A Dignidade de
um homem, depende dos princípios e ideais que ele adota, que ele inclui e
assimila.
As leis de um
país são de acordo com o povo. E esse povo, seguindo os caminhos
disponibilizados por Deus, a inteligência suprema, de forma positiva,
harmônica, justa, vai construindo a sua identidade, se a sua dignidade for
positiva. O modo como é sentida a dignidade varia de pessoa para pessoa, mas,
as bases fundamentais são as mesmas em todas as criaturas.
Podemos manter
a nossa dignidade enquanto cidadão, pagando corretamente os nossos impostos,
mas os gestores públicos podem perder a dignidade quando usam esse dinheiro de
forma criminosa, aplicando atos de corrupção. O funcionário que recolhe os
impostos por força da lei e da obrigação, pode manter a sua dignidade
valorizada no respeito àqueles que entregam as suas contribuições, reconhecendo
como sendo o suor do rosto deles. Isso é uma forma de caridade, para aquele que
é subjugado para servir de escravo aos gestores corruptos. A caridade é uma
forma de amor, é importante para construir um caráter puro.
Podemos ter
ideais, que ultrapassem as fronteiras do homem comum. Isso é bom, mas cuidado!
As ideias faraônicas, deixam estampar nas estruturas vitais a feição de
grandeza. Por isso é preciso ter maiores cuidados, pois as criações mentais
podem-nos perseguir, tomando a maior parte do nosso tempo de trabalho e de
repouso. Todos os esforços têm uma sequência, que o tempo domina, nada foge
dessa lei. Vejamos; Não queiramos coisas grandes demais, sem começar pelas
pequenas, que formam o alicerce, pois assim é tudo o que existe.
Tudo no
universo, inclusive a Terra, é bafejada pela luz de Deus, agora com mais
intensidade em função do grande número de consciências que começam a despertar
as origens climáticas. Somente as gerações do futuro se certificarão, pela fé e
pela ciência, da verdade que acabaremos por perceber. A decência, no
meio em que ora vivemos, é obrigada a despir-se das roupas da imposição
interesseira. Ela não pode aceitar as escumalhas da mentira autoritária para
satisfazer a arrogância e a brutalidade.
Honra,
dignidade e honestidade diante dos nossos compromissos, à luz do amor,
haveremos de encontrar muitas e muitas oportunidades de testar o coração na
dignidade pura, porque aquele que se aproxima da verdade sofre primeiro as
consequências da mentira e do engano.
Trabalhar com
dignidade é condição essencial, não somente pela manutenção financeira, mas
pela dignificação da vida de outrem. Trabalhar constitui-se numa parte
importante da vida e vai além do ganha-pão. Tem a ver com realização pessoal,
com o sentir-se útil e encontrar sentido em todos dias. A importância do
trabalho na vida do ser humano vai muito além do facto de que, através dele,
satisfazemos as nossas necessidades básicas.
O
trabalho por si só, é revelador da nossa humanidade, uma vez que possibilita
ação transformadora sobre a natureza e de si mesmo. Além disso, a nossa
capacidade inventiva e criadora é exteriorizada através do ofício que
realizamos.
Tão importante
quando desempenhar o seu ofício é gostar do que faz. Quem realiza o seu
trabalho sem estar contente com o que executa, certamente não terá empenho e a
sua produção será menor, além da tendência ao desenvolvimento da sua
capacidade. Trabalhar sem sentir prazer é sinônimo de sofrimento de quem não
percebe nada do que está a idealizar, um trabalho que não seja considerado gerador
de bem-estar trará mais prejuízos do que benefícios.
Não é
possível que um trabalho, ao causar dores de cabeça, cumpra a sua função de
dignificar o homem. A gênese do sofrimento pelo trabalho está por exemplo,
relacionada a fatores como conflitos constantes entre líderes e liderados,
ausência de espaço para discussão, expressão e resolução de problemas.
Todos os que se
interessam pela verdade, foram chamados e escolhidos por uma força maior para
que, por esse meio possamos sentir e entender, aperfeiçoando as nossas virtudes
e procurando outras pela luz que acendemos para todos. Compreendamos a
importância de termos a intenção da sinceridade, a vontade de sermos grandes
para ajudar os menores. No entanto, é muito justo que olhemos os meios que
procuramos. É muito nobre que todas as vias sejam lícitas, para que não
venhamos a cair, antes de andar. A honra faz parte das belezas espirituais da
alma, quando ela não exige a destruição nem procura humilhar quem nos ofendem.
“Ninguém
montará em cima de nós se não nos curvarmos.”
Ilídio
Bartolomeu