quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

SOU COMO SOU! NÃO SOU IGUAL A NINGUÉM!


 

Penso, falo e escrevo sem receio de retaliações ou interpretações quaisquer (positivas ou negativas). Eu nunca fui comum nem sequer quis ser igual a ninguém. Sou leal, pontual, transparente, atrevido, polêmico, sincero, real e verdadeiro, mas para muitos sou o que quiserem. Tanto faz. Este pequeno texto é uma análise ou retrato de mim mesmo feito com o meu mais sincero pensamento racional.
Ainda hoje ouço clara e nitidamente as palavras da minha mãe quando dizia, sem articular as palavras, parecendo que a valorosa lição da sua mente brilhante, mas sem conhecimento escolar. Em outras palavras ela dizia sem desviar os olhos azuis dos meus:

“Nunca esqueças que tu és a pessoa mais importante da tua vida e que não há amor maior do que o amor próprio. Ama os outros na medida certa e sem medida ama-te incondicionalmente! Não há nada mais poderoso que a autoestima, pois ela nos mostra o nosso verdadeiro valor!  O amor próprio apresenta-nos o esplendoroso brilho que temos, mas não o vislumbramos simplesmente pela ausência de uma justa e necessária valorização pessoal.”
 
Sou seríssimo, não rio de tudo, mas choro em silêncio com as bizarras histórias de maus tratos contra animais, crianças, mulheres, idosos em geral. Canto sob o chuveiro, leio na cama; penso macacadas e escrevo tolices. Não acredito no “Todos são iguais perante a lei”.

“Há um artigo; todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos portugueses e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

 Entendo, salvo outro juízo, que essa é a primeira e mais forte hipocrisia constitucional. Se essa difundida igualdade perante a lei fosse verdadeira, não haveria o juízo privilegiado. Não há como negar que o foro privilegiado é uma quebra do princípio de que todos são iguais perante a lei e que, portanto, estão submetidos a ela da mesma forma. Jovial engano!

E por falar em maus tratos, há muita incoerência em quem defende os animais (Bois, cavalos, cães, gatos, baleias, golfinhos e outros) por exemplo: as “touradas” acham que é um "desporto" selvagem.  Da mesma forma que os “rodeios”, nesses eventos os animais são submetidos a dores incalculáveis, sempre em nome da diversão das pessoas ingénuas, grosseiras e deveras selváticas.

Os defensores dessa selvageria apoiam-se em artigos da Constituição que garantem o respeito às manifestações populares, bem como a difusão da cultura popular. Em contrapartida, a Constituição também incube o poder público de defender a fauna e a flora, impedindo práticas que submetam os animais a crueldade.

Não sou ninguém, sou espoliado. Bebo vinho caro ou barato sem me preocupar com status social ou situação financeira. Falo pouco... Muito pouco. Sou concentrado e, às vezes, a minha tristeza é tanta que não são os olhos que choram, mas o coração que sofrido sangra. O meu lado feroz é manso, pacífico e conservador.

Todas as críticas aos meus, às vezes, insólitos, rebuscados e insulsos escritos são bem-vindas, mas quero avisar: Sou um misto de Anjo e Demônio sob a ótica dos que entendem que me podem julgar! Não costumo fazer juízo de valores.
Quase sempre fico mal quando aconselho, por palavras ou escritos, pessoas obstinadas, inconsequentes, ignorantes. Tenho um forte sentimento de antipatia, aversão, implicância com esses energúmenos. Com eles uso o sentimento mágico ou a palavra forte chamada indiferença.

A verdade é uma só: Se não posso combater ou amenizar o mal afasto-me desse mal (danosa convivência). Mas gosto sim de abraços, mimos, cortesias e respeitos sinceros. No entanto, insulto, falo alto ou baixo e até grito a depender de quem queira ou goste.

Falando dos meus pais, eles nunca me disseram como eu deveria ser ou me proibiam de fazer as coisas que eu quis fazer. Mas sempre que podiam eles diziam-me: repetindo um adágio antigo: " O prazer de fazer o bem, é maior do que recebê-lo”

Nem sempre escutei a minha saudosa mãe! Infelizmente de pequeno fui rude para com ela, talvez por ignorância de criancice,  cria resguardá-la  das pessoas que passavam na rua ouvindo-a, começavam logo a dizer: lá está a “Maria Tiro coitada”. Como eu não  gostava, disparatava com ela para que se cala-se. Guardo muita  mágoa.

A infância e adolescência passaram. Esse passado não volta mais porque o tempo é irreversível! Hoje sou um homem que admira, apoiado na esperança, fé e caridade, imoderadamente, a família, a saúde, a cultura e a paz.

No momento sou a antítese do bem, da luz, do prazer e da esperança.  Sou uma luz difusa que se autorregenera pela força no que acredito ser possível alcançar. Creio viver em eterna provação aceitável apenas porque, às vezes, entendo ter e ser essa força divina da natureza em transformação.
Igual a este texto, algumas das minhas escritas são consideradas difusas, talvez por ter só a quarta classe ou por fazer emergir das entrelinhas ensinamentos fugazes e ousar mergulhar na corrente dos pensamentos indecifráveis a representação do ser em deslumbramento.

Por usurpar de mim mesmo ideias complexas, pontos nevrálgicos, metas intransponíveis e a deixar cúmplice o leitor a inquieta ideia de perseguir essa aventura orgástica, impudica, talvez egoísta ou pervertida, revelada de forma simbólica, subliminal, mas satisfatória e lírica, pelo menos para mim, sou diferente e extremamente indiferente.

Não sou igual a ninguém…

Ilídio Bartolomeu

17-10-2020

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