Argoselo Vila é o lema para este espaço. O Argoselo dos nossos pais, o nosso Argoselo, dos nossos filhos e dos nossos netos, das histórias em família, dos nossos anseios, dos nossos sonhos, das nossas realidades… As saudades aumentam ao passar do tempo e, o que não é partilhado morre só… Se achar útil este blog São Bartolomeu Freixagosa, siga-me… os comentários são bem-vindos mas, moderados...
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
S. FRUTUOSO ORAGO DE ARGOSELO
S. Frutuoso é o
Orago de Argozelo. A sua festa realizava-se no final de dezembro, mas
ultimamente tem-se apontado para o fim de janeiro – depois das festas de Santo
Amaro e S. Sebastião.
O que é orago?
Patrono, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma
localidade, povoado ou templo (capela, igreja, etc.). A palavra descende de
oráculo.
Algo que sempre
questionei foi o facto de ser S. Frutuoso o Orago de Argozelo e não S.
Bartolomeu. Terá havido um referendo? – Não! Uma votação online? – Ganhava
S. Bartolomeu com certeza!
Outra
explicação difícil de encontrar é porque há apenas 2 Paróquias, em todo o
mundo, cujo padroeiro é este! Duas apenas! A outra paróquia é Pombares – uma
pequena e quase desaparecida localidade do concelho de Bragança.
A história de
S. Frutuoso (Arcebispo de Braga) está associada a Diego Gelmírez, (Clero de
Compostela).
Em 1102, os
restos mortais do santo foram roubados durante a noite pelo pretendente ao
título de primeiro Arcebispo de Compostela, Diego Gelmirez. Ficaram expostas,
como relíquia, na cripta da Catedral de Santiago, episódio conhecido por ‘Pio
Latrocínio’. Esta foi uma das muitas peripécias que alimentaram a rivalidade
entre Braga e Santiago pela primazia dos respetivos Arcebispados.
Foi preciso
esperar pelo ano de 1966 para que as relíquias de S. Frutuoso fossem devolvidas
a Braga e ao seu lugar de origem.
Este roubo não
resulta de mero ato covarde e mesquinho, como consideram muitos bracarenses,
mas como elemento dum plano complexo, de múltiplas peças, um perigoso e
arriscado jogo de xadrez em que Diego Gelmírez conseguiu tornar-se o primeiro
Arcebispo de Compostela, nascendo assim um concorrente de peso na Galiza.
Nesta História
de conflitos Argozelo foi apenas uma simples peça utilizada para registar a História
doutros protagonistas!
Luiz Rodrigues
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
CORRUPÇÃO E O NOSSO DINHEIRO…
Num país como
Portugal em que tanto se fala de corrupção e em que os jornais enchem páginas
com transcrições de escutas telefónicas a suspeitos de corrupção, em que as
televisões enchem telejornais com diretos à porta dos tribunais em dias de
julgamentos de processos de corrupção, lê-se o dossiê e fica-se com a sensação
de que “a montanha pariu um rato”.
Em Portugal os
vigaristas são como a erva daninha a rebentar por tudo quanto é sítio. Pena é
que a justiça não age de forma a que devolvam o que roubaram, e todos na
cadeia.
São inúmeros os
escândalos de corrupção que se sucederam nos últimos anos, alguns com enorme
repercussão na comunicação social. Os factos revelados, implicando empresas
conhecidas e personalidades públicas, estão a contribuir para a criação de um
clima de aparente impunidade que beneficia os mais ricos, que também ou
sobretudo por causa desses atos de corrupção são ricos.
É claro que
indigna o sacrificado cidadão comum, quando vê a sua contribuição ser desviada
de escolas, estradas e hospitais para encher os bolsos de maus indivíduos.
