terça-feira, 28 de dezembro de 2021

A TODOS OS MEUS AMIGOS, PRÓXIMOS E DISTANTES!...

Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puderem ser o maquinista, sejam o seu mais divertido passageiro. Procurem um lugar próximo à janela desfrutem cada uma das paisagens que o tempo vos oferece, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.

Não se assustem com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procurem curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beiras da estrada e tons mutantes da paisagem.
Desdobrem o mapa e planifiquem os roteiros.

Prestem atenção em cada ponto de parada, e fique atentos ao apito da partida.

E quando decidirem descer na estação onde a esperança lhes acenou não hesitem. Desembarquem nela os vossos sonhos…

Desejo que a vossa viagem pelos dias do próximo ano, sejam de Primeira Classe…

Feliz Ano Novo


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

VALORIZAR É DAR IMPORTANCIA AO QUE É NOSSO!...

 

No rápido ritmo que rege os nossos dias, não são raras as vezes em que nos sentimos confusos a respeito do que merece a nossa atenção  e, frequentemente, confundimos o urgente e o importante. Mas para além dos compromissos, vale lembrar que dar importância não requer esforços robustos. "

"Ignore", "deixe para lá". Passamos a vida toda sendo aconselhados a não nos importarmos nas mais diferentes situações com a nossa sua gente. Recebemos o conselho para não nos aborrecermos por não sermos correspondidos, de coisas aparentemente superficiais. Nesses e noutros vários contextos, dizem-nos para esquecer, não dar importância e seguir em frente.

Existem muitas pessoas talentosas em Argoselo. Algumas fazem vídeos, outras tiram lindas fotografias, outras fazem teatro, pintura e canto. Outras praticam desporto e outras escrevem textos belíssimos. Existem ainda aquelas pessoas que trabalham com artesanato. A diversidade de talentos, é sempre bem vinda. Mas infelizmente a valorização ainda é pouca. Podemos perceber que mesmo as pessoas mais próximas e familiares não costumam valorizar os trabalhos.

Alguns ficam no esquecimento deixando assim o desânimo tomar conta. Devemos criar uma corrente de valorização dos talentos e trabalhos da nossa gente. Não é necessário ser famoso, nem coloca-los nos píncaros, mas podemos partilhar as coisas boas, trabalhos bem-feitos, artesanatos e até aos que se dedicam a outros trabalhos menos honrosos. Quantos de nós valorizamos os talentos de fora e deixamos de lado os da nossa gente. Não custa nada partilharmos coisas boas, curtirmos as páginas dar feedback do que encontramos no  “NOSSO BLOGUE” por exemplo. Se gostarmos de um texto de um nosso conterrâneo porque não partilha-lo? Muitos costumam postar fotos com frases de pessoa famosas e não valorizam quem escreve sobre  a sua terra. Quanta sabedoria existe bem perto de nós.

 Se gostarmos da arte de alguém, devemos dizer a essa pessoa que achamos bom, isso faz com que a pessoa se sinta valorizada e assim poderá melhorar cada dia mais o seu trabalho.
Que tal iniciarmos a partilhar os talentos da nossa Terra? Valorizando pessoas e serviços, da nossa Vila de Argoselo, mais pessoas terão a chance de conhecer os trabalhos da nossa Gente e a própria Vila. Não precisamos ir muito longe para encontrarmos pessoas que fazem a diferença.

Portanto não esqueça de olhar ao seu redor, ver com honestidade todos os que estão próximos, eles também merecem um canto na sua consciência e valorize-os, pois todos gostam de se sentir reconhecidos e nos abeirarmos do bem comum com consideração.

Valorizar e dar importância não é ser pretensioso, mas um pouco de orgulho faz bem, sem pretender faze-los maiores que é  na realidade. Só quem dá o devido valor é valorizado. nós temos as nossas qualidades que devem ser reconhecidas, senão forem pelas pessoas de fora, então  reconheçamo-las nós.

A fragilidade humana de alguma gente de Aegoselo, é grande e a falta de jeito para valorizar o que é nosso, por vezes, leva-os mais a condenar do que a valorizar. Deveríam ser minimamente inteligentes e perceber que essas marcas não podem ser apagadas de ânimo leve.

