O hábito da
leitura é de grande importância para a vida profissional e social dos jovens,
uma vez que a leitura é essencial para um processo de aprendizagem
satisfatório, pois é por meio da leitura que se abrem novos horizontes e
torna-se possível entender e aprofundar conhecimentos sobre o mundo, até atuar
nele efetivando o seu papel como cidadão.
A compreensão
do que se lê depende de uma série de fatores, desde o nível de conhecimentos do
leitor sobre a língua em que o texto está escrito, passando pelo tipo ou género
de texto, pelo vocabulário e pela escrita, pelo tamanho e tipo de letra, até ao
ambiente em que o leitor se encontra e à motivação que este sente pela tarefa
de leitura.
A motivação
prende-se, basicamente, com a vontade e o interesse. Portanto, é algo que pode
ser suscitado por outrem. Assim, não significa o mesmo que gosto. O
prazer sentido na leitura, constitui um estado ou sentimento de satisfação
intrínseco, que não pode ser facilmente induzido em alguém. No entanto, as
crianças e adolescentes podem desenvolver gosto pela leitura se forem
continuamente motivadas para tomar contacto com os livros.
Pensar que
existem um milhão de outras atividades que lhes dão mais prazer do que ler um texto,
o grande leque de coisas para fazer nos dias de hoje é o principal competidor
na corrida do desinteresse pela leitura. Tantas as opções para ocupar o tempo e por
isso, o ato de ler não é realizado por muitas pessoas. Evitando perder a
oportunidade de tornar o ato de ler é algo natural e desmistificado, os
professores contam como é que se faz nas salas de aula para incentivar a
prática aos alunos. “Nas aulas, quando são de literatura, eles fogem da ideia
do clássico. Procuram não adotar os textos em si, mas numa versão adaptada para
que o interesse do aluno tenha em conta.
Vivemos numa
sociedade cada vez mais complexa, com inovações sociais precipitadas e imprevisíveis
alterações. Além disso, o uso veemente das novas tecnologias e a sede por
informações imprime nas pessoas a precisão de adaptabilidade, opinião crítica,
criatividade, competência para a inovação e abertura.
A leitura ponderada
representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que na nossa
sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta
forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao
cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
São muitas as
pessoas que descobriram o prazer de ler graças às sucessivas recomendações por
parte de amigos, que souberam motivá-las através de incentivos vários,
suscitando nelas curiosidade e desejo de descobrir os mundos que os livros
encerram.
Quanto mais aflitos
os jovens se mostrarem perante a falta de vontade de ler, pior. Em vez de ficar
preocupado ou irritado com o facto de se recusar a gastar um pouco do seu tempo
a ler um texto, faça um esforço para se manter calmo e demonstre vontade em
saber ao que se refere o mesmo. A criação de um bom ambiente passa pela
aplicação das estratégias, inclui zelar para que haja serenidade, de maneira a
que tenha condições para se concentrar na leitura.
Se até nós,
adultos, preferimos ver um filme do que a ler o livro, pode ser difícil tentar
explicar a uma criança porque deve ler… Ponha-se no lugar do seu filho e
procure identificar-se com os seus sentimentos. Se o fizer, decerto terá mais
vontade de o ajudar a concentrar-se e a despertar nele a vontade de saber o que
o livro lhe poderá oferecer.
Contudo, tal
atividade não pode ficar restrita apenas na escola, tendo de ser incentivada
também em casa. O ambiente doméstico é o mais propício para combater á falta de
incentivo á leitura, contando com o apoio e incentivo dos pais e responsáveis.
Estes, por
sina, são os maiores colaboradores pela criação do hábito de ler. Entretanto,
por maior que seja o incentivo, apenas ele não é o suficiente. É preciso que as
crianças tenham curiosidade pelo assunto que está lendo. É de grande importância
que as primeiras leituras sejam leves e que proporcionem lazer e satisfação ao
leitor, consolidando assim, de forma mais fácil, o hábito da leitura.
Finalmente,
talvez seja bom sublinhar que também nós, adultos, sentimos por vezes pouca
vontade para fazer leituras extensas e resistência perante a ideia de ler por
obrigação. Os textos são objetos densos, exigentes e pouco atraentes, sobretudo
numa era em que o audiovisual impera, atraindo-nos a todo o momento.
Com base nos
resultados pode-se demonstrar que o interesse pela leitura está precária. Mas
não podemos deixar de salientar que ainda existem jovens e adultos que costumam
procurar os livros não apenas como obrigação, mas como um meio de lazer. Assim
sugere-se mais incentivo às pessoas desde cedo para obterem o hábito da
leitura.
A leitura de um
bom texto é um diálogo incessante: o texto fala e a alma responde.
Tenham um bom
dia. Boa leitura.
Ilídio
Bartolomeu
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