sexta-feira, 29 de agosto de 2014

FESTA DA AMIZADE 2014


É preciso ser grande para conquistar espaço e admiração. Como ouço dizer em algures por aí, vivemos na ideia que um grande vale mais que um pequeno. “Uma pessoa modesta interessada em deixar algumas imagens da minha terra para memória futuras. Tão só isso…pouca coisa.”
Sou apologista de que as homenagens devem ser feitas em vida. Seja qual for a pessoa em questão homenageada pelo seu trabalho e dedicação do que fez e faz em prol da comunidade. Neste caso confesso que fiquei surpreendido e muito sensibilizado com a homenagem que as gentes do Bairro de Baixo na sua festa dia, 25 de agosto 2014 me fizeram, encarando este gesto com muita satisfação. O que para mim só vai ainda reforçar a estar mais ligado com mais paixão ao trabalho que tenho vindo a fazer, com a disponibilidade de algumas pessoas do povo que se propuseram e concederam algum do seu tempo precioso ajudaram-me nesta tarefa para dar a conhecer o nosso Argoselo através de imagens por este mundo fora. Por tudo isto a minha gratidão aos “peliqueiros” e a toda a gente, aos que já não estão entre nós e aos presentes da Minha Terra.  

O Bairro de Baixo tem levado à prática desde há três anos uma festa intitulada “Os Peliqueiros” para honrar os seus antepassados que foram pessoas com aspirações, com talento, com esperanças e sonhos tiveram sucessos e dificuldades, e pelo seu trabalho duro, dedicação e sacrifícios, querem-lhes prestar estes tributos que se irão eternizar pela comunidade “Peliqueira”. Dizem que vão trabalhar arduamente e tentar passar esta cultura para os seus filhos, assim como fizeram os seus descendentes. Concluem dizendo que dividem sangue e cultura com os seus ancestrais, e é através deles que querem partilhar esta ligação aos que virão suceder.

Lembrar os antepassados é dar-lhes o respeito e o reconhecimento que merecem. Isto permite viver neste mundo, sob a forma de memórias histórias e lições que a vida pode nos ensinar. Todo o mundo quer ser lembrado, e não há razão para acreditar que os nossos antepassados seriam diferentes. Há muitas maneiras de recordar os nossos antepassados, e as seguintes são apenas algumas destas: Mais relevante, conversar com os filhos sobre os seus antepassados, contar histórias interessantes, engraçadas e comoventes que conheçam. Mostrar-lhes fotografias e filmes caseiros se os tiverem, ou incentivá-los a pesquisar na internete, partilhar sempre o que vocês sabem, quem foram eles o que faziam, o que gostavam. Explique tudo isto aos seus filhos, porque os seus antepassados são importantes e porque é bom honrá-los. Na essência, tornar estas pessoas “reais” para os seus filhos é dar-lhes as ferramentas que necessitam para manter contacto com eles, e sentir como se tivessem um relacionamento com quem eles eram.

Também importante, neste âmbito, as gentes do Bairro de Baixo, deixem-me citar três ou quatro voluntariosos; “Nuno Granjo, Domingos e irmão Ferreiras e perdoem-me por não mencionar os mordomos todos”, foram mais longe e realizaram uma festa de arromba, exposição de Peles e Fotografias, onde toda a assistência que por sinal eram à volta de 250 pessoas não faltou os comes e bebes e bailarico todo o dia, 25 de Agosto. Á noite foram exibidos dois filmes que mostraram os nossos antepassados e (outros ainda estão entre nós) os plames e a maneira como se curtiam as peles.
No final, foi nomeada a nova Comissão de “Peliqueiros” para o ano 2015.
Termino citando; porque sou um acérrimo defensor de Argoselo e das suas gentes, temos de ter cada vez mais orgulho dos nossos antepassados e na terra que os viu nascer.
Um abraço amigo a todos.

Ilídio Bartolomeu      

Sem comentários:

Enviar um comentário