Igualmente danosa é a forma como a corrupção disfarça a capacidade do governo
de ajudar a economia a crescer de modo a beneficiar todos os cidadãos
A minha
perplexidade é saber-se quem são os prevaricadores nos principais casos de
corrupção, tráfico de influências e outros crimes de colarinho
branco. Conhece-se o paradeiro de pelo menos parte dos bens dos
responsáveis pelos buracos da banca e por outras fraudes no sistema financeiro,
sabe-se quem imaginou e beneficiou com os contratos e parcerias ruinosos para o
Estado. Já existe até legislação específica para recuperar os ativos
extorquidos pelos corruptos e vigaristas do regime, grande parte dos quais,
continuam em ambientes de grandes senhores e a passear-se por aí impunemente.
Então porque
não se resgatam os milhões de euros desaparecidos? Porque é que só os
Orçamentos prevê pagar milhões e mais milhões de euros para pagar prejuízos na
banca e noutras empresas destruídas pela corrupção e pela gestão danosa e nada
se faz para ir buscar este dinheiro, não ao bolso dos contribuintes, mas ao
património e às contas bancárias de quem o roubou?…
Que a
investigação a estes corruptos feche todas as Fundações que recebem dinheiro de
Estado. É tempo de atacar a corrupção. Os governos a administração central
acham que devem ficar fechados no escritório, e que não tem obrigação de
fiscalizar as entidades a quem atribuem milhões.
Agora mais um
caso Isabel dos Santos que não sabemos onde irá parar. É a hora de alterar o
paradigma. Como os prevaricadores, em cada caso, estão perfeitamente
identificados e são, sem exceção, multimilionários, o dinheiro está à mercê das
autoridades. Por um lado, porque a legislação sobre recuperação de
ativos permite “o congelamento e a perda dos bens do crime”; e por outro,
porque existe um Gabinete de Recuperação de Ativos, a funcionar no âmbito da
Judiciária, justamente com essa competência.
Agora é hora de
fazermos a nossa parte, denunciando todo indício de corrupção e fiscalizando
sempre aqueles que mexem com o dinheiro público.
Não existe
democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia.
Ilídio Bartolomeu
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
RAÍZES DAS NOSSAS RAÍZES!!!
Somos o reflexo
do que nos rodeia. Dos nossos pais, irmãos, companheiros de vida, amigos,
colegas de trabalho. A pouco e pouco, sem nos darmos conta, vamos ficando
parecidos com aqueles que mais estão connosco e que mais nos
influenciam.
Esta é uma característica sobejamente importante do ser humano, muitas vezes desvalorizada, mas tão fulcral. É daí que advêm os nossos valores, a nossa raça, se de facto temos ou não apetência para determinada tarefa nossa raça, se de facto temos ou não apetência para determinada tarefa
O tempo passa,
as pessoas vão envelhecendo, de repente já estaremos distanciados demais dos
nossos antepassados, das nossas raízes familiares e de todo o convívio que nos
permitiu chegar até onde estamos agora. Mas jamais se esquece.
Ora, não se
pode esquecer as lições de uma boa ou má infância, das traquinices e
brincadeiras que a nossa memória sempre pede para serem lembradas. Mesmo que às
vezes magoe, que aflija por dentro, pelas recordações, lembranças e nostalgias,
ainda assim temos de olhar para trás e descortinar o que há de nós e o que há
dos nossos. que ainda porem ser descortinados.
Não nasci
agora, não vim ao mundo sozinho. Sou filho de pessoas que foram geradas por
outras pessoas, e daí um vínculo consanguíneo e familiar que jamais poderá ser
negado em nome do esquecimento ou da ingratidão.
Meu pai
Adelino, era filho de dona Leonor Machado e de Manuel Bartolomeu. Minha mãe
Maria Granjo, era filha de Bernarda Carvalho e de António granjo. Estes também
tinham as suas raízes, os seus berços familiares. Eu, sou neto deles. O pai do
pai de meu pai, a mãe da mãe de minha mãe, e mais distante ainda, lá longe, nas
lonjuras das nascentes familiares, tudo sendo semeado, vingado, gerado em
outros e outros. Fios da vida que se alongaram até o presente, ainda que muitos
nem sequer percebem que são tão distantes das suas raízes.