Valorizar é dar importância a algo ou alguém. Se ninguém te valoriza, valoriza tu mesmo o que conquistas-te  dando o teu verdadeiro merecimento.

Que este Natal nos leve ao encontro daqueles que estão perto e distantes…

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Um bom Natal e um Ano Novo muito próspero

Ilídio Bartolomeu

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

A VIDA É FEITA DE SONHOS…


 

Mas será mesmo que, como diz o ditado: “querer é poder”? Como avaliar se o que queremos é, realmente, possível? Existe um caminho que permita tirar os sonhos e objetivos do campo do desejo e transformá-los em realidade?

Quando se tem um sonho, um grande objetivo, o primeiro passo para torná-lo realidade é acreditar, que é possível realizá-lo. Ainda que o sonho pareça grande demais, ou não saiba por onde começar, acreditar é o combustível básico para se começar a traçar um plano para chegar onde se quer.

Temos muitos exemplos de pessoas que alimentaram sonhos que pareciam impossíveis e chegaram lá: atletas, artistas, futebolistas, políticos, gestores, passando por empresários e pessoas comuns, que apesar de não terem as suas histórias conhecidas pelo grande público, sonharam e fizeram acontecer. Exemplos não faltam…

Muitas pessoas não acreditam nos seus sonhos por acharem que são grandes demais. Outras, desistem depois que encontram barreiras na sua trajetória ou recebem um ‘não’. Há ainda quem comece, mas desista no meio do percurso, seja por falta de motivação ou objetivos. Quem não tem um objetivo bem definido, corre o risco de se perder no meio do trajeto.

Não deve ser pessimista nem do contra. Pelo contrário, sempre partidário do pensamento afirmativo e da força de vontade. Sempre ir em busca do querer acontecer. Uma das grandes lições é saber dar valor ao que se tem e, sobretudo, a tudo o que é conquistado. Aqueles que não precisam sonhar para conseguir o que querem não vão saber valorizar as suas conquistas e tornaram-se adultos fúteis.

Quando o ser humano relaciona a competência com a vontade de realizar, além do grau de dificuldade, atinge as metas e objetivos propostos. Embora tenhamos vontade para realizar tantas coisas, nem sempre temos condições ou estamos preparados. O que fazer? É absolutamente possível que, uma vez o ser humano aprenda, exercite e desenvolva a capacidade para tornar realidade aquilo que busca. Não nos faltam exemplos!

A maioria das pessoas ainda acredita que sucesso e felicidade são acasos que simplesmente “acontecem” a alguns e não a outros. Porém cada vez mais fica provado que, ao contrário do que diz o senso comum, sucesso e felicidade são resultados que podem ser alcançados por maneiras conscientes de pensar e agir. É preciso atenção, maturidade, paciência e discernimento para saber enfrentar todos os riscos em busca das melhores escolhas.

A vida é feita de sonhos, faça deles a razão dos seus dias.

Ilídio Bartolomeu

sábado, 4 de dezembro de 2021

TODOS DESEJAM A PAZ! MAS…

 

Quero acreditar que atualmente não existe uma pessoa no mundo que não deseje obter esta palavra tão rara, chamada Paz. Apenas os métodos para a conseguir são diferentes, pois enquanto muitos acreditam que a paz seja a vida sem violência, sem maiores ameaças além de uma epidemia de gripe (ou de covid), outros acreditam que a paz somente será conseguida após a destruição do mundo. Aí então, teremos aquela paz, eterna.

E isso é simplesmente uma questão de pontos de vista. Mas o objetivo é a paz. Seja entre os vivos, seja entre os mortos, sempre será paz. Assim, com a extinção da raça humana, a paz nunca mais ficará ameaçada, pois o animal gente é a maior ameaça que existe para a paz, e podemos observar que desde que o mundo é mundo, nunca se conseguiu viver pacificamente.

