Notícias e mais
noticias sempre as mesmas e más em diversas áreas, sejam os números da
pandemia, da segurança, do ambiente ou a de educação, têm dado o tom em todos
os noticiários, nem um dia escapa sequer.
Confesso a
dificuldade para escrever fugindo desses temas, já tão debatidos em todos os
órgãos de comunicação, uma vez que esses
se tornam assuntos recorrentes nas conversas, como se fosse uma convocação para
entrar nessa discussão.
Tenho então que me valer de factos passados, para não me contaminar com tanta
tragédia.
O passado, o
presente e o futuro, mais não são que um momento aos olhos de Deus, sob cujo o
olhar devemos tentar viver. O tempo e o espaço, a sucessão e a extensão não são
mais do que condições acidentais do pensamento. A imaginação pode transcendê-las,
e passar para uma esfera livre de existências e ideais.
Nesse meu
caminho de vida, aprendi que passado é passado e que a saudade deve ser um
momento brevemente acarinhado. A vida segue sempre para a frente, quando
tentamos arrastar connosco tudo o que passou, cultivando memórias tristes de
tempos idos ou lamentando pelo que se foi, acabamos com uma forte dor nas
costas e perdemos momentos importantes da vida. Sem contar que nos tornamos
chatos e amargurados.
Alguém achou
bom classificar o momento que estamos vivendo como presente e creio que não foi
à toa; o presente é uma dádiva, é a única coisa que temos para que possamos
construir um futuro melhor e um passado
de lembranças (mas só de vez em quando).
Talvez pense
que esta crônica é cheia de matrizes, mas... como lhe digo, conhece alguma forma
maior que a própria vida?
O passado, como
o próprio nome diz, foi uma dádiva do agora, uma oportunidade de viver e
conquistar os sonhos no momento que se
vive. Mas quem se esquece dele jamais conseguirá um futuro dos seus sonhos,
pois o caminho que trilhou para alcançar o que tanto desejou não foi
percorrido, apenas imaginado.
É verdade que dedicamos
tanta energia pensando no passado ou no futuro que não percebemos a rapidez com
que o momento atual passa. É importante pararmos por um segundo e pensar no
número de vezes que nos impedimos de viver no momento presente, apenas por medo
do futuro ou de lembranças passadas.
Ilídio
Bartolomeu
2-12-2020
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