quinta-feira, 2 de março de 2023

DIÁLISE NA CLINICA DIAVERUM DO ESTORIL!


 

Sou um homem já com 75 anos, com objetivos e ideais como qualquer outra pessoa da minha geração. Mas a minha vida é diferente das vidas das outras pessoas de uma forma muito significativa: faço hemodiálise três vezes por semana na Clinica Diaverum do Estoril.

Com esta doença renal crónica e diabetes, estou sujeito a stresse, ansiedade e depressão. Stress e a depressão ao longo destes cinco anos de diálise, apresentam-se como sintomas de sensação de tristeza, incapacidade, cansaço excessivo, falta de concentração, insônia, falta ou aumento anormal de apetite e desgastado pelas limitações impostas pelo tratamento.

A rotina da doença renal, fora da hemodiálise, elimina hábitos, que antigamente eram fonte de socialização e alegria. É penoso sair com amigos e ir a festas sem me poder alimentar e beber como no passado, antes da doença. O tratamento promove uma limitação social.

Sabendo destas frustrações e deste esgotamento em diálise, continua  a vida a fazer sentido. A depressão  o medo podem ser ultrapassados; quanto mais se aprender sobre a doença, mais consciente e confiante fico.  A confiança traz-me calma e segurança para tomar decisões importantes nesta fase.

Sempre que há uma alteração nas nossas vidas, o stress aumenta: quando estamos pressionados por problemas graves irritamo-nos mais facilmente, mesmo diante de situações que habitualmente não nos irritariam. O stress, pode fazer-nos sentir tristes e cansados, valorizando mais as queixas do que antes. Iniciar uma nova dieta, a diálise, novos tratamentos, muitos exames e procedimentos podem aumentar o stress. Mas tudo isto tem a função de nos ajudar a sentir-nos melhor e a encontrar um novo equilíbrio na vida.

Focada em assegurar o maior conforto e qualidade dos seus utentes e oferecendo o melhor atendimento, a Clinica de Hemodiálise Diaverum do Estoril, equipada com a mais recente tecnologia, é uma unidade de diálise privada, que presta tratamentos de diálise, com foco no conhecimento técnico e científico dos seus profissionais, médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde, estão sempre presentes, demonstrando como são essenciais nas nossas vidas, distribuindo palavras de confiança, conforto, carinho, dedicação, amor, fé e esperança! No principio  passei por fases muito difíceis.

Com a chegada do Verão, chega também a vontade de fazer uma pausa na rotina diária e recarregar energias. As férias são uma necessidade, com benefícios para a saúde física, e emocional, contribuindo assim para o bem-estar geral de cada um de nós, escolher um local de férias que tenha uma clínica de hemodiálise na proximidade. Contactar a clínica, com a maior antecedência possível, solicitando vaga para o período pretendido.

Qualquer viagem de férias exigirá um planeamento, especialmente se envolver viagens de longa distância. Normalmente, as minhas férias são em Bragança, pois é lá  que que eu tenho casa. No Hospital Distrital, “ser atendido para fazer hemodiálise dois ou três meses, dizem-me que é impossível. O insuficiente número de maquinas, (12) é a causa para responder à quantidade de doentes do concelho, ou então só mesmo se mudar o domicilio para lá. Fazer dialise em Mirandela ou Mogadouro, está fora de questão, são muitos quilómetros para andar de carro, é muito cansativo. Enquanto não  resolver ir de vez para Bragança, não há férias.

Como deficiente e portador de uma doença crónica, procuro constantemente coisas que me deem prazer. A vida como pude aprender é preciosa, e valorizo verdadeiramente todos os momentos felizes. Mas, acima de tudo, sou uma pessoa muito determinada e que se esforça para alcançar os seus objetivos, independentemente o caminho poder ser difícil. Hoje em dia está na moda falar sobre objetivos. Como defini-los e o que fazer para os concretizar.

Algumas pessoas até participam em aulas de formação sobre desenvolvimento pessoal, leem e escrevem de forma intensa sobre o assunto ou solicitam aconselhamento especializado. Todas as jornadas de diálise são únicas, determinantes e irão transformar a vida diária. Isto não acontece apenas a quem vive com a doença, mas também afeta quem presta cuidados e dá apoio durante o percurso.

A minha companheira de luta, no que diz respeito a transformar em realidade os momentos bons pelos ruins, é muito motivadora. Nos momentos mais difíceis, é custoso encontrar conforto nas palavras. Por mais do que ela me diga, não será capaz de fazer voltar o tempo para trás. A vida segue inabalável e cabe a mim juntar os caquinhos. Pode parecer mentira dizer isto, mas é a verdade: os dias ruins parecem ser mais longos, mas os momentos bons são a maior parte de minha vida. Na realidade os bons superam os ruins.

A minha companheira está sempre pronta para me ajudar a enfrentar este período de turbulência. Este apoio é de quem me quer ver bem! Ela não gosta de me ver triste! Sabes que podes contar sempre comigo a teu lado. Eu sempre serei a tua melhor amiga e estarei aqui para te ouvir, ajudar e apoiar. Tem fé.

Cuidar de alguém com doença renal crónica (DRC) pode ser uma experiência desafiante e recompensadora. Pode sentir ansiedade pelo facto de o seu companheiro estar doente ou por não conseguir dar-lhe a ajuda e apoio de que necessita. Compreender o impacto deste percurso, os diferentes requisitos do tratamento e as novas rotinas, prepara-nos para lidar com os desafios e permitir que ambos vivamos a vida ao máximo.

Lidar com estes sentimentos não é fácil, mas partilhar e reconhecê-los é essencial para manter a saúde física e mental ao longo do período em que me encontro a fazer diálise.

Desde que ando a fazer hemodiálise, “a diálise mudou a minha vida”, mas não mudou a minha visão sobre a vida. Se não fosse a minha incapacidade de imobilidade, nem me lembrava que  fazia diálise tês vezes por semana.

É esta a mensagem de otimismo e de força que quero passar para alentar e motivar outros doentes em dialise  a procurar informação sobre qual a melhor opção de tratamento, para que possam permanecer o mais independente e ativos possível. “Algumas pessoas sentem que as suas vidas acabam quando começam a fazer diálise, mas eu não!”. “Descobri que na verdade é apenas uma questão de fazer um ajuste mental para poder continuar a viver e  permanecer ativo. O que é uma bênção.”

Neste contesto, quero especificar os meus agradecimentos a toda uma vasta equipa de técnicos da Clinica Diaverum e à cuidadora minha esposa, que tanto me têm ajudado a ultrapassar as dificuldades, tornando a diminuir os impactos negativos no corpo na mente e  retomar a alegria de viver!

Vivo a vida e sinto muita gratidão!

Ilídio Bartolomeu


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1 comentário:

  1. Manuel Martins Lopes4 de março de 2023 às 08:36

    Admiração, estímulo, solidariedade e agradecimento.

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