Cultural de Argoselo, realizou-se no dia 25 de agosto mais uma Festa da Amizade, iniciativa de há alguns anos das gentes do Bairro de Baixo.
É importante valorizar a Cultura de um Povo. Vou dar neste texto especial destaque ao Património Cultura de Argoselo, passado e presente.
Património cultural, é um instrumento inovador da maior importância, onde há três ou quatro anos pela primeira vez se reconhece que o Património Cultural é uma realidade, envolvendo tradições, cultura e costumes da Nossa Terra, através das gentes do Bairro de Baixo, que não querem esquecer da memória os Usos passados dos seus familiares.
Segundo esta gente diz: é que as diversidades culturais que lhes deixaram devem ser preservadas, respeitadas em harmonização com todos os que se revem neles. E se falarmos de um património comum argoselense como realidade a proteger, a verdade também é que estamos perante uma construção inédita em Argoselo.

O Património Cultural é um conjunto de bens, materiais e imateriais, que são considerados de interesse público e coletivo, relevantes para a perpetuação no tempo. O património faz-nos viajar pelo passado, recordando-o; constitui uma manifestação, um testemunho, uma invocação, uma convocatória do passado. Tem, portanto, a função de relembrar acontecimentos mais importantes da vida de Argoselo; daí a relação com o conceito de memória social.
Por isso, a cultura ganha uma nova importância na vida de Argoselo contemporâneo. O desenvolvimento humano não é compreensível nem realizável sem o reconhecimento do papel da criação cultural, em ligação estreita com a educação e a formação, com a investigação e a ciência. O que distingue o desenvolvimento o atraso, é a cultura e a exigência; numa palavra, a capacidade de não esquecer, mas sim de compreender. Deixou de fazer sentido a oposição entre políticas em Argoselo centradas no Património Histórico, por contraponto à criação atual. A complementaridade é óbvia e necessária. Basta olharmos os grandes marcos da presença humana ao longo do tempo para percebermos que em Agoselo praticamente não há uma simbiose de influências entre o poder local e o povo, de diversas épocas, aliando Património material e imaterial e herança.

Uma das preocupações passadas dos argoselenses, deveriam ter procedido à preservação do seu Património Cultural e memória social, com vista à construção da identidade do Povo. Compete-nos a todos nós agora salvaguardar o património coletivo, sendo também agentes ativos na construção do saber, registando as nossas tradições individuais e familiares, em prol da geração vindoura. O que fazemos no nosso presente deve ser efetivamente inscrito para mais tarde ser relembrado. Sabendo a nossa cultura, compreenderemos a importância de mantê-la viva na memória, protegê-la e valorizá-la, como forma de preservar o que somos, as nossas características, a nossa identidade. A identidade implica um sentimento de pertença a um determinado grupo étnico, cultural, religioso, de acordo com a perceção da diferença e da semelhança entre o “eu” e o “outro”, “nós” e os “outros”.
Em defesa do Património Histórico-Cultural de Argoselo, o Sr. Nuno Granjo, ofereceu uma casa antiga graciosamente ao abrigo de um protocolo com a Câmara Municipal de Vimioso, que amavelmente se dispôs ajudar a reconstrui-la, para que os associados tenham uma sede que é tão necessária e desejada. Assim estes promotores do Património-Cultural, passam a ter um espaço próprio para as reuniões dos seus corpos diretivos e para guardar o seu próprio espólio, que tem ficado ano apôs ano, arrumado num espaço cedido pelos Próprios.

Esta sede será “sobretudo um espaço de trabalho”, explicando que servirá para reuniões, pequenos eventos e palestras, ou ações de formação. Até agora os eventos têm sido organizados pelos associados no Largo do Sagrado onde há capacidade para acolher a muita gente que assiste ao espetáculo. Também como novidade, fica o facto dos defensores do património argoselense estarem a preparar para formar uma Associação para que legalmente possa fazer-se assinaturas de protocolos com a Junta de Freguesia e a Câmara de Vimioso. É claro que tudo isto precisa de um percurso!
“A ação destes associados sempre tem sido muito centrada no Bairro de Baixo, onde não falta património para estudar e defender, mas há muito trabalho para fazer em toda a freguesia, que tem um passado que é preciso estudar, conhecer e pensar em recupera-lo, que por ignorância ou por economicismo deixaram-no soterrar ”. Sei que Isto está no vosso horizonte, desenvolver uma exigência para que este vasto património que os vossos antepassados deixaram, seja possível pô-lo à vista de todos. Vocês sabem muito bem do que estou a falar. Por isso, quando Associação, mais que ninguém têm o dever de reclamar aquilo que vos dá direito. Os “Pelames são Património Cultural de um bem, material e imaterial, considerado relevante e de interesse público, podendo ser uma riqueza incalculável para a Vila de Argoselo”.
 A verdade é que estas pessoas não se cansam em relembrar as experiencias e ensinamentos dos seus Familiares, ao que estes também os querem transmitir aos seus filhos como legado. O facto de não terem tido até hoje sede, não tem sido impeditivo os associados de realizarem atividades deversicadas: exposições, fotografias, vídeos e teatro em cada ano, no dia da FESTA DA AMIZADE.

Certamente será uma referência para todos aqueles que pretendem preservar a memória desta tradição, em nome dos ideais e da identidade cultural. Agradecer é uma das coisas que acabam ficando esquecidas no decorrer do dia-a-dia. Pode ser por um simples favor ou por uma grande atitude, mas o agradecimento nunca deve ser esquecido. Assim, endereço esta mensagem de agradecimento a todos vocês mas, deixem-me dar um agradecimento especial ao meu grande amigo Nuno Granjo o convite que me endereçou em nome de todos vós; fico muito grato, como devem saber a minha mobilidade não me permitia estar presente. Esta minha mensagem pode ser uma forma simples de vos dar algum alento para “criardes em Argoselo, por exemplo, formarem a Associação Cultural do Peliqueiro ”.

A identidade de um povo está na sua cultura. Podemos entender como tudo aquilo que é construído pelo ser humano. Inclui os mitos, símbolos, ritos, todas as crenças, todo o conjunto de conhecimentos e todo o comportamento etc. Portanto, conhecer e valorizar a nossa cultura Argoselense, são autoafirmações do que somos!...
 “A alma de um povo é a sua cultura que todos devemos manter”…
Os meus parabéns e o meu muito obrigado e continuem, porque estão no bom caminho…


Ilídio Bartolomeu




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