Sou um homem já com 75 anos, com objetivos e ideais como qualquer outra
pessoa da minha geração. Mas a minha vida é diferente das vidas das outras
pessoas de uma forma muito significativa: faço hemodiálise três vezes por
semana na Clinica Diaverum do Estoril.
Com esta doença
renal crónica e diabetes, estou sujeito a stresse, ansiedade e depressão.
Stress e a depressão ao longo destes cinco anos de diálise,
apresentam-se como sintomas de sensação de tristeza, incapacidade, cansaço
excessivo, falta de concentração, insônia, falta ou aumento anormal de apetite
e desgastado pelas limitações impostas pelo tratamento.
A rotina da
doença renal, fora da hemodiálise, elimina hábitos, que antigamente eram fonte
de socialização e alegria. É penoso sair com amigos e ir a festas sem me poder
alimentar e beber como no passado, antes da doença. O tratamento promove uma
limitação social.
Sabendo destas
frustrações e deste esgotamento em diálise, continua a vida a fazer sentido. A depressão o
medo podem ser ultrapassados; quanto mais se aprender sobre a doença, mais
consciente e confiante fico. A confiança traz-me calma e segurança para
tomar decisões importantes nesta fase.
Sempre que há
uma alteração nas nossas vidas, o stress aumenta: quando estamos pressionados
por problemas graves irritamo-nos mais facilmente, mesmo diante de situações
que habitualmente não nos irritariam. O stress, pode fazer-nos sentir
tristes e cansados, valorizando mais as queixas do que antes. Iniciar uma nova
dieta, a diálise, novos tratamentos, muitos exames e procedimentos podem
aumentar o stress. Mas tudo isto tem a função de nos ajudar a sentir-nos melhor
e a encontrar um novo equilíbrio na vida.
Focada em
assegurar o maior conforto e qualidade dos seus utentes e oferecendo o melhor
atendimento, a Clinica de Hemodiálise Diaverum do Estoril, equipada com a mais
recente tecnologia, é uma unidade de diálise privada, que presta tratamentos de
diálise, com foco no conhecimento técnico e científico dos seus profissionais,
médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde, estão sempre presentes, demonstrando
como são essenciais nas nossas vidas, distribuindo palavras de confiança,
conforto, carinho, dedicação, amor, fé e esperança! No principio passei por fases muito difíceis.
Com a chegada
do Verão, chega também a vontade de fazer uma pausa na rotina diária e
recarregar energias. As férias são uma necessidade, com benefícios para a saúde
física, e emocional, contribuindo assim para o bem-estar geral de cada um de
nós, escolher um local de férias que tenha uma clínica de hemodiálise na
proximidade. Contactar a clínica, com a maior antecedência possível,
solicitando vaga para o período pretendido.
Qualquer viagem
de férias exigirá um planeamento, especialmente se envolver viagens de longa
distância. Normalmente, as minhas férias são em Bragança, pois é lá que que eu tenho casa. No Hospital Distrital,
“ser atendido para fazer hemodiálise dois ou três meses, dizem-me que é
impossível. O insuficiente número de maquinas, (12) é a causa para responder à
quantidade de doentes do concelho, ou então só mesmo se mudar o domicilio para lá.
Fazer dialise em Mirandela ou Mogadouro, está fora de questão, são muitos quilómetros
para andar de carro, é muito cansativo. Enquanto não resolver ir de vez para Bragança, não há
férias.
Como deficiente e portador de uma doença crónica, procuro constantemente
coisas que me deem prazer. A vida como pude aprender é preciosa, e valorizo
verdadeiramente todos os momentos felizes. Mas, acima de tudo, sou uma pessoa
muito determinada e que se esforça para alcançar os seus objetivos,
independentemente o caminho poder ser difícil. Hoje em dia está na moda falar
sobre objetivos. Como defini-los e o que fazer para os concretizar.
Algumas pessoas até participam em aulas de formação sobre desenvolvimento
pessoal, leem e escrevem de forma intensa sobre o assunto ou solicitam
aconselhamento especializado. Todas as
jornadas de diálise são únicas, determinantes e irão transformar a vida diária.
Isto não acontece apenas a quem vive com a doença, mas também afeta quem presta
cuidados e dá apoio durante o percurso.
A minha companheira de luta, no que diz respeito a transformar em realidade
os momentos bons pelos ruins, é muito motivadora. Nos momentos mais difíceis, é custoso encontrar conforto nas
palavras. Por mais do que ela me diga, não será capaz de fazer voltar o tempo
para trás. A vida segue inabalável e cabe a mim juntar os caquinhos. Pode
parecer mentira dizer isto, mas é a verdade: os dias ruins parecem ser mais
longos, mas os momentos bons são a maior parte de minha vida. Na realidade os
bons superam os ruins.
A minha companheira
está sempre pronta para me ajudar a enfrentar este período de turbulência. Este
apoio é de quem me quer ver bem! Ela não gosta de me ver triste! Sabes que podes
contar sempre comigo a teu lado. Eu sempre serei a tua melhor amiga e estarei
aqui para te ouvir, ajudar e apoiar. Tem fé.
Cuidar de
alguém com doença renal crónica (DRC) pode ser uma experiência desafiante e
recompensadora. Pode sentir ansiedade pelo facto de o seu companheiro estar
doente ou por não conseguir dar-lhe a ajuda e apoio de que necessita.
Compreender o impacto deste percurso, os diferentes requisitos do tratamento e
as novas rotinas, prepara-nos para lidar com os desafios e permitir que ambos
vivamos a vida ao máximo.
Lidar com estes
sentimentos não é fácil, mas partilhar e reconhecê-los é essencial para manter
a saúde física e mental ao longo do período em que me encontro a fazer diálise.
Desde que ando
a fazer hemodiálise, “a diálise mudou a minha vida”, mas não mudou a minha
visão sobre a vida. Se não fosse a minha incapacidade de imobilidade, nem me
lembrava que fazia diálise tês vezes por
semana.
É esta a
mensagem de otimismo e de força que quero passar para alentar e motivar outros
doentes em dialise a procurar informação
sobre qual a melhor opção de tratamento, para que possam permanecer o mais
independente e ativos possível. “Algumas pessoas sentem que as suas vidas
acabam quando começam a fazer diálise, mas eu não!”. “Descobri que na verdade é
apenas uma questão de fazer um ajuste mental para poder continuar a viver e permanecer ativo. O que é uma bênção.”
Neste contesto,
quero especificar os meus agradecimentos a toda uma vasta equipa de técnicos da
Clinica Diaverum e à cuidadora minha esposa, que tanto me têm ajudado a
ultrapassar as dificuldades, tornando a diminuir os impactos negativos no corpo
na mente e retomar a alegria de viver!
Vivo a vida e
sinto muita gratidão!
Ilídio Bartolomeu
OS TEUS COMENTÁRIOS SÃO BEM-VINDOS
Admiração, estímulo, solidariedade e agradecimento.
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