Muitos pais já
passaram ou estão a passar pela experiência de serem “esquecidos” por
alguns “filhos,” que nos dias mais difíceis das suas vidas fogem. São nesses
dias, que esses “filhos” desaparecem de uma maneira tão cruel, no qual estes
Pais se perguntam, o porquê de tal atitude. Esses "filhos,"
simplesmente abalam sem dizerem nada. Isso deixa o Pai ou a Mãe triste, pois
tal atitude faz com que estes se sintam rejeitados por quem acreditavam serem
seus amigos. Isso é tão serio, que muitos nesse momento encontram-se
feridos, tristes, frustrados e até revoltados com os que se diziam “amigos dos
seus Pais”. É tão bom, quando os nossos olhos são abertos, para entender
que NADA é em vão, mas que TUDO coopera para o bem das
nossas vidas.
Todos os Pais
necessitam sentir-se amados pelos seus filhos em certos momentos. Precisam
saber, que podem receber carinho, quando carecem que alguém os admira, e que
dentro da família todos possam sentir isso, mesmo com todos os defeitos que
esses pais possam ter. No seio de uma família, qualquer membro se sentirá amado
e aceita, por mais rude que a família seja, por mais terrível que seja, o seu
erro (após passado o primeiro momento de aborrecimento que estes provoquem).
Os Pais sempre
apoiarão os filhos, em tudo que eles fazem, desde que as coisas sejam razoáveis
(dentro das regras familiares), visto serem eles que provocam o sentimento de
conforto e segurança dos filhos.
Cabe aos Pais
educar os seus filhos, para que no futuro eles possam cuidar de si mesmo,
ensinando e passando-lhes os seus exemplos. A educação implica o uso de
autoridade para estabelecer limites; dar ordem e proibir o indispensávei, que
possibilite às crianças o controle dos seus impulsos: todas as crianças nascem
egoístas; elas passam a respeitar as outras através da educação e da
disciplina, mas, principalmente pelo exemplo dos Pais.
Quando crianças
são os Pais, que decidem o “onde”, “quando” e “como”. Dessa forma tem grande
controlo sobre os seus filhos, por eles tomam as decisões que consideram
corretas. Os pais apreciam esse certo controlo que possuem sobre os filhos, em
muitos momentos sentem-se felizes com essa dependência que seus filhos têm.
Mas. quando a criança chega ao estágio de adolescência, os Pais não têm tanto
controle dos filhos, eles muitas vezes sentem-se desesperados. Quantos Pais não
dizem, que sentem saudade da época que os seus filhos eram apenas bebês?
Admitir que o seu filho cresceu, equivale a reconhecer que ele está a ficar
mais velho. Muitos Pais não se conformam que perderam o “posto” de herói
insubstituível do filho, não conseguem suportar o olhar crítico dos jovens.
Há pais que
começam a controlar exageradamente a vida dos filhos já adolescentes, como se
pudessem com isso, fazer com que eles voltem a ser crianças: não respeitam a
sua privacidade, querem participar da vida deles de forma integral, usam para o
controle deles, os perigos que existem nessa idade.
O problema
muitas das vezes não está apenas nos pais, também está nos filhos. Os filhos
por certa ignorância, não querem ouvir os seus Pais, acham que sempre estão
certos, que tem experiência de vida o suficiente para comandar o seu próprio
destino. A impaciência dos filhos com os Pais é muito grande nos dias de hoje,
muitas vezes fazendo com que os Pais sofram agressões dos seus próprios filhos.
Está claro que existem alguns Pais que criam os seus filhos com alguma
impaciência. Como acham que essa foi a única coisa que os seus Pais lhes
ensinaram, eles poderão trata-los com esses mesmos sentimentos no futuro. Mas
isso não justifica as maldades que muitos filhos fazem com os Pais, como dar
respostas “mal-educadas”, resmungar, bater e até mesmo matar. Muitas destas
coisas vêm de influências externas, como colegas, que agem dessa mesma forma
com seus Pais, mas também vem do interior da própria casa, do controle que os
pais têm dos filhos.
Mas não é espancando, mal tratando que se
resolvem as coisas. Se os Pais tratarem mal os seus filhos, batendo
demasiadamente, e insultando,… Sinto muito, mas não esperem que eles vos vão
tratar bem no futuro, pois os vossos filhos tendem a agir da forma como foram
ensinados. Claro que em certos momentos umas boas palmadas ajudam, pois as
crianças têm que criar nas suas mentes que para toda ação existe uma
consequência, mas a conversa e o diálogo nesse momento é muito mais essencial
do que qualquer outra coisa.
O maior papel
dos pais é educar, compreender e dialogar sempre com seus filhos. E o papel dos
filhos é ouvir, respeitar e ter paciência com seus pais, porque muitas vezes,
por pior que isso possa parecer, eles sempre estão certos. Pai e Mãe são seres
visionários com a missão de cuidar, educar e proteger os filhos, mas isso não
significa que fica só por aí. Com o passar dos anos, a retribuição passa a ser
natural, ou deveria, fazendo com que a velhice dos Pais seja um
lugar de paz e muito amor.
Ilídio
Bartolomeu
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