Nunca houve um período de paz integral no mundo. A História regista uma sequencia impressionante de guerras, guerrilhas, revoltas, revoluções, "manifestações", sempre mostrando a predisposição do animal homem em procurar a auto destruição e uma grande incompetência para a conseguir, pois apesar de tudo ainda continua a haver vida no mundo, apesar dos esforços em contrário...

Em países onde não existe essa tendência de guerras ou revoluções, não se pode dizer que seja pelo facto de seu povo ser pacífico. Talvez não se preocupem muito com isso, por uma questão de comodismo. Convenhamos que dá muito trabalho organizar uma revolução, ou então planear invadir um outro País.

Então, na falta de revoluções, reúnem-se alguns grupos apenas para promover desordens, agitações. Sempre largando a belicosidade interior, aquela fera sedenta de sangue que habita no corpo de alguns que não conseguem viver sem violência. Então, explode a violência urbana, através da ação de grupos, cujo único objetivo é romper  a ordem e paz que deveria imperar, depois dão origem a confusões por tudo quanto é sítio, levando a intranquilidade para aqueles que realmente desejam viver em paz... e depois falta a força para que as autoridades possam reprimir tais ações, e faze-lo violentamente.

 E a cada ação mais forte, existe uma reação igual, pois aqueles que iniciam as desordens, acham-se no direito de reclamar ao serem reprimidos...

Observando o noticiário mundial, em todas as partes do mundo organizam-se manifestações pela Paz Mundial. E depois quanta violência se verifica nessas passeatas pacíficas...Enfim, parece que a violência faz parte da natureza humana. Aliás, somos os únicos, entre os seres vivos que usa a prática da violência gratuitamente, mesmo sem ameaça. Apenas pelo prazer de impor a vontade do mais forte, a força, e o poder  de destruir o que os outros construíram...

Para tanto, não hesitam sequer em atacar quem não terá forças para reagir. Aliás, essa história de “bater no aleijado”  é o ideal, para mostrarem a sua força. Veja-se o que se está a passar na Ucrânia.

Pacificamente tentei mostrar que a Paz é a coisa mais utópica que existe. Para consegui-la, primeiro teremos que vencer as nossas “ideias interiores”, que nos incitam à violência. E existem tantas formas de violência que usamos e sofremos cotidianamente, que seria enfadonho enumerá-las. Numa auto análise todos saberão do que falo. Podem acreditar que é muito difícil vencer essa disputa interior, e apenas quando isso for conseguido, poderemos imaginar o que pode ser a tal da PAZ, e quem sabe um dia consegui-la, pois sonhar ainda não custa nada...

E quando isso acontecer, poderemos então ter dias, a ser vividos em clima de paz, amizade e amor repeti-los por todos os dias vindouros...

Ilídio Bartolomeu

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

COMO DEVEMOS PROCEDER QUANDO ESTAMOS A FAZER DEALISE?


 Quando nos acontece algo de inesperado e desconhecido ligado à função renal é natural termos medo e nos assustarmos, pois estamos a enfrentar algo novo e desconhecido.

A insegurança e o medo na sua maioria entra num quadro depressivo, uma grande tristeza toma conta do nosso ser... E agora?

São muitas as perguntas, turbilhões de pensamentos... Em muitos podem  gerar sentido de culpa, por nunca ter feito exames de rotina, devido a sedentarismos... e fica perdido nos seus pensamentos.

Quando da admissão à clínica, os pacientes e a família têm acompanhamento psicológico. Depois de todos os passos importantes após o diagnóstico terem sido atendidos, há que  habituar a nossa vida com a diálise. E à medida que os sentimentos iniciais de confusão e medo acabarem, é hora de assumir o controlo regularmente.

O medo, e sentirmo-nos deprimidos quando se descobre e se inicia o tratamento da doença crónica é natural. Este sentimento pode atingir os seus familiares e amigos próximos. A depressão aparece pelas incertezas, pela perda da autonomia e liberdade em certos aspetos da vida, por sintomas físicos e por nos sentirmos sozinhos muitas vezes. A depressão deve ser tratada com o seu nefrologista e deve ser acompanhada. Na maioria dos casos é uma reação passageira, porém uma minoria necessita de tratamento específico e ajuda psicológica para tratar melhor os diversos aspetos sobre a doença renal e suas consequências na qualidade de vida.