Com isto quero
afirmar que a minha presença de agora é um reflexo do ontem, do passado
distante, do que foi brotado pelos meus até que em mim florescesse a vida. Por
isso não posso vislumbrar do presente sem ver as velhas fotografias molduradas
na parede do tempo e do coração. E quanta saudade dá!
Lembro-me,
dentre tantas lembranças e nostalgias, dos santos no céu amadeirado do oratório
da minha mãe, do seu gosto de rezar e cantar e da sua voz firme dizendo assim e
assim. Argoseleira, devota, de rosário de contas e promessas ao Senhor do
Bonfim. Vivia para os santos, para as rezas, para as igrejas, para abençoar
quem passasse pela sua porta e para ver o mundo, ali sentadinha ao entardecer à
porta de sua casa na rua. Em dias de missa, lá ia ela, toda miudinha, levando o
rosário de rezas e crucifixos, de xaile escuro sobre a cabeça, possuía uma voz
tão bela que os anjos se encantavam quando chegava à igreja. Minha mãe, a fina
flor do meu coração. Sem outras palavras para descrevê-la, senão aquelas que
dizem sobre a sua beleza, a sua doçura humana, o seu indistinto amor.
Meu pai
Adelino, era alfaiate, o (chastre de alcunha) era brincalhão, humorado, humano
e familiar. Lembro-me do coração perfumado de meu pai Adelino e da sua
habilidade firme, como a não querer revelar o seu sentimentalismo e a sua
bondade. Relembro a sua alfaiataria com as suas prateleiras, carregadas de
peças de pano, do balcão e da sua máquina singer. Lembro também como era
espinhoso o seu trabalho principalmente no Verão.
Mas eu
gostava mesmo era do chastre cosendo na sua máquina de costura. Inesquecível
aquele Adelino, às noites após o trabalho, saia para a taberna com a sua
pequena bengala coxeando ao encontro dos seus amigos. Logo que pudesse, lá
estava ele a fazer das suas partidas que mais adorava, meter as cascas dos
amendoins e tremoços nos bolsos dos casacos domingueiros dos amigos que lhe
mereciam confiança, sem eles se aperceberem. Depois quando os amigos iam para
casa, trocar de roupa metiam as mãos nos bolsos, encontravam as cascas,
desconfiavam logo e diziam: foi a agulha do chastre. Era assim que os amigos
depois lhe chamavam, por ser brincalhão e amigo dos seus amigos.
E eu, eu sou
uma parte de tudo isso, uma prenda viva de laços familiares, ou aquele que tudo
faz para jamais se afastar daquele jardim de onde floresci. Por isso, quando
olho no espelho vejo-me em muitos. Naqueles outros e aqueles que nem sequer
conheci, mas que em mim estão pela força hereditária.
Não sou apenas
Ilídio. Tenho um nome, mas sou aquele que vem do sobrenome das mais profundas
raízes! Todos vêm das mais profundas raízes!…
Ilídio
Bartolomeu
sábado, 18 de janeiro de 2020
TODOS OS CIDADÃOS TÊM DIREITOS E DEVERES
Para se viver
bem em qualquer comunidade, cada indivíduo deve cumprir as normas instituídas
para o bem-estar de todos. Muitos criticam os legisladores quanto à
discrepância na elaboração de leis que administram as nossas vidas, entretanto,
boas ou más são responsáveis pela “Ordem e Progresso” da sociedade.
A maioria
das pessoas, principalmente as mais jovens, não se interessam pela política
partidária, que é o leme que norteia a embarcação da civilidade rumo ao
princípio doutrinário que caracteriza a estrutura Constitucional do Estado.
Inúmeras
pessoas desconhecem que a política é tão antiga quanto ao homem. Desde os
primórdios dos tempos, houve a necessidade de se viver politicamente agrupados,
haja vista, a descoberta de gravuras rupestres de pessoas desenhadas nas
paredes de cavernas rochosas na era pré-histórica.
Para que
o bem maior do homem fosse preservado, ou seja, que a vida se prolongasse por
mais tempo, o grupo carecia de comando e, para tal, era eleito um chefe. Era
escolhido o mais forte, o mais valente, o mais habilidoso. Com o passar do
tempo, devido à natural evolução é que foi escolhido o mais inteligente, o mais
culto, o mais capacitado por meio do voto.
Lá pelo ano 347
a.C, Aristóteles, pupilo de Platão, já dizia que o homem é um animal político.
Esse ateniense foi quem originou a ideia moderna da democracia, ou seja, regime
político baseado nos princípios da soberania popular.
Devido ao desenvolvimento das sociedades humanas, tornou-se imperioso que se
criasse regras de conduta para estabelecer essa política com maior propriedade,
originando, assim, os preceitos de cidadania, que nada mais é do que o
reconhecimento do direito que o indivíduo tem de viver livre dentro da
circunscrição territorial a qual pertence.
Além das
liberdades individuais e coletivas, o cidadão que conhece bem os seus direitos
e os levam a efeito conscientemente, sabe, também, que para merecê-los carece
de cumprir com os deveres, pois, esses princípios são invioláveis e recíprocos
entre si: dever cumprido/direito adquirido.
Constantemente, deparamos com pessoas mal informadas criticando o Poder
Público, no entanto, muitas vezes, essas censuras são infundadas.
Para criticar é
preciso conhecer. Para conhecer as falhas é preciso conviver com quem as
cometem; é preciso estar lá, junto aos poderes constituídos e, geralmente, quem
julga os atos dos constituintes não se interessam pela política partidária;
estão ausentes dessa espinhosa incumbência. Criticar é fácil; difícil é fazer e
cumprir as normas para uma sociedade mais íntegra e progressista.
Ilídio Bartolomeu
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
SER EMIGRANTE NÃO FOI, NEM É FÁCIL!
Atribuindo-se à
situação crítica que Portugal atravessava nos anos sessenta, muito se falava
acerca da emigração para França, Suíça, Alemanha e outros Países como recurso
de muitos jovens, e não só, que não encontravam trabalho no seu País, e daí
sentirem um alívio para encontrar um novo rumo.
Não se sabia o
que iriam encontrar, nem imaginariam o quanto querer voltar. Levavam na bagagem
a ilusão de uma vida melhor. Mas nem sempre é isso que podem encontrar. Nesta
caminhada pode-se tropeçar em muitas desilusões, deitam-se muitas lágrimas
fora. No fundo tornam-se mais fortes e talvez, com muito esforço e com muita
coragem, muitos alcançaram o seu objetivo.
No tempo
"Salazarista", o Governo tentava impedir essa emigração, que embora
fosse favorável a quem emigrava, era negativo para o progresso do
desenvolvimento e economia do país.
Evidentemente,
emigrar não seria fazer turismo. O prazer de conhecer novas terras e novas
gentes, não seria aquilo com que se deparava. Os sacrifícios começavam logo à
saída, quando se deixava o meio a que se estava acostumado, os amigos e
principalmente a família.
Nos
países de acolhimento, por muito bem recebidos que fossem, apareciam de
imediato outras dificuldades, como o idioma, acomodação, alimentação, e
obviamente a saudade que só o emigrante sabe do seu verdadeiro significado.
O alojamento,
que não é em hotéis de 5 estrelas, é por vezes o que mais se estranha à
chegada, comparando com a casa que deixamos, e à qual estávamos acostumados.
A alimentação,
se não forem os próprios a prepará-la, diferente daquela a que se está habituado,
é um padecimento até que se consiga adaptar a uma nova realidade. Quem não se
fizer acompanhar pela família mais próxima, então o mais mortificante ainda, é
a saudade.
Emigrar ou ser. Imigrante, é uma experiência que requer uma decisão enorme de
coragem e vontade de vencer, quando por motivos tão diversos se é obrigado a
procurar aquilo que o seu País ou a sua terra onde nasceu não lhe pode, ou não
lhe quer dar.
Aqueles que
nunca da sua terra saíram, nunca poderão compreender o que no início é ser imigrante.
Mas também para emigrar há que estar preparado para uma vida diferente, não só
de muitas privações como dedicação ao trabalho, por vezes tão árduo para
aqueles que na sua terra a isso não estavam habituados ou dispostos. Como
se pode verificar, até nos dias de hoje, aqueles que mais úteis poderiam ser ao
seu país, sentem-se repelidos por não verem num futuro próximo melhores
condições de vida na terra onde nasceram, se criaram e se educaram, depois de
os terem enganado com uma faustosa e fictícia forma de viver, isto, nestas
últimas décadas anteriores à situação atual.
Muito eu teria
a contar, sobre os meus primeiros 5 anos em Paris, sobre o que eu passei. Hoje,
graças a Deus, sem arrependimento do passado, sinto-me feliz e realizada.
É da sabedoria
popular que se diz: “Há males que vêm por bem”, e muitos estarão
agradecidos às circunstâncias da altura a deixarem Portugal, para trabalhar e
viver dignamente no estrangeiro ou fora da sua terra, sem que no entanto fossem
indiferentes e insensíveis ao estado em que se encontrava o nosso País de
origem, por consequência do oportunismo torpe do mau Governo que durante 40
anos se dizia Democrático.
Este mundo está
cheio de heróis e heroínas, emigrantes e imigrantes, homens de H grande e
mulheres de M grande que lutam pela vida.
A todos esses homens e mulheres de letra grande, para os que ficaram e para
aqueles que regressaram, desejo a maior sorte, felicidade e força. Parabéns.
Clotilde Brás
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
DEIXEMOS O QUE FOMOS E VAMOS AO QUE SOMOS
As pessoas,
especialmente as mais velhas, adoram falar sobre como as coisas eram diferentes
antigamente. É comum ouvirmos: Ah, no meu tempo era assim.… temos até a
impressão de que antes tudo era melhor, mais fácil, mais agradável. Será que
era mesmo? As pessoas costumam ser saudosistas, mas devemos entender que não
podemos viver no passado nem querer que tudo seja como era antes. Verdade que
devemos admitir que havia coisas melhores nos tempos antigos. Antes, as
crianças brincavam nas ruas e hoje vivem presas aos telemóveis e computadores.
Outra coisa
negativa dos tempos atuais é que hoje as pessoas parecem estar desaprendendo a
arte de conversar. Hoje, fala-se com uma pessoa e ela nem tira os olhos do
telemóvel. Dá mais atenção a alguém que talvez nunca tenha visto pessoalmente
do que um amigo. Isso faz com que sintamos que não nos dão importância e que
alguém de fora é mais importante do que nós. É assim que eu acho.
Porém, temos de
entender que, se algumas coisas mudaram para pior, isso não significa que os
tempos passados eram assim tão bons. Será que rapazes e raparigas de hoje
gostariam de voltar ao tempo em que não se votava, inclusive os pais decidiam
com quem casar as filhas? Isso quando elas não eram mandadas para o
convento.
Alguém gostaria
de viver no tempo em que um filho era escolhido para ficar solteiro para cuidar
dos pais na velhice? Quantas pessoas não devem ter sido infelizes antigamente,
tendo tido de abandonar os seus sonhos de felicidade? Pensemos nos Estados
Unidos e na luta histórica contra o racismo. Que negro iria querer que voltasse
à época em que os negros não podiam frequentar certos lugares e, quando os
autocarros lotavam, os negros tinham que se levantar para ceder o lugar aos
brancos?
Antes, bullying
era considerado uma coisa normal de escola, um “piropo” não era digno de
atenção por parte dos pais, professores e autoridades escolares. Hoje, com o
conhecimento acerca dos danos que o bullying causa na vida da vítima,
discutem-se políticas para combatê-lo. Bater numa mulher já foi uma forma de
discipliná-las. Agora, as mulheres têm direitos e podem denunciar os seus
agressores.
Cada época tem
aspetos negativos e positivos. Nós mudamos porque hoje sabemos o que ninguém
sabia no passado e, no futuro, as pessoas saberão coisas que ignoramos. As
sociedades e pessoas mudam. Muitas vezes, queremos viver no passado,
principalmente se temos boas recordações. Entretanto, não podemos viver presos
às lembranças e costumes da juventude. Tudo passa, inclusive nós. As mudanças
são parte natural da vida.
Existe um
ditado que diz: “O que não tem remédio, remediado está”. Esta frase serve tanto
para a gente se conformar com a realidade (que nem sempre é a que desejamos)
quanto para entendermos que o tempo não volta, que o que aconteceu não deixará
de acontecer, e que o arrependimento ajudam a construir uma existência mais
certeira daqui para a frente…
Ilídio
Bartolomeu
quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
INFORMAÇÕES ÚTEIS SOBRE ATIVIDADES DA NOSSA TERRA.
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Olá, somos
todos Argoselenses. Este é o meu, é o teu, é o nosso blog.
Nele poderemos
encontrar diversos textos, artigos e opiniões; sobre temas variados, produzidos
por nós mesmos.
Vamos ter que
ser muito unidos. Buscar sempre o apoio uns dos outros com muito diálogo e
superar as dificuldades juntos, sejam elas individuais ou coletivas. Vamos
tentar também ser criativos, quando movido por um mesmo interesse, sabermos
trabalhar em equipe e dedicar-nos como ninguém. Correr atrás dos interesses de
Argoselo, pensarmos em soluções, retirar ideias geniais e muito criativas.
Este é um
desafio que vos proponho. Escrever textos, artigos e opiniões no Facebook, só
nos vamos lembrar deles num curto espaço de tempo, depois nada ficará registado
para as novas gerações. É um facto. No NOSSO BLOG, todos os seus textos,
artigos e opiniões, circularão por muitos anos.
Espero que
gostem da ideia deste blog, e que os nossos textos, artigos e opiniões, sejam
feitos com muita dedicação, cuidado e devidamente assinados pelos próprios.
O texto escrito está em toda a parte, e muitas coisas não poderiam existir no
mundo atual sem ele. Ainda assim, são poucas as pessoas que se sentem à vontade
diante da tarefa de escrever um texto e dá-lo à leitura.
A escrita faz marcas. No escritor e nos seus leitores. Longe de ser apenas uma codificação das palavras, é certo que a escrita modifica o pensamento e ajuda a construir explicações sobre o mundo e sobre nós mesmos.
Ora, escrever
não é verbo intransmissível. Escrevemos algo, para alguém, com um objetivo.
Apresentar o texto na sua complexidade e dentro de uma situação comunicativa
genuína, é essencial para o recrutamento dos recursos internos necessários para
produzir um texto. Por isso, é importante que as pessoas tenham contato com
diferentes gêneros textuais ao longo de sua vida, e que os seus textos circulem
entre diferentes leitores.
No entanto, se
é necessário escrever para aprender a escrever, não é
suficiente. Confirmar, além de ser uma prática social, é uma situação
privilegiada para a reflexão sobre a língua e para o desenvolvimento da
autorregulação da aprendizagem.
O
desenvolvimento das ciências da linguagem, da psicologia da educação e da
didática tem revelado o quão complexo é o processo da escrita, bem como a sua
aprendizagem e o seu ensino. Dentre as inúmeras condições necessárias para a
aprendizagem da escrita, eu destacaria algumas, a meu ver, essenciais:
1. Gostar de
escrever;
2. Tempo para a
escrita;
3. Olhar
respeitosamente o outro;
4. Arranjos
favoráveis ao reconhecimento dos textos;
5. incentivo à
criação, à transgressão e à expressão de si.
Esta é uma
tarefa primordial a todos aqueles predispostos a escrever: oferecer aos outros
um ambiente favorável para a apropriação da palavra, para a expressão das
suas ideias, e para que possam fazê-lo cada vez melhor.
Enviem as
vossas opiniões, se acham que é uma boa a ideia…
O nosso desejo
de Ano Novo para o marketing, Argoselo
Ilídio
Bartolomeu