A depressão e  o medo podem ser ultrapassados; quanto mais aprendermos sobre a doença, mais conscientes e confiantes ficaremos.  A confiança traz calma e segurança.

Por vezes sentimo-nos  enervados com as pessoas que nos rodeiam, irritados com nós mesmo e com a vida. Raiva e sentimento de culpa são emoções típicas sentidas quando temos de encarar uma doença crónica grave e um tratamento difícil. É muito fácil irritarmo-nos com as pessoas que amamos e fazer com que elas, e nós, nos sintamos ainda piores.

Até nos podemos perguntar: por que eu? Muitas vezes não há resposta e, se soubermos a causa da doença, ainda assim não devemos culpar-nos ou descarregar esta ira noutros. Mesmo que nós, nos tenhamos descuidado com a nossa saúde e pensar no passado, não irá alterar a nossa realidade atual, exceto se for para corrigir erros que nos possam prejudicar ainda mais. Não vamos agora cultivar este sentimento…

Sempre que há uma alteração nas nossas vidas, o stresse aumenta. Quando estamos pressionados por problemas graves irritamo-nos mais facilmente. O stress pode fazer-nos sentir tristes e cansados. Iniciar uma nova dieta, a diálise, novos tratamentos, muitos exames e procedimentos pode aumentar o stress. Mas tudo isto tem a função de nos ajudar a sentir melhor e a encontrar um novo equilíbrio na vida.

Se estivermos a começar  a hemodiálise, saiba que o início é conturbado e duro para todos; é necessário um bom acesso vascular (cateter ou fístula), novos remédios, nova dieta e muita calma nas primeiras sessões de hemodiálise. Podemos não sentir nada neste início ou ter alguns sintomas, porém o nefrologista, em pouco tempo, consegue tornar a hemodiálise adequada às nossas necessidades e este início stressante irá desaparecer. 

Se nas cadeiras sentir algum desconforto, convém recorrer imediatamente aos técnicos para solucionar o seu problema. 

As pessoas que nos amam podem ter emoções semelhantes à nossa, sentindo-se inseguros e sem saber como nos ajudar. Podem sentir-se enervados e culpados também, afinal podem perguntar-se a si mesmos: “o que é que deveria ter feito para poupa-lo disso?  Não dei a devida atenção? Faltou alguma coisa?” Sejamos compreensivos com quem amamos e cuida de nós. Os nossos familiares também estão a deparar-se com uma nova realidade e uma nova rotina. Este pode ser um  momento difícil para nós e para os nossos, por isso é importante falar e expor todos estes sentimentos.

O apoio psicológico nesta fase pode ser muito importante não só para entender e aceitar informações médicas, mas para evitar conflitos e maior tensão para nós e para os nossos familiares.

Paciência e calma!... Não é fácil tê-la diante dos que a têm em excesso!... mas não temos outro remédio

Ilídio Bartolomeu

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Nº17- DIA DE TODOS OS SANTOS MEMÓRIAS DE SEMPRE


O feriado de Todos os Santos continua a ser assinalado por muitos Argoselenses com uma visita ao cemitério para lembrar os familiares já falecidos...

Mais um ano, mais uma tradição, mais um largo que se vai animar e faz lembrar tempos passados.

Estou a falar dos tradicionais fiadeiros do dia de Todos os Santos e da animação que as "acompanha".

Quem passa pelos largos da Vila durante a tarde pode ver já, encostados a um canto, o monte de lenha a queimar durante a noite.

Como se vem tornando hábito também, não faltam as castanhas e uma boa aguardente  para ir dando algum alento ao estômago... pois que isto de saltar fogueiras tem muito que se lhe diga, se bem que os "aventureiros" são poucos e nem mesmo os mais jovens talvez não queiram dar um saltinho na fogueira.

Durante a noite há conversa, conversa essa que se vai alongando perdendo-se ao longo da noite.

Com a fogueira quase apagada, surgem então os "corajosos de última hora" que aproveitam para dar um